No ano do centenário, Baeta sofre nas divisões de base do Campeonato Mineiro

Juiz de Fora (MG), 26 de abril de 2011

A participação do Tupynambás no Campeonato Mineiro das divisões de base não está sendo a que os torcedores do Baeta esperavam, sobretudo no ano em que o clube completa 100 anos de fundação. No último sábado, 23, o Alvirrubro foi derrotado em casa pelo Progresso, por 2 a 1, em jogo válido pelo torneio júnior. O resultado confirma a tese de que não está sendo fácil fazer o Leão despertar.

 Somando as campanhas realizadas pelo time do Poço Rico nas categorias infantil, juvenil e júnior, foram dez derrotas, dois empates e somente uma vitória. Na categoria juvenil, o Tupynambás não tem mais chances de classificação. Na infantil, as chances são remotas, enquanto no júnior, único que conseguiu vencer, a probabilidade de classificação depende de combinação de resultados.

Para o representante do grupo gestor do futebol do Baeta, Nando Ozório, os resultados ruins são fruto de somatório de fatores. “Estamos reiniciando um processo num clube que estava parado há muito tempo. Começamos os trabalhos tarde e, além disso, acredito que ficou faltando um pouco mais de investimento. Como não conseguimos patrocinadores, também não conseguimos trazer os atletas que esperávamos. Com isso, o nível acabou ficando mais baixo”, relatou Ozório.

Em relação ao time júnior, a saída do técnico José Luis Peixoto foi muito criticada por torcedores do Baeta. Para Nando, de fato a troca no comando atrapalhou seus planos, mas são coisas do futebol. “O José Luis é um profissional de ponta. Mas, para arcar com essa despesa existe um custo. É preciso ter os pés no chão. A saída dele realmente enfraqueceu. Mas o Claudinei [Clementino] vem fazendo um bom trabalho dentro das nossas possibilidades”, comentou, não esclarecendo se o investidor que teria exigido a substituição do treinador já está atuando junto ao clube.

Mas Ozório deu um alento à torcida baeta: “Esse é o projeto inicial. Não dá para começar ganhando de todo mundo, principalmente em Juiz de Fora, onde a gente não consegue nenhum patrocínio. Mas o projeto ainda está em fase embrionária”, finalizou.

Texto: Thiago Stephan

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