Para um time recém-criado, tudo é novidade. Com o Manchester não é diferente e este sábado, dia 9, vai ficar marcado como mais algumas experiências inéditas na história da equipe juiz-forana.
No Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, os Capivaras conquistaram o primeiro ponto em casa em sua trajetória. Mas, o empate em 0 a 0 com o América de Teófilo Otoni teve também uma situação inusitada: o jogo ficou parado por quase uma hora por conta da ausência de ambulância no local.
Tudo igual
Por fim, com o retorno da ambulância, os gols é que foram as ausências mais sentidas. O resultado conserva o América na segunda colocação do Grupo C da Segunda Divisão do Campeonato Mineiro.
O Manchester logo atrás, dependendo de um tropeço do Contagem, neste domingo, 10, contra o Betis, para se manter assim. Na próxima semana, no sábado, dia 16, os Capivaras vão até Manhuaçu enfrentar o líder Boston City, às 15h, no Estádio Jucelino Kubitsheck.
Animados
Os dois times começaram a partida animados, ambos pressionando um a saída de bola do outro em busca de uma falha dos defensores. O primeiro a se aproveitar do expediente foi o Manchester. Aos 16 minutos, Júlio pressionou a zaga do América-TO em bola pelo alto, Hugo ficou com a sobra e chutou para boa defesa de Robert.
Aos 23 minutos, foi a vez de Tatá, do América-TO ser acionado na esquerda em roubada de bola do meio de campo. Ele colocou rasteiro na área, mas Júnior Lemos chegou atrasado. O lance animou o Dragão que se adiantou ainda mais.
Assim, os donos da casa passaram a ter chances no contra-ataque. Aos 30 minutos, após boa jogada pela esquerda, Caio finalizou com perigo. Aos 46 foi a vez de Kassinho tabelar com Júlio e, já dentro da área, bater rasteiro, com perigo, à direita do gol de Robert.
Sem ambulância
Pouco antes do fim do primeiro tempo surgiu o lance que deu origem à questão que paralisou o confronto por cerca de uma hora. O atacante do América-TO, em uma queda, foi atingido pelo pé de um defensor do Manchester. O jogador continuou em campo, mas sentiu tonturas no vestiário, no intervalo.
O atleta foi substituído antes do reinicio do confronto e permaneceu em avaliação médica. Pouco depois do início do segundo tempo, ficou decidido que Roger, mesmo se sentindo melhor, seria encaminhado para um hospital por precaução. Para isso, era necessário o deslocamento da ambulância que estava no Estádio Municipal.
Sem médico
Como sem ambulância a partida não pode seguir, o árbitro João Luiz Gomes Neto, paralisou a partida até que outro veículo de socorro chegasse ao local. Assim foi feito, em cerca de 25 minutos.
Mas, a nova ambulância que havia chegado ao Estádio não tinha um médico, exigência do regulamento. Assim, a partida não pode ser reiniciada. Somente com o retorno da primeira ambulância, com o médico, a bola pode rolar novamente, cerca de uma hora após a interrupção inicial.
Em jogo
Antes mesmo da parada do segundo tempo, aos 2 minutos, o Dragão já havia levado perigo. Matheus Costa recebeu na direita da área e soltou a bomba para bela defesa de Matheus Polentine. Na volta do jogo, o América continuou melhor. Aos 21, Adalberto cabeceou e novamente o camisa 1 dos Capivaras foi buscar no canto.
O Manchester tentava sair na base da velocidade do sufoco. Aos 32 minutos, lançamento longo pegou Caio dentro da área. A bola foi cortada por Júnior Lemos mas, na hora de afastar, o jogador juiz-forano tocou na bola antes. Lemos acertou caio em cheio, mas a arbitragem não considerou o lance pênalti, para a revolta de dirigentes dos Capivaras nas arquibancadas e atletas em campo.
A reta final da partida foi de mais vontade que futebol. Sem muita criatividade, ambos os times se limitaram a tentar não perder o ponto que iam conquistando na manhã fria e chuvosa em Juiz de Fora.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Daniel Braga/Manchester; e Toque de Bola