O fundista cego Odair Santos colocou a foto da filha Júlia, de três meses, nos óculos que usou para a disputa da final nos 1.500m T11, nesta segunda-feira, 3, em Londres. A pequena foi “os olhos” do pai, e o acompanhou durante o percurso que rendeu mais uma medalha de prata para o Brasil no Atletismo.
“Me esforcei para que acontecesse a ultrapassagem pelo queniano (Samwel Kimani), mas não consegui superá-lo no fim. Agora vou me recuperar para os 5.000m e dar o meu melhor”, afirmou Odair, reclassificado em 2010 da classe T12 (perda parcial de visão) para T11 (perda total da visão).
“Estava muito nervoso, não dormi, não comi direito. Mas disputar uma Paralimpíada me ensinou muito. Vi que meus adversários são muito bons, mas que é possível superá-los e é o que eu tentarei fazer. Ano que vem temos Mundial, depois Parapan. Tenho tempo para me planejar e melhorar minha marca”, disse o paranaense de Francisco Beltrão.
Texto: Comitê Paralímpico Brasileiro