Terminou com uma previsão de data para o retorno do futebol em Minas Gerais a reunião da manhã desta quarta, dia 17, entre o presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF), Adriano Aro, e representantes do Governo mineiro.
No início da tarde, em seu Instagram pessoal, Aro postou uma foto ao lado do secretário estadual de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e afirmou que houve uma sinalização do Executivo estadual para que as partidas voltem aos gramados mineiros no fim do próximo mês.
Diz a postagem: “em reunião com o Secretário de Saúde de Minas Gerais, Dr. Carlos Eduardo, o Estado sinalizou a possibilidade de marcação de jogos oficiais a partir de 26.07.20. A proposta será analisada pelos técnicos do COES, que poderão sugerir eventuais alterações.”
Certeza
Aro ainda condiciona o retorno das competições em Minas à análise da proposta do plano de retorno apresentada por ele ao Centro de Operações e Emergência em Saúde (COES). Mas é a primeira vez que há uma data possível para a volta do futebol no estado. Nos clubes de Juiz de Fora, a notícia suscitou diferentes reações.
No Tupi, o presidente José Luís Mauler Júnior, o Juninho, disse que o clube estará pronto para jogar no fim de julho, mesmo perdendo atletas e sem uma sinalização de liberação de treinos da Prefeitura de Juiz de Fora.
“O Tupi tem sim condições de estar em campo no dia 26 do mês que vem. A equipe já está montada, com algumas perdas. Não vejo com contornar a proibição dos treinos na cidade, mas acredito que, se a FMF anunciar o reinício do Mineiro, isso será revisto”, prevê o mandatário.
Na mesma
Após a reunião, Aro afirmou à reportagem do Superesportes ter entrado em contata com todos os clubes que disputam a elite do Mineiro. E os clubes do interior, mesmo os que já dispensaram seus elencos, “se mostraram favoráveis e disseram estar aptos”. Mas estão não é a posição do Tupynambás.
De acordo com o vice-presidente do Baeta, Cláudio Dias, a posição do clube permanece a mesma, de não enxergar condições de retornar ao Estadual. “Continuamos na mesma condição, esperando uma posição oficial. Após três meses, recebemos um telefonema nesta terça, para falar da reunião com o secretário de Saúde. Essa decisão contraria o próprio protocolo de Minas Gerais, no qual o futebol está na onda roxa, que seriam as últimas coisas a voltarem no estado”, avalia.
Tudo ao contrário
“Acho que a Federação está agindo ao contrário. Antes de fazer qualquer acordo com o Governo de Minas, deveria procurar os clubes participantes. Saber com cada clube está. Porque, de repente, não é que o clube não queira voltar. Ele não tem condição. Nós contratamos os atletas, pagamos até o fim do contrato, em abril. Agora, teríamos que contratar para dois jogos. Pela Lei, só se podem ser feitos contratos de, no mínimo, três meses. Quem vai pagar esses meses? Quem banca a vinda desses de volta a Juiz de Fora, no caso? Os que já receberam, não vão voltar aqui de graça”, levanta Dias.
O dirigente do Baeta também questiona alguns pontos não esclarecidos pela diretoria ou o presidente da Federação. “Esses são detalhes que eles têm que dar uma definição. A FMF vai custear essas despesas? Se não vai, como vai obrigar um clube a jogar, se este não tem condição? Outro detalhe que pergunto e nunca tem resposta: quem é o responsável caso um atleta ou membro de comissão ou alguém da delegação seja contaminado? Pela legislação, é o clube. Aí ficaremos com o individuo parado, por quatro meses, por causa de dois jogos? É correr um risco enorme por um campeonato que, independente de o Tupynambás cair ou ficar, já está todo alterado e perdeu toda sua competitividade”, avalia Cláudio.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos com informações do Superesportes
Fotos: reprodução Instagram Adriano Aro; Toque de Bola; e divulgação UFJF