Um dos jogadores mais assediados na calorosa recepção dos torcedores carijós durante a chegada da delegação do Tupi em Juiz de Fora na noite da terça-feira, 20, foi, sem dúvidas, o goleiro Glaysson. Ovacionado por mais de cem alvinegros presentes na carreata desde o Bairro Salvaterra até a sede do clube, o camisa 1 do Galo relatou a felicidade da conquista e chegou, inclusive, a projetar um 2016 em Santa Terezinha:
“Esse acesso vale muito! Fico muito feliz por ter participado, pela diretoria ter me apoiado, me dado essa oportunidade e a gente espera que isso possa abrir portas quase no final da minha carreira, já que tenho 36 anos, e o mais importante é que podemos fazer história no clube. Era um acesso tão esperado, ano passado bateu na trave e agora conseguimos. Ano que vem é quem sabe poder dar continuidade nesse trabalho”, festejou.
Festa carijó
Animado com a presença do torcedor, Glaysson revelou que o elenco recebeu também as fotos do evento na praça Antônio Carlos, tomada por milhares de carijós durante o jogo do acesso, e pediu o comparecimento na partida contra o Londrina, no sábado, às 19h30, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio:
“Mandaram até algumas fotos da praça, do pessoal acompanhando o jogo. Isso mostra a força do Tupi dentro de casa e esperamos que no sábado agora, contra o Londrina, o Helenão possa estar lotado para a gente fazer uma bela festa lá”.
Ídolo “pós-Rodrigo”
Glaysson chegou no Tupi com uma responsabilidade ainda maior. Isto porque o carijó acabara de perder novamente o goleiro Rodrigo, ídolo da torcida. A sucessão, no entanto, não podia ter um desfecho melhor:
“Quando cheguei, ainda tive um pouco de problema pelo campeonato que o Rodrigo fez ano passado. Tinha aquela desconfiança. Ele vai sempre ter espaço no coração dos torcedores, mas vim procurar o meu e graças a Deus consegui construir a minha história aqui. Fico muito feliz pelo carinho da torcida e agora, no final, nada melhor e mais justo que conseguirmos coroar esse resto de campeonato com o acesso que a torcida tanto almejou”.
Pressão em Arapiraca
Apesar da vantagem obtida no primeiro jogo das quartas de final da Série C diante do ASA, o Tupi não se conteve em apenas marcar os alagoanos na volta, vencendo, inclusive, por 2 a 1. Glaysson realizou boas defesas, mas todos esperavam que fosse mais acionado. O motivo, para o goleiro, foi a postura carijó em campo:
“A gente espera, quando vai jogar fora, ser bastante exigido. Mas em nosso sistema de jogo é muito difícil da bola chegar. Pode ver. No ano todo, tirando Brasil e Atlético Paranaense, fiz poucas defesas. A maneira que nosso time se comporta, com marcação desde os atacantes, facilita bastante para mim”, analisou.
Foco mantido
As comemorações já terminaram para o arqueiro, que agora só pensa em levantar a taça de campeão da Série C: “O principal objetivo era o acesso, mas agora é tentar buscar o título para coroar essa campanha. O tempo é curto, chegamos de viagem e amanhã (quarta) já começa a batalha de novo para que no sábado a gente possa estar inteiro para poder enfrentar o Londrina, um adversário que a gente já conhece, e ir às finais”.
Texto: Bruno Kaehler – Toque de Bola
Foto: Leonardo Costa / tupifc.esp.br
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