Com atuação de gala do juiz-forano Felipe Roque, o Taubaté venceu o Cruzeiro por três sets a zero na decisão do Troféu Super Vôlei. As parciais foram de 25/23, 29/27 e 25/21 e Felipe marcou incríveis 21 pontos, com mais de 80% de aproveitamento de ataque.
“Virada de chave”
“Foi muito marcante!”, revelou com exclusividade ao Toque de Bola o atleta revelado no Clube Bom Pastor. Apesar de apontar a força coletiva da nova equipe como fator fundamental para a conquista, o juiz-forano admite que para ele, também, maneira como o triunfo foi alcançado, e diante do poderoso Sada Cruzeiro, representou uma “virada de chave”.
Confira a íntegra da entrevista no final deste post
Com atletas de Seleção Brasileira dos dois lados, as equipes se credenciavam como favoritas para a Superliga 2019/2020, mas o torneio foi cancelado pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV). Nesse sentido, o duelo entre ambos não foi surpresa. A Superliga tem início neste sábado, dia 31.
O fundamento que fez a diferença para o Taubaté sair com a vitória foi o bloqueio. Foram 11 pontos marcados dessa forma, principalmente no segundo set. Foi aí que Felipe consolidou uma atuação de destaque absoluto. Ao lado dele, o ponteiro João Rafael também brilhou e, inclusive, foi eleito o melhor em quadra ao receber o Troféu Viva Vôlei.
O jogo
O Cruzeiro começou melhor forçando bastante o saque. Em erro de ataque de Maurício Borges, a equipe celeste abriu 6 a 2, mas foi o próprio ponteiro que ajudou na reação. Com boas atuações de João Rafael e Lucão, os paulistas fecharam o primeiro set.
O Taubaté voltou para o segundo set muito bem no saque e dificultou muito a recepção do Cruzeiro. Depois de uma troca de pontos, o Cruzeiro conseguiu tomar a frente em ace de López a 131 km/h.
Outra vez, o Taubaté foi buscar e, após longo rally, Felipe Roque explorou Isac para colocar o time paulista na frente: 17 a 16. O duelo seguiu equilibrado, mas com o bloqueio muito eficiente, o Taubaté fechou o segundo set em toco de Maurício Souza em cima de Otávio.
As duas equipes voltaram para o terceiro set seguindo o padrão do jogo até então: com equilíbrio. O Cruzeiro voltou a forçar o saque e chegou a fazer 11 a 9, mas o Taubaté soube administrar emocionalmente a desvantagem no placar e virou. Em bonito ataque do juiz-forano, o time paulista fez 21 a 19 e ficou perto da vitória, que veio pouco depois no ataque de López para fora.
Sequência: outra vitória
Na próxima sexta, dia 30, as duas equipes voltaram a se enfrentar pela Supercopa de Vôlei, torneio que envolve os campeões da Superliga (Taubaté – líder da competição até o cancelamento) e da Copa do Brasil (Cruzeiro – campeão em 2020).
E deu Taubaté outra vez, no ginásio Guanandizão, em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Três sets a dois – parciais 19/25, 25/21, 30/28, 14/25 15/11.
Em 2019, a disputa foi entre as mesmas equipes e terminou com vitória do Taubaté por 3 sets a 1.
O Taubaté estreia na Superliga 2020/2021 na terça, dia 3 de novembro, às 21h30. O adversário será o Uberlândia. Já o Cruzeiro terá o Guarulhos como adversário na primeira partida da competição nacional no dia 1º de novembro, também às 21h30.
Entrevista Felipe Roque – exclusiva Toque de Bola
Toque de Bola- Como foi a sensação de conquistar esse título com o Taubaté diante da forte equipe do Cruzeiro?
“Fiquei muito feliz com essa vitória. Joguei por cinco anos no Minas (Tênis Clube). Tinha uma diferença de investimento grande entre o Sada Cruzeiro e o Minas. O favoritismo era sempre deles. Então essa vitória que tivemos, da forma como ocorreu, foi uma virada de chave para mim. Estou num time com capacidade para ganhar um campeonato da forma como foi. Por isso foi muito marcante para mim essa vitória sobre o Sada.”
2- Como analisa a final? O Taubaté esteve atrás nos três sets mas foi maduro para virar e fazer um 3 a 0 indiscutível.
Essa final mostrou a força coletiva de nossa equipe. São jogadores de muito nome, que dispensam comentários, o pessoal da seleção em peso aqui. Mas mostrou quanto somos fortes coletivamente. Quanto a gente se ajuda, é aguerrido, ponto atrás de ponto. O que mais me marcou foi a garra que demonstramos na quadra, independente se estávamos atrás ou na frente do placar, mantivemos a pegada, e foi assim até o último ponto.
3- Como viu a sua atuação? Um aproveitamento de mais de 80% no ataque não é todo dia que se vê.
Confesso que eu estava tão focado no jogo, no que eu tinha que fazer, meu posicionamento para defender, no que eu tinha que fazer no bloqueio que eu não estava pensando nessa minha atuação, em si, porcentagem de ataque. Porque estava focado no ponto após ponto e só fiquei sabendo depois do jogo e fiquei muito feliz pelo meu desempenho, mais feliz ainda de poder ajudar a equipe a conquistar o título. Foi importante fazer essa porcentagem de ataque num jogo tão decisivo, numa final.
Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento, supervisão Ivan Elias – Toque de Bola
Artes: Toque de Bola