
Caros e caras, ainda tomado pelo espírito paralímpico, escrevo essas mal-traçadas.
Como os esportistas que estiveram nas Paralimpídas gostam, nada de exemplos de superação ou olhar para as provas com ar complacente. Acompanhei o evento querendo ver o fino da capacidade desses atletas incríveis. E vi.
Mas nenhum desempenho me marcou ou marcará tanto quanto o sorriso do (será que posso dizer isso?) nosso Gabrielzinho. Sim, ele, Gabriel Araújo, nadador do Clube Bom Pastor. Nessa realidade de proteção, pessoal e do outro, com máscaras é ótimo ver alguém estampar sorrindo a alegria no rosto!
O sorriso e a dancinha, né? Teve. No pódio. Nas três provas que nadou.
E a história da prata pro Seu Pratinha? Demais!
Leva todo mundo
Voltemos ao sorriso. Nele, Gabriel carrega a trajetória de quem nunca desistiu, de quem lutou por ele antes mesmo de nascer, de quem esteve do lado nos momentos de dificuldade e angústia. Também leva quem acreditou primeiro, quem até ficou curioso, quem se estarreceu quando esse prodígio caiu na água, quem o trouxe para Juiz de Fora e o fez brilhar para o Brasil e o mundo.
Que bom que foi, é e será assim sempre com Gabriel. Quem tem a oportunidade de conviver com essa figuraça sabe que, antes de tudo, ele leva a vida com um sorrisão enorme!

Por isso, mais do que as medalhas, que desfilaram recentemente pelo Centro de Juiz de Fora, no alto do caminhão do Corpo de Bombeiros. no pescoço de um orgulhoso campeão paralímpico, o sorriso de Gabriel marcará para sempre os Jogos Paralímpicos de Tóquio na minha mente. Acordei de madrugada, por foça da profissão e pela torcida. E acordaria muito mais vezes para ver esse sorrisão.
Como costuma dizer um certo treinador aí: boa, garoto! Que seu sorriso continue levando a Dona Eneida, o Schumann, o Paulinho, o Fabinho, a Manu e todos nós que nadamos junto com você!
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: divulgação/IPC