Juiz de Fora (MG), 10 de março de 2012
O Tupi entrou em campo na partida diante do Boa Esporte, neste sábado, 10, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, precisando vencer para sair da incômoda zona de rebaixamento. Do outro lado, o time adversário buscava pontuar para se manter no G4 do Estadual. Com um futebol bastante ousado, com três atacantes, o Alvinegro de Juiz de Fora levou vantagem, vencendo a partida por 3 a 0, gols de Ademílson (dois) e Silvio, resultado que tirou a equipe da zona da degola e fez a festa do torcedor que compareceu ao estádio. Agora, o Carijó volta a campo no próximo sábado, 17, quando vai a Teófilo Otoni enfrentar o América.
Com Rodrigo no gol após se recuperar de lesão no tornozelo e Michel Benhami no meio campo, o Carijó iniciou a partida mostrando vontade. Mas, o time abusava de errar passes. Já Boa, inicialmente postado na defesa, tentava valorizar a posse de bola. Até os 15 minutos, o Tupi já havia finalizado três vezes: Michel Cury cobrou falta raspando a trave, Henrique fez outra cobrança nas mãos de Gledson e Michel Benhami arriscou de fora da área.
Aos 17, o Carijó perdeu grande chance de abrir o placar. Após cruzamento de Ademílson, a bola sobrou para Henrique na marca do pênalti, que furou ao tentar chutar de primeira. Michel Cury ficou com a sobra, frente a frente com Gledson, mas desperdiçou ao tocar para fora. Nova chance para o Tupi ocorreu aos 28. Henrique, o mais acionado no primeiro tempo, tirou o zagueiro Gabriel para dançar e cruzou. Gledson saiu mal do gol e Jailton, sem goleiro, concluiu. A bola desviou na zaga e saiu para a linha de fundo. Na cobrança, a equipe visitante conseguiu afastar o perigo.
A pressão carijó continuava. Aos 31, Michel Benhami viu Ademílson na área e, da intermediária, cruzou na cabeça do Camisa 9. Mesmo de costas para o gol, Adê conseguiu a finalização no canto direito de Gledson, que se esticou todo para evitar o gol. De tanto insistir, o gol carijó finalmente saiu. Em uma descida rápida, o Boa Esporte quase abriu o placar. Rodrigo salvou o Tupi, que saiu rápido com Michel Cury. Ele avançou e, já na intermediária, deu lindo passe em diagonal para Henrique. O lateral driblou o goleiro e, na hora de marcar, foi derrubado por Olívio. O árbitro Alício Pena Júnior marcou pênalti e expulsou o jogador. Ademílson cobrou com categoria e abriu o placar. Antes do intervalo, o técnico Sidney Moraes sacou o atacante Marques para colocar o lateral Marquinhos a fim de reconstituir o setor defensivo.
As duas equipes voltaram da mesma forma que terminaram o primeiro tempo. Com um a menos, o Boa Esporte reforçou a proposta de se fechar para explorar os contra-ataques. O Carijó continuava pressionando e levando perigo com Henrique, Ademílson e Michel Cury, que exploravam o lado esquerdo da defesa do Boa. Aos 13 minutos, em cobrança de escanteio por este setor, Henrique bateu na cabeça do zagueiro Silvo, que testou com firmeza no canto direito de Gledson para fazer 2 a 0.
Sob os gritos de “o campeão voltou”, o Tupi continuava partindo para cima do adversário, enquanto que nas arquibancadas do Mário Helênio a torcida fazia uma festa não vista desde a conquista da Série D. A euforia ficou ainda maior quando a equipe juiz-forana conseguiu ampliar, aos 29. Michel Cury entrou na área, saiu de Gledson e foi derrubado pelo goleiro: pênalti. Ademílson foi para a bola e, com tranquilidade, fez 3 a 0.
Ficha técnica
Tupi: Rodrigo; Flávio (Cassiano), Wesley Ladeira, Silvio e Henrique; Jailton (Paulinho), Léo Salino (George), Michel Benhami e Michel Cury; Allan e Ademílson. Técnico: Moacir Júnior.
Boa Esporte: Gledson; Olívio, Diogo, Gabriel e Radar; Claudinei, Vinícius Hess (Silva), Vinícius Kiss e Radamés; Robert (Pedro Paulo) e Marques (Marquinhos). Técnico: Sidney Moraes.
Público pagante: 1.734
Público presente: 2.272
Renda: R$ 13.295
Árbitro: Alicio Pena Júnior
Auxiliar 1: Frederico Soares Vilarinho
Auxiliar 2: Breno Rodrigues
4º árbitro: Érick Giovani Fernandes
Confira transcrição de trecho da entrevista coletiva concedida pelo treinador Moacir Júnior após a partida contra o Boa Esporte:
“Queria, primeiramente, exaltar o comportamento dos jogadores. Eu disse a eles que a primeira mudança tinha que ser de atitude. E eles estão mudando a atitude, treinaram forte. Tivemos que ir a Belo Horizonte e ao Rio de Janeiro atrás de jogos-treino para que a equipe não tivesse um decréscimo grande de rendimento em razão dessa paralisação. Mas, mais importante do que isso, é que foi uma vitória da ousadia. Não ganhamos de um time fraco. Para mim, é um dos times do interior credenciado ao G4. Abrimos praticamente três atacantes na primeira etapa, com o Allan e o Henrique [Ademílson seria o terceiro] na primeira etapa. Os dois jogos que o Boa não teve sucesso foi contra o Atlético-MG e Guarani. A gente estudou isso e achou que seria melhor usar isso [esquema de jogo]. Os jogadores entenderam, buscaram fazer dentro de campo o que a gente determinou e, como consequência, essa grande vitória. O Tupi fez prevalecer seu mando de campo e deu orgulho ao seu torcedor, que veio aqui querendo ver uma equipe aguerrida. Quando a gente fez o gol e foi excluído um atleta, a gente imaginava construir um placar que tirasse esse déficit de gols. Mas, o mais importante hoje eram esses três pontos, que tira o Tupi momentaneamente da zona de rebaixamento. Mas ainda é a metade do que se precisa em um campeonato como o Mineiro. Com seis pontos você está correndo risco de cair. Chegamos à metade do nosso objetivo. Depois daquele início muito ruim, vamos partir para cima desse objetivo de chegar nos 12 pontos o quanto antes para que a gente possa dormir. Por enquanto a gente não está conseguindo nem dormir direito”.
Outros resultados
Nos outros dois jogos do sábado, 10, o América bateu o América-TO por 2 a 1, em Teófilo Otoni. Em Sete Lagoas, o Atlético manteve 100% de aproveitamento ao derrotar o Nacional de Nova Serrana por 4 a 2.
América-TO 1 x 2 América
Nassri Mattar – 16h
A: Átila Carneiro Magalhães (Especial FMF)
A1:Marcus Vinícius Gomes (CBF/FMF)
A2:Ricardo Junio de Souza (FMF)
4ºA: Renato Guedes Souza Abreu (Liga Local)
Gols: 11-Diego Faria, aos 45’1T (América-TO); 7-Fábio Júnior, aos 4’2T e 11-Kaio, aos 12’2T (América)
Público: 1.559 pagantes
Renda: R$ 27.817,00
América-TO: 1-Raphael Barrios, 2-Carlos Alberto, 3-Ricardo Duarte, 4-Rodrigo Sena, 5-Luizinho (16-Celinho, aos 27’2T), 6-Leandro Smith (14-William Mogi, aos 45’1T), 7-Élder (18-Maicon, aos 13’2T), 8-Felipe Dias, 9-Geraldo, 10-Luciano Mourão e 11-Diego Faria. Técnico: Gilmar Estevam
América: 1-Neneca, 2-Patrick, 3-Gabriel , 4-Éverton Luis, 5-China, 6-Bryan, 7-Fábio Júnior, 8-Moisés, 9-Adeilson (17-Alessandro, aos 24’2T), 10-Rodriguinho e 11-Kaio (16-Luciano, aos 35’2T). Técnico: Givanildo Oliveira
Cartões Amarelos:
América-TO: 4-Rodrigo Sena, 7-Élder e 11-Diego Faria
América: 2-Patrick e 4-Éverton Luis
Atlético 4 x 2 Nacional
Arena do Jacaré – 16h
A: Cleisson Veloso Pereira (CBF/FMF)
A1: Mauro Antônio Ferreira dos Santos (FMF)
A2: Marcelo Francisco dos Reis (FMF)
4ºA: Hudson Fernandes da Silva (FMF)
Gols: 2-Marcos Rocha, aos 13’1T, 9-André, aos 14’2T e 28’2T e 11-Guilherme, aos 24’2T (Atlético); 10-Alex Maranhão, aos 12’1T e 11-Éder, aos 12’2T (Nacional)
Público: 3.659 pagantes
Renda: R$ 60.560,00
Atlético: 30-Renan Ribeiro, 2-Marcos Rocha, 3-Réver, 4-Rafael Marques, 5-Fillipe Soutto (18-Neto Berola, aos 24’2T), 6-Richarlyson, 7-Carlos César (16-Mancini, no intervalo), 8-Leandro Donizete, 9-André, 10-Escudero e 11-Guilherme (17-Danilinho, aos 32’2T). Técnico: Cuca
Nacional: 1-Raniere, 2-Éder (14-Arilton, aos 11’2T), 3-Wellington, 4-Luizão, 5-Lucas Silva, 6-Rodrigo, 7-Jean Kleber, 8-Marcão, 9-Reinaldo Alagoano (17-Sebá, aos 16’2T), 10-Alex Maranhão (18-Juninho Frizzi, aos 29’2T) e 11-Éber. Técnico: José Ângelo
Cartões Amarelos:
Atlético: 5-Fillipe Soutto e 11-Guilherme
Nacional: 3-Wellington, 8-Marcão e 10-Alex Maranhão
[wpfootball id_league=5 id_template=2]