Juiz de Fora (MG), 2 de janeiro de 2012
Maurício Bara concede entrevista exclusiva ao Toque de Bola. No balanço dos cinco jogos iniciais, há pontos positivos. Para a sequência da Superliga, treinador quer ritmo mais intenso da equipe em quadra.
Toque de Bola: Qual é a avaliação dos cinco primeiros jogos da UFJF na Superliga Masculina, derrotas por 3 sets a 0 contra equipe reconhecidamente mais fortes (Vôlei Futuro, Sada Cruzeiro, Sesi e RJX) e vitória por 3 sets a 1 diante de uma equipe mais parelha (Volta Redonda, na casa do adversário)?
Maurício: Dois objetivos foram cumpridos nesta primeira etapa. Primeiro, mostrar uma equipe competitiva. Acho que a gente conseguiu, apesar das dificuldades dos primeiros jogos, equilibrar com grandes equipes do País. Isso era muito importante. E o segundo objetivo, vencer um adversário direto. Contra o Volta Redonda, foi importante até para terminar o ano vencendo. Aconteceu o que tinha que acontecer, só que ficou a sensação também que poderíamos ter mais um ou dois pontos na tabela, e vamos ter começar a correr atrás disso agora. Já no início de 2012 começa uma etapa corrida do campeonato, sem intervalo de descanso, isso vai pesar para todo mundo, vamos ver se pesa menos para nós. Vamos buscar novas vitórias para ir sobrevivendo, o grande objetivo da UFJF na temporada 2011/12 é se manter na Superliga, garantir sua vaga para o ano que vem. Temos que conseguir vitórias sobre equipes mais parelhas, num campeonato quase paralelo.
No terceiro set contra o RJX, a UFJF abriu duas boas vantagens, fez 8 a 3 e depois 15 a 10. Mas não conseguiu fechar o parcial. É uma situação que também precisa melhorar, administrar vantagens como essa?
Maurício: Temos treinado muito, situações de jogo. No último jogo, ficou evidente que nesse momento que conseguimos abrir contra o RJX, o técnico praticamente colocou a seleção brasileira em quadra (a equipe conta com Marlon, Theo, Lucão e Dante), e o Dante no final de jogo fez a diferença, com três bloqueios e dois ataques. Isso também é preciso avaliar. Esses jogadores são um fator de desequilíbrio. Mas de qualquer forma quando abrimos uma vantagem temos que rodar a bola, fazer os nossos ataques e os pontos, para não deixar o adversário encostar novamente no placar.
Você tem destacado, na escalação do time, que tem uma vantagem de optar por jogadores de qualidade, sem uma equipe-base. A idéia, com o tempo, é ter essa equipe-base ou não?
Maurício: Acho que de uma certa forma a gente tem a equipe-base. Os jogadores que iniciaram as cinco partidas são praticamente os mesmos, com pequenas alterações. Durante o jogo, eu tenho a oportunidade de fazer as mudanças sem cair o ritmo da equipe. Isso vai ser mais importante a partir de agora, com jogos seguidos e um desgaste natural. Então, vamos ter a equipe-base, mexendo uma ou duas peças, os jogadores sabem disso, mas com jogadores do mesmo nível ali no calcanhar. Então, por exemplo, numa semana com três jogos seguidos, temos essas opções. Já falamos com os jogadores que nós temos que atuar num ritmo mais forte que os outros. Não podemos entrar num ritmo de uma equipe que tem jogadores de seleção, porque eles podem uma hora resolver o jogo, mas nós temos que imprimir um ritmo forte desde o primeiro ponto. Eu sempre falo: que joguem dois, três sets no ritmo máximo. Cansou? Sai, entra outro.
Ingressos
A UFJF enfrenta o BMG/São Bernardo neste sábado, 07, às 19h, no ginásio da UFJF. Os ingressos para a partida começam a ser vendidos na quarta-feira, 04, a partir das 13h, nas lojas Vanille (Independência Shopping, Shopping Alameda, Rua Braz Bernardino e Campus Universitário). Os valores são de R$10 (inteira) e R$5 (meia).
Foto: ETC Comunicação
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