Nas mãos de Simão e nos pés de Magno! Amigos do Cacai fatura o título da Copa Caem

O Amigos do Cacai venceu o Uberabinha/Cidade Alta, nos pênaltis, e levantou a taça da Copa Caem, na categoria Master. A equipe tinha a vantagem de jogar pelo empate, pois no primeiro jogo venceu por 1 a 0. Mas, em uma partida equilibrada, o Uberabinha devolveu o placar de 1 a 0, levando a decisão para a marca do pênalti. O goleiro Simão defendeu a cobrança de Cláudio e Magno colocou a bola no fundo do gol, definindo o título.

Decisão nos pênaltis

Assim como no primeiro jogo, o equilíbrio esteve presente durante todo o tempo de bola rolando. O Amigos do Cacai, com o uniforme alvinegro e o escudo do Botafogo-RJ era ligeiramente melhor, mas quem marcou o gol logo no início da partida foi o Uberabinha, em um lance de oportunismo. A partida continuou muito disputada mas sem grandes chances até o apito final.

A decisão nos pênaltis geralmente é a chance para os goleiros se consagrarem. E não foi diferente para o camisa 1 do Amigos do Cacai.

Pela regra da competição, cada equipe teria direito a três cobranças e alternadas a partir da quarta cobrança, até que uma das equipes tivesse a vantagem. Uberabinha e Amigos do Cacai converteram as três primeiras, sem chances para os goleiros. Na primeira alternada para o lado do Uberabinha, um gigante apareceu. Simão voou para defender a cobrança de Cláudio, no canto direito do goleiro.

A oportunidade de fechar o placar nas penalidades ficou para o camisa 11, Magno. O jogador não sentiu a pressão e bateu bem, no cantinho esquerdo de Marcelo, que até tentou, mas não conseguiu evitar o gol do título do Amigos do Cacai. Festa alvinegra no campo do Cerâmica.

“Gigante” Simão

O Toque de Bola conversou com o heroi Simão, de 46 anos. Apesar dos 30 anos de futebol amador, o goleiro é pedreiro autônomo. Sem esconder a alegria, o camisa 1 afirmou ser um abençoado e disse que tem costume de pegar pênaltis decisivos.

“Quem me viu jogar e me conhece sabe que eu sempre tive, não vou dizer facilidade, mas sempre peguei alguns pênaltis e salvei o meu time de algumas derrotas ou garantindo o empate. Como o pessoal gritou aqui fora, sempre tive essa estrela, com um pouco de sorte nas penalidades. Eu não poderia ficar de fora de um grupo desse e receber esse título. Agradeço aos meus amigos, todos os jogadores, que me ajudaram a chegar aqui hoje e vencer”, disse o goleiro.

O que mais impressiona é a estatura de Simão. Atuando em uma posição para atletas com porte físico avantajado, o goleiro de 1,64 metros não acredita que isso o atrapalha, já que, segundo ele, tem recursos que compensam a baixa estatura. Simão nunca atuou como profissional, mas sempre esteve envolvido com o futebol amador e não esconde a paixão pelo esporte.

“Além do Cacai, fui campeão três vezes pelo Madureira de Granjas Bethânia, joguei no Estrela Mar, Flor da Esquina, Embrapa. Graças a Deus rodei por muitos campos e fui muito bem reconhecido. Hoje fui premiado com mais esse título. Nunca tive o prazer de jogar profissionalmente, já até tentei treinar, fui convidado uma vez, mas é difícil, porque a gente trabalha a semana inteira para chegar no fim de semana e ter um lazer desse. É gratificante e é gostoso”, comemorou.

Canto de segurança

Autor do gol na última cobrança de pênalti, que definiu o campeonato para o lado alvinegro, Magno Aparecido de Jesus, de 46 anos, aproveitou a conversa com o Toque de Bola para revelar que não treina penalidades e opta por sempre escolher o “canto de segurança”.

“Sinceramente, não treino pênalti, só escolho o mesmo cantinho esquerdo do goleiro. É o canto de segurança, não tem outro. Se o goleiro manjar, ele vai pegar (risos)”, afirmou o jogador.

Muito festejado pela torcida e pelos companheiros, Magno, que trabalha como caminhoneiro, já está há 15 anos no Amigos do Cacai e, apesar de nunca ter atuado profissionalmente, teve a calma e a frieza de um experiente jogador para garantir o primeiro lugar para a tradicional equipe de Juiz de Fora, que já se prepara para outro desafio no ano.

“Essa final foi muito equilibrada porque eles fizeram o gol logo no início e ficaram na retranca, pois tinham um resultado favorável. Mas nós tivemos a competência nos pênaltis, meus companheiros me deram muita força e muita confiança e eu consegui converter, graças a Deus, com muita perfeição. Joguei no Tupi e Tupynambás, mas nunca como profissional. Estou no Cacai há quase 15 anos. Já fui campeão no Veterano, agora no Master e estamos seguindo para a Copa Bahamas, para conseguir mais um título”, finalizou um dos herois da final.

Texto: Igor Rodrigues

Fotos: Renato Gomes

 

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