Juiz de Fora, 27 de setembro de 2011
Ele assumiu presidência para o terceiro mandato em 14 de janeiro deste ano. Passados oito meses, o presidente do Sport Club Juiz de Fora, Paulo Cézar Gasparette não perde o pique, mas acredita que o seu tempo a frente do Periquito está perto do fim. No dia em que o clube completou 95 anos – sábado, 24 de setembro – Gasparette relatou que os anos ligados à direção do clube trouxeram desgastes. Por isso, acredita que, a partir do ano que vem, novas pessoas apareçam para comandar o Alviverde. Sobre o seu mandato, destaca a preocupação social que o Sport tem hoje, além da modernização pela qual o clube vem passando.
Toque de Bola: Hoje o clube completa 95 anos repleto de atividades. Qual o seu sentimento ao chegar a essa data tão importante no comando do Sport?
Paulo Cezar Gasparette: É um sentimento gostoso. Esse legado que nós pegamos, um clube como esse, onde vivemos desde a nossa infância… Então, tudo o que a gente faz é com amor. Depois a gente administra o clube, que tem que ser sempre com a razão. Mas é muito gostoso esse legado. Pessoas que têm uma história de vida muito bonita dentro da cidade.
TB: Você assumiu para o terceiro mandato no início deste ano. E aquelas metas que você traçou quando assumiu, você já conseguiu realizar? Como elas estão?
Gasparette: Não foi um presidente que assumiu, foi um grupo que já está à frente do clube há sete anos. O que nós projetamos, inicialmente, era sanear o clube em todos os sentidos, seja administrativamente, seja na parte dos esportes. Esse foi o nosso grande desafio. Trazer o Sport Club Juiz de Fora, de 95 anos, para 2011, o que é muito difícil. As coisas ficaram defasadas, como o patrimônio. Então, fazer isso tudo é o grande desafio que estamos tendo hoje em dia. Estamos conseguindo. Aos poucos, o que projetamos está sendo feito. Ainda não chegamos ao que queríamos, mas temos uma participação muito boa dentro daquilo que nós planejamos.
TB: Dentre as suas realizações na direção do Sport, qual você destacaria?
Gasparette: O que eu mais destaco é o compromisso social que a gente assumiu. Hoje, devemos ter dentro do clube uma média de 300 crianças que não pagam nada. Esse compromisso social, ao possibilitar que crianças que não tem condições de pagar frequentem o clube é um grande desafio. Essa é a minha vitória: ver jovens já com 18, 19 anos que estão se tornando homens e nós contribuímos com a educação dessas crianças.
TB: Noventa e cinco anos é uma data marcante, mas faltam cinco anos, o que é muito pouco perto da longa história do clube, para o centenário. O centenário já está sendo planejado?
Gasparette: O que nós planejamos é entregar o clube no ano que vem para um novo grupo. Esses anos que o nosso grupo tem à frente do clube trouxeram um certo desgaste. Tem que vir pessoas novas para assumir o clube, com idéias novas. O que a gente queria, o que a gente se propôs a fazer, estamos fazendo. Mas está chegando a hora de entregar para outras pessoas no sentido de dar uma nova dinâmica ao clube. Nós estaremos envolvidos nas comemorações dos cem anos, já que nós somos sócios e vamos continuar nossa vida dentro do Sport. Será outro grupo à frente do clube, mas nós vamos estar aqui envolvidos do mesmo jeito, sempre preocupados com o bem-estar do Sport.
TB: O que mais você gostaria de destacar nessa data tão importante para o Sport?
Gasparette: Gostaria de agradecer a confiança que o associado deposita na gente e essa credibilidade que este grupo que está à frente do clube tem. Isso é muito gostoso. E que o associado venha e divulgue o clube. É isso que nós pedimos e queremos para o Sport: o bem do clube. Só isso!
Texto: Thiago Stephan
Foto: Arquivo Toque de Bola