Módulo 2: Tupi e Baeta precisam de tempo e acreditam que início previsto será adiado!

Vivendo momentos de indefinição por motivos diferentes, Tupynambás e Tupi aguardam a marcação da reunião arbitral do Módulo 2 do Campeonato Mineiro 2022.

A previsão inicial, baseada no calendário divulgado pela Federação Mineira de Futebol (FMF), seria a quarta-feira da próxima semana, dia 19 de janeiro. Pelo Estatuto do Torcedor, o arbitral tem que ocorrer, no mínimo, com 60 dias de antecedência do início do torneio. Mas, há um problema extra para o prazo ser cumprido para o Módulo 2: um imbróglio judicial envolvendo Guarani de Divinópolis; Aymorés, de Ubá; e o rebaixamento em 2021.

O caso

Em novembro, a Terceira Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) puniu o Guarani de Divinópolis com a perda de três pontos pela inscrição de um atleta além do limite de 30 permitido pelo regulamento. Com isso, o Bugre cairia da sexta para a 11ª e penúltima posição da classificação, saindo de 13 para 10 pontos. Assim, salvaria o Aymorés do rebaixamento.

A equipe de Divinópolis afirmou à época que recorreria da decisão, emitindo comunicado em suas redes sociais (veja imagem ao lado). O caso chegou a ser apreciado em segunda instância pelo Pleno do TJD-MG.

Mas, após um voto pela transformação da pena em multa e outro por sua manutenção, um dos auditores pediu vistas e interrompeu o julgamento, ainda no dia 20 de dezembro de 2021. O Tribunal entrou em recesso logo após a sessão.

Sem data

A volta do recesso do TJD-MG está prevista para o dia 17 de janeiro, mas o pedido de vistas não tem prazo determinado para se encerrar. Assim, é improvável que o julgamento do caso ocorra antes do dia 19, o que provocaria um adiamento inevitável no início do Módulo 2.

Há ainda os recursos. Caso perca em Minas, o Guarani promete levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) o que pode adiar ainda mais o início da competição. Interessado direto, o Aymorés também pode recorrer à entidade que regula todas as competições de futebol no país caso a pena ao time de Divinópolis seja alterada ou abolida.

Mais tempo

Módulo 2 está previsto para começar em março

Um adiamento não seria ruim para as equipes juiz-foranas. No Baeta, as definições sobre a venda de parte do terreno da sede do Poço Rico devem ocorrer nos próximos dias, e o prazo maior para planejar seria bem vindo. “Não acreditamos que comece em março. O mais provável é que o Módulo 2 seja marcado para o início de abril. Assim, nossos atletas e comissão devem ser apresentar em meados de fevereiro. Temos um prazo até o fim desta semana para a definição do negócio do terreno porque precisamos nos preparar e tomar providências para a competição”, explica o presidente do Tupynambás, Cláudio Dias.

No Tupi, ainda envolto nos efeitos da crise política do fim do último ano, nem mesmo a participação na competição é garantida. “A participação do time no Módulo 2 não foi confirmada e está condicionada às parcerias, com as quais estamos conversando e mostrando a realidade de forma clara. O clube tem essa necessidade para que ele possa fazer frente às despesas. Tivemos uma situação interna que foi definida em meados de dezembro. Estamos há poucos dias sem esse cenário de incertezas. Não queremos incorrer nos mesmos erros de gestões anteriores”, conta o vice-presidente de futebol do Carijó, Jeferson Vítor.

Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos

Imagens: divulgação/FMF; e Instagram Guarani

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