Juiz de Fora (MG), 23 de janeiro de 2011
Quem foi ao Estádio Municipal Radialista Mário Helênio no sábado, 22, para acompanhar o jogo-treino entre Tupi e Serrano (Tupi 1 a 0) talvez não tenha reconhecido o técnico do time de Petrópolis.
Trata-se de Duílio, ex-zagueiro do Fluminense, capitão da equipe que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1984. Com personalidade forte e jeito de xerife, Duílio Dias se transformou em um técnico inquieto, que cobra o máximo dos seus comandados durante toda a partida. O comportamento tranquilo e cordial demonstrado antes do início da partida se transforma em gritos e gestos à beira do gramado.
Foi assim nos 90 minutos da derrota para o Tupi. Como um maestro, tentava, com suas palavras, fazer com que seus comandados realizassem em campo o que ele fazia no passado. Por isso, gritos como “toca”, “aperta”, “tá errado, tá errado”, “vem ajudar” e “puxa no fundo” eram ouvidos a todo instante. Já no fim da partida, se irritou com um passe errado: “toca no pé, toca no pé”, talvez se lembrando, com saudade, do tempo em que recebia e passava a bola para Aldo, Ricardo Gomes e Branco, jogadores que ao seu lado marcaram época na defesa do Tricolor.
Fla x Flu 2011
Sobre o Campeonato Carioca que se inicia, Duílio acredita que será uma grande competição. Segundo ele, é bom abrir o olho com os “pequenos”. “Foi uma surpresa o Bangu contra o Fluminense, que teve que suar para vencer (jogo da primeira rodada, vencido pelo Tricolor por 1 a 0). Os times pequenos podem fazer frente a qualquer equipe grande. Vai ser bem disputado”, comentou.
Em relação ao Fla x Flu, com a presença de grandes craques em campo, Duílio lamenta uma ausência que, em sua avaliação, vai deixar o clássico menor. “Uma pena não ter o Maracanã. O Fla x Flu no Engenhão não é a mesma coisa. Tinha que ter o Maracanã para brindar esses atletas”, lamentou o eterno capitão tricolor.
Texto: Thiago Stephan