O “jogo” segue. Projeto de lei que prevê apoio financeiro ao JF Vôlei ganha fôlego na Câmara Municipal

O “jogo” vai continuar. No final da tarde desta quinta-feira, 22, a Câmara Municipal de Juiz de Fora autorizou a continuidade da tramitação do projeto de Lei de autoria do vereador Oliveira Tresse (PSC), que “dispõe sobre autorização de patrocínio de equipes profissionais de vôlei no município de Juiz de Fora”.

Com aprovação de maioria simples na Câmara, o projeto do vereador Oliveira Tresse vai passar agora por análise das comissões da própria Câmara, e o vereador acredita que ainda na atual gestão – do Prefeito Bruno Siqueira – pode haver um desfecho positivo.

 Bloqueio, cobertura e saque

Para explicar como em situações de uma partida de vôlei, pode se dizer que primeiro houve um bloqueio. O projeto foi considerado inconstitucional pela Procuradoria da Câmara. Depois, houve uma cobertura de bloqueio e o lance prosseguiu. Ou seja: o autor do projeto  pediu aos companheiros que fosse considerada a quebra da preliminar da inconstitucionalidade, para que assim o projeto tivesse sequência de tramitação.

  E agora?

Esse pedido foi atendido pela maioria simples e agora o “jogo” – ou o projeto – segue. Podemos dizer que volta o ponto. E o saque – ou a próxima jogada, agora, pode ser tanto da Câmara como da Prefeitura de Juiz de Fora. Pode partir da administração o encaminhamento da proposta, como explicou o vereador, entrevistado pelo Toque de Bola logo após a decisão dos vereadores,

  “Agora simplificou muito mais. O projeto era considerado inconstitucional. Foi quebrada essa preliminar pelos vereadores. O projeto agora segue nas comissões tramitando normalmente. Acreditamos que as comissões vão fazer isso o mais rápido possível. Existe um prazo para cada comissão dar o seu parecer, acreditamos que muito em breve esse projeto estará aprovado. Aí terá que ser aprovado em primeira, segunda e terceira discussão. Nada impede também que o município se interesse por essa matéria porque justifica muito esse patrocínio ao vôlei. É bom para a cidade. Ninguém pode negar isso. Nada impede que o prefeito mande uma mensagem para a Câmara e eu retire o projeto. O interessante da minha parte e dos organizadores do JF Vôlei é atingir o objetivo. É ter um patrocínio. Mas não são eles que precisam. É a cidade que precisa”.

Em relação ao prazo e em função da proximidade das eleições, o vereador acredita que essa decisão pode ser  tomada ainda na atual administração.

Toninho Buda citou a trajetória da equipe local e ressaltou que em nenhum momento houve apoio municipal, mesmo com a projeção nacional de Juiz de  Fora, há cinco anos na Superliga
Toninho Buda citou a trajetória da equipe local e ressaltou que em nenhum momento houve apoio municipal, mesmo com a projeção nacional de Juiz de Fora, há cinco anos na Superliga

   Como foi

Toninho Buda, presidente da associação que comanda o JF Volei, foi o primeiro a falar em nome da equipe local. Fez um breve histórico do time, lembrando que ele nasceu como um projeto de extensão da Universidade Federal de Juiz de Fora. Citou que a entrada do sexteto da cidade na Superliga proporcionou ao torcedor de Juiz de Fora conviver com campeões olímpicos durante cinco temporadas consecutivas.

Na trajetória da equipe, destacou a vitória sobre o Sada Cruzeiro , de virada, 3 sets a 2, na fase de classificação da última Superliga, e o convite pouco depois feito pela diretoria do clube de Belo Horizonte, propondo a parceria que acabou se concretizando meses depois. Enfatizou as constantes dificuldades financeiras enfrentadas pelo JF Vôlei – “tivemos o menor orçamento da história da Superliga na temporada  anterior” e lembrou que, mesmo sendo por muitos anos Vôlei UFJF, a divulgação nacional da equipe sempre foi “o time de vôlei de Juiz de Fora”, E que, mesmo assim, o time, seja UFJF ou agora JF Vôlei, jamais recebeu qualquer apoio financeiro da Prefeitura de Juiz de Fora.

 

Eugênio Gomes citou as transmissões ao vivo do Portal Toque de Bola nos jogos da equipe de vôlei de Juiz de Fora
Eugênio Gomes citou as transmissões ao vivo do Portal Toque de Bola nos jogos da equipe de vôlei de Juiz de Fora

 Eugênio cita o Toque de  Bola

Em seguida, Eugênio Gomes, comentarista convidado das transmissões de vôlei na web rádio do Toque de Bola ao lado de José Eduardo Bara, ocupou o palanque da Câmara e citou as coberturas dos jogos ao vivo pelo do Toque de Bola, falou em nome da torcida JF Fanáticos e lembrou a tradição e a história da cidade no voleibol, como fatores fundamentais para que o time tenha algum tipo de resposta e apoio do município.  Eugênio citou grandes nomes revelados e formados pelo vôlei da cidade, como o próprio José Eduardo, Giovane Gávio, Márcia Fu e André Nascimento, e enfatizou que o torcedor da cidade, além de gostar, entende muito de vôlei, e que o JF Vôlei hoje é o instrumento para dar sequência a essa trajetória importante no cenário nacional.

No final da apresentação, Eugênio citou três predicados da torcida JF Fanáticos para resumir o sentimento pelo sucesso da equipe e  do projeto: “Comprometimento, respeito e  vibração”.

 

Presenças

Pelo JF Vôlei, estiveram acompanhando a votação os dirigentes Maurício Bara Filho e Heglison Toledo. Alguns torcedores também marcaram presença, embora a casa não estivesse cheia.

A justificativa 

A justificativa do projeto de lei, publicada no site da Câmara, cita que projetos esportivos levam o nome de Juiz de Fora para todo o País. “Apoiar iniciativas dessa natureza é uma forma de o município reconhecer e colaborar com os esforços que têm sido feitos”. O texto lembra ainda que o vôlei profissional incentiva a “formação de profissionais de educação física, fisioterapia, medicina esportiva, comunicação social e demais profissionais que atuam diretamente com a prática esportiva”.

 

Valores

A lei prevê o pagamento de R$ 30.000,00 mensais às equipes profissionais de vôlei. O valor é igual ao que se diz receber o Tupi, por ser o representante de Juiz de Fora no futebol profissional.

Contrapartidas

Além da exibição do logotipo da Prefeitura no ginásio, a equipe contemplada deverá manter escolinhas de vôlei para crianças e adolescentes de 10 a 16 anos matriculados nas redes públicas de ensino.

 

 

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