Pouquíssimas foram as reclamações sobre a Meia Maratona de Juiz de Fora Fripai/PJF, realizada no domingo, 8, com provas de 21km, 10km e caminhada de 3km. No entanto, dois dos principais corredores do percurso de 10km foram prejudicados no meio da prova. O quinto quilômetro foi sinalizado com um banner e previamente programado como retorno do percurso. Mesmo assim, dois atletas do CRIA-UFJF, Neemias Alves da Cruz e Adan Arroio Matos, não viram o aviso e seguiram até o quilômetro seguinte, perdendo tempo e acumulando maior desgaste.

“Sai entre os 20 colocados, estava com os corredores da meia maratona. Chegando nos 5km, eu e mais um atleta não fomos avisados por ninguém do retorno e continuamos correndo até o sexto quilômetro, então nós percebemos que tinha algo errado e voltamos para completar a prova”, explica Neemias, de 17 anos.

Quinto colocado na prova mesmo com os problemas, o jovem se mostrou satisfeito com o resultado.

“Foi ótimo porque estou voltando de contusão, tinha sofrido uma lesão na virilha. No final tive que fazer mais força, mas foi bom”.

Na posição seguinte ficou Adan, 16, que repetiu o erro do colega de atletismo, e também salientou a ausência de profissionais do staff no local ajudando na sinalização.

“Tinha a marca de 5km, mas chegando lá não havia ninguém avisando para retornar, então fui direto. Depois que dei conta que era para ter voltado. Acho que dava para ter ficado em segundo ou terceiro colocado, mas acredito que fiz uma prova muito boa”, conta Adan, também feliz com a performance apesar das adversidades.

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O diretor técnico da SaúdePerformance, Marcos Hallack, fez parte da organização da prova e acredita que, pela sinalização e divulgação do mapa do percurso com significativa antecedência, os erros foram dos atletas e não ocorreram por falhas do staff.

“O atleta é responsável por seguir o percurso correto. A organização baliza o percurso, mas o atleta é o responsável. O mapa foi previamente divulgado nas mídias sociais e estava exposto durante todo o Congresso Técnico e entrega de kit realizados na véspera da prova. Existia uma placa no local e um banner de aproximadamente dois metros de altura que dizia ‘retorno quilômetro 10’, ou seja, a prova estava sinalizada. Talvez, se eles tivessem olhado o mapa com um pouco mais de atenção e tratado a prova que iriam disputar com mais carinho, não errassem isto. Poderíamos ter montado um banner na horizontal ao invés de vertical, mas acho que foi uma questão do atleta. Eles poderiam ter acertado e nós sinalizado melhor”, analisa Hallack.

O Toque de Bola esteve presente no evento e pode conversar com muitos atletas que elogiaram pontos da prova como a hidratação e um percurso quase todo plano. Além destas características, Hallack destaca a segurança, mantida nos 21km de prova, maior percurso de todo o Ranking de Corridas Rústicas de Juiz de Fora.

“Trouxemos três caminhões do Rio de Janeiro, o maior investimento da prova foi no balizamento do percurso para deixá-la extremamente segura. Em nenhum momento os corredores se misturaram com carros. Gastamos muito com cones, grades e a segurança do evento funcionou muito bem. Colocamos isotônicos e DJ de qualidade no retorno. As medalhas de primeiro nível, exposição de fotos, entrega de kits em um ‘hotel top’. Dá para melhorar, mas considero o evento como um sucesso e os ajustes já foram mapeados e serão realizados para a próxima oportunidade”, afirma.

Texto: Bruno Kaehler

Foto: Toque de Bola