Mês sem bola anula investimento do Baeta contra queda!

Elenco do Baeta foi dispensado no dia 16 de março

  Completando um mês desde que dispensou seu grupo de jogadores nesta quinta, dia 16, o Tupynambás está em compasso de espera, mas a diretoria já contabiliza prejuízos. Por enquanto, estes não são financeiros, mas esportivos. 

 Segundo o vice-presidente do Baeta, Cláudio Dias, o esforço final feito para que o Leão do Poço Rico permanecesse na elite do Campeonato Mineiro, foi anulado com a paralisação do futebol nacional. “Foi muito ruim para todos. Inclusive para o Tupynambás. Fizemos mais um investimento para a reta final da primeira fase do campeonato, justamente para tentar fugir do rebaixamento. Contratamos técnico, jogadores e ai tem a paralisação. Tudo se perde.”

Pode pesar no bolso

  Com as finanças em dia, o Baeta já acertou com seus profissionais antecipadamente e vai poupar a ajuda que receberá da CBF. Mas Dias cobra um posicionamento da Federação Mineira de Futebol (FMF) e prevê que, caso a entidade queira o retorno do Mineiro, o bolso dos clubes pode pesar.

Para Cláudio, a volta do Mineiro 2020 é inviável

  “A Federação ficou de dar um posicionamento até 30 de abril. Então são 46 dias parados. Não tem como voltar o campeonato no começo de maio. Se é marcado um jogo no início de maio, digamos dia 8, quem tem maior risco é clube. Se alguém se lesiona, quem tem que arcar com os custos do atleta é o clube. A FMF não vai assumir isso”, prevê Dias. “Fazendo uma pré-temporada de 20, 25 ou 30 dias, acabou maio. Vai marcar para junho. São outras duas folhas de pagamento. Quem pagará esse valor a mais?”

Compromisso encerrado

  Para Dias, o Baeta se comprometeu com a FMF para a disputa do Mineiro até o fim do mês, quando a maioria dos contratos de seus profissionais se encerra. “Nós assumimos compromisso até abril. Maio e junho não fazem parte desse compromisso. ‘Ah, mas tem a Série D’, a Série D será uma outra equipe. O Tupynambás montou uma equipe para o Mineiro e teria uma outra para o Brasileiro. São valores diferentes. Não se pode contar com isso.”

“Além do mais, nem todos os jogadores podem ou querem retornar. Tivemos um custo para mandar os atletas para casa, e agora teremos outro para trazê-los de volta? O Vanger, por exemplo. Foi para o Maranhão. São R$ 1,5 mil a passagem. Ele não vai jogar a Série D aqui no Tupynambás pois já acertou com um clube maranhense. Vamos ter que pagar para ele voltar para lá. se tivermos 20 atletas nessa mesma situação, são cerca de R$ 30 mil só em custos com passagens”, explica.

Camisa do Baeta só deve voltar aos gramados após maio

Sem condições de terminar

 Dias defende a inviabilidade para o término do Campeonato Mineiro 2020. “Acredito ser inviável voltar com o campeonato. Não é questão de ser rebaixado ou não. É que não vai haver mais o mesmo nível de disputa. A partir do momento que você não vai ter mais o mesmo time, vai ter que criar uma nova equipe, quem não jogará a Série D vai cumprir tabela. Isso vai atrapalhar completamente a competição. Colocando em campo um time que não serie o principal, a chance de este ser derrotado é muito maior”, prevê.

 Para Cláudio, o Leão do Poço Rico será prejudicado caso as duas últimas rodadas sejam realizadas nas circunstâncias que se apresentam. “Uberlândia, Patrocinense e URT dispensaram todos os atletas. Já comunicaram que, se por acaso forem voltar, vão fazê-lo com equipes de base. O Uberlândia pega o Villa na rodada quando a competição voltar. Jogando com o time de base (Uberlândia),  está prejudicando indiretamente o Tupynambás. A mesma coisa o Boa, que joga com o Patrocinense. Esses times vão ser muito inferiores aos que tinham. Desta maneira, o Baeta será prejudicado.”

Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos

Fotos: Rise Up Mídia/Tupinambás FC

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