A tarde do domingo, 27, foi repleta de estreias. No Macaé, um novo comandante iniciava sua trajetória no clube fluminense: Junior Lopes. Em entrevista ao Toque de Bola, na transmissão da partida entre Tupi e Macaé, finalizada com o placar de 1 a 1, pela Série C, o técnico e filho do experiente e vitorioso Antônio Lopes lembrou ter recebido sondagens por parte do Carijó e uma proposta oficial.
“Tive uma proposta concreta quando o Ricardo Drubscky saiu, na época ele que me indicou até. Cheguei a jantar com o Cloves (Santos, vice presidente do Coselho Gestor do Tupi) e o Maranhas (médico do Tupi). Inclusive fiz uma amizade com o Cloves, sempre trocamos informações de jogadores e vi que já houve algumas sondagens, mas de oficial mesmo, apenas no fim de 2011”, contou Lopes.
O técnico do Macaé lamentou a falta de ritmo de jogo, com a parada da equipe após o Campeonato Carioca, mas almeja uma disputa de torneio de forma consistente.
“Começo é sempre uma situação diferente. Esperamos fazer um bom campeonato, mas ficamos quatro, cinco semanas sem jogar e o ritmo só vem com a sequência dos jogos mesmo. O trabalho foi bom e rendeu, já temos uma base do Estadual e esperamos realizar um bom campeonato”, projetou.
Leia também: Especial: Raphael Toledo, um autêntico representante da centenária saga carijó
Filosofia de trabalho
Há pouco tempo no comando do Macaé, Lopes descreveu um pouco da sua forma de trabalhar com o aprendizado obtido com seu pai e durante a curta carreira.
“Não me prendo muito nestas questões de formação tática. Lógico que a formação do adversário é sempre importante, mas o principal é como nossa equipe se adéqua melhor e procuramos trabalhar diferentes situações sempre em benefício do Macaé”, afirmou.
Análise da partida
Após o empate com o Alvinegro de Santa Terezinha, o comandante do Macaé analisou o desempenho da equipe fluminense na primeira partida sob seu comando, acreditando que a lesão de Marquinhos, no início de partida, prejudicou de forma significativa o restante do jogo do Macaé.
“Jogar aqui contra o Tupi é sempre muito difícil, é uma equipe muito qualificada e praticamente não parou, perdeu bem menos ritmo de jogo que nós. Sentimos um pouco a falta de ritmo, o campo também era bem largo e fofo, mas gostei da equipe de uma forma geral. No primeiro tempo, até a saída do Marquinhos, o jogo estava equilibrado ou até um pouco melhor para o nosso time. Depois da saída dele, sentimos muito, até porque não temos um jogador com suas características, é uma peça muito importante no nosso esquema e você sabe que na Série C é tudo bem contado na parte financeira, então não achamos um jogador ainda para substituir o Marquinhos à altura. O Tupi cresceu no jogo, mereceu o gol no momento, apesar de ter sido de bola parada, e acabou melhor a etapa. Voltamos com vantagem numérica, pressionamos, empatamos o jogo e tivemos chances de virar. O Tupi como mandante da partida cresceu novamente, a partida ficou muito aberta e todos tiveram chances de gol. Acho que o jogo foi bom e de uma maneira geral o resultado foi justo”, finalizou o treinador.
Texto de Bruno Kaehler
Foto: Assessor do Macaé, Tiago Ferreira