Homenagem: Mário Helênio, um depoimento histórico

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  • Post publicado:31/05/2011
  • Categoria do post:Nossa História

Juiz de Fora (MG), 6 de janeiro de 2011

Em 30 de outubro de 1988 foi inaugurado o maior estádio de Juiz de Fora, na época batizado como Estádio Regional. Mas, em 1996, houve uma mudança no nome: através de lei municipal o maior palco do esporte local passou a se chamar Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

A troca foi uma justa homenagem ao radialista, jornalista e homem de muitas facetas que foi Mário Helênio, conhecido carinhosamente como “o Tesourinha” entre os profissionais da imprensa. Mário havia morrido no Natal de 1995.

Mas será que todos os torcedores que foram recentemente ao estádio acompanhar os jogos de Tupi, Sport e Tupynambás sabem dizer quem foi Mário Helênio?

Pensando em resgatar a história desse personagem ilustre do esporte juiz-forano, o Toque de Bola transcreveu trechos da entrevista concedida por ele em 8 de maio de 1990 para o Museu da Imagem e do Som (MIS) da Funalfa (Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage).

Seis amigos – Fábio Nery, Cláudio Temponi, José Carlos de Lery Guimarães, Rubens Cleto Moreira, Odone Turolla e Dormevilly Nóbrega – escolhidos por Mário Helênio fizeram uma sabatina de quase duas horas que lembrou os principais fatos de sua vida.

Este material foi cedido para o blog pela Divisão de Memória da Funalfa, da Prefeitura de Juiz de Fora, com grande colaboração de Nilo de Araújo Campos.

Tupynambás

O papai (Jarbas de Lery Santos) sempre emprestou a sua colaboração ao Tupynambás, chegando até a ser vice-presidente da Liga de Desportos de Juiz de Fora. Na década de 40, o Tupynambás empreendeu uma campanha que acabou sensibilizando toda a cidade: a campanha para a construção do seu estádio. Houve então o lançamento dos quinhões e o papai teve participação sem dúvida destacada nessa campanha porque, como homem de imprensa, ele passou a divulgar muito esse plano (…) O tio da Pátria (Soares Zambrano, então superintendente da Funalfa) foi sem dúvida o grande comandante dessa campanha que fez com que o Tupynambás tivesse o seu estádio inaugurado em 1950, depois de uma campanha muito esforçada. Até mesmo seu Vitório Turolla, pai do Odone aqui presente, teve também uma participação efetiva em uma obra que foi difícil de fazer. Mas o Tupynambás, com a velha fibra baeta e esse desprendimento que sempre o caracterizou, acabou dando a cidade o seu estádio em uma fase muito boa do futebol de Juiz de Fora, fase inteiramente diferente da que estamos vivendo hoje, que de fato o futebol está bem diferente daquele de antigamente. Era feito com muito mais idealismo, com muito mais esforço, com extrema boa vontade, de qualquer maneira o Tupynambás do papai está dentro do coração e é ainda hoje um sustentáculo do esporte na cidade.

O início

O Fábio (Nery) lembrou que em 1938 ele me levou para o Diário Mercantil. Eu fiz o primário no (Colégio) Santos Anjos, na Avenida Rio Branco, em frente ao Excelsior, onde anos depois virou a redação do Diário Mercantil. (…) Em 1937, eu saía do Santos Anjos e ia para a redação de O Farol e o Jornal do Comércio, que eram os jornais que o papai dirigia. E nessa ocasião eu fiquei conhecido e sou até hoje… prefiro até que o Fábio fale…”O Tesourinha”. Eu chegava na redação e pedia a tesoura: “cadê a tesourinha, cadê a tesourinha?”. Então, eu recortava os jornais do dia e quando o pessoal chegava para trabalhar eu mostrava o meu jornal. Cortava as notícias, colava e apresentava o meu jornal. Se perguntarem ao Waldir Amaral quem é o Mário Helênio ele não sabe, mas se falar no Tesourinha o Waldir vai lembrar. Nesse mesmo ano, o papai como presidente da Associação Mineira de Imprensa, organizava a participação de Juiz de Fora em congressos nacionais e foi nessa oportunidade que fui ao Rio de Janeiro e a Tia Aparecida, que se deslocou só para acompanhar esse depoimento, contou um caso instante atrás, que nós ficávamos no Hotel Globo, na Avenida do Andradas, no Rio de Janeiro. Houve uma ocasião em que telefonaram da redação do jornal O Globo, que eu estava lá querendo falar com o Hebert Moses, que eu queria uma entrevista para ele. Ele era um homem do maior conceito e que foi presidente da ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Então, a Tia Aparecida registrou isso, que eu saí do hotel sem falar com o papai. O Globo ficava na Carioca. Depois ligaram para o hotel avisando que tinha um menino em cima da mesa dizendo que quer falar com o Hebert Mosses e que era para apanhá-lo lá. Nesse mesmo congresso fomos recebidos no Palácio do Catete pelo presidente Getúlio Vargas, que papai havia conhecido em 1933. Lembro-me que O Globo registrou que estava no Rio o mais jovem jornalista do Brasil, com uma fotografia em que eu apareci ao lado do presidente Getúlio Vargas.

A Equipe

A Equipe era feito na Avenida Getúlio Vargas e foi uma demonstração positiva do que vale o idealismo. Era feito no tipo, aos domingos porque circulava na segunda-feira. O jornal era preparado domingo, às 10h da noite. Era alugada uma carrocinha onde as páginas eram coladas e levadas para serem impressas no Lampadário, na Rua Espírito Santo. Às 7h da manhã o jornal era impresso e distribuído. O primeiro a ler A Equipe, depois de impresso no Lampadário, era o bispo Dom Justino. Quando íamos buscar A Equipe, o bispo já estava aprovando. Um sacrifício incomum. Fazer o jornal no tipo na Getúlio Vargas, levar no Lampadário imprimir.

Rádio Industrial

A princípio foi difícil porque de rádio eu só tinha a experiência em alguns programas esportivos que o Céu Azul fazia para a Rádio Tiradentes de São João Nepomuceno, cujo o operador era o Cláudio Temponi. Era um estúdio ao lado do Faisão Dourado, de onde se faziam as transmissões para São João Nepomuceno. Até que em maio de 1948 houve um jogo internacional em Juiz de Fora: a Seleção da cidade contra o Southampton, da Inglaterra. O Céu Azul era o locutor e me fez o convite para ser o comentarista dessa partida. Em uma época em que as rádios ainda não tinham comentaristas, quando dava o intervalo voltava para o estúdio para tocar música. Aí veio a Industrial em 1949. Foi a fase de ouro da radiofonia em Juiz de Fora. A Rádio Industrial entrou com um novo esquema de rádio. No sábado, a inauguração foi feita da boate do Pálace Hotel. Depois teve uma batalha de confete na Rua Halfeld. No domingo, pela manhã, uma corrida de automóveis no miolo central da cidade e pela primeira vez a Industrial falou de quatro pontos. À tarde teve Torneio Início de futebol e nós transmitimos. Foi na semana que antecedeu o carnaval de Juiz de Fora. Naquele carnaval, a Industrial falou de todos os clubes com entradas de meia em meia hora, além de notícias do Pronto Socorro, do noticiário policial… Foi um cartão de visitas para demonstrar que a Rádio Industrial tinha vindo para dar uma nova dinâmica no rádio de Juiz de Fora. (…) Em 1949, transmitimos o Campeonato Sul-Americano que aconteceu no Rio de Janeiro. Em 1950, na Copa do Mundo, na inauguração do Maracanã, a Industrial tinha uma cabine. (…) O senhor Fonseca sempre achou a Rádio Industrial o doce de coco das rádios dele. (…)

Pioneirismo

Em 1950, o Olavo Bastos, que foi o verdadeiro pioneiro da televisão, era uma imagem na caixinha de fósforo que ficava na Casa do Rádio, transmitiu um jogo do Clube Juiz de Fora para a Casa do Rádio. Depois ele transmitiu o jogo Tupi x Bangu para a Rua Halfeld. Foi neste dia que estava em Juiz de Fora o Antônio Cordeiro, que era um grande amigo nosso. Ele, depois do jogo, ligou para o Heron Domingos e pediu pessoalmente que ele desse a notícia que Juiz de Fora tinha transmitido o primeiro jogo pela televisão na América do Sul. Eu fiquei tão entusiasmado que após meus comentários no intervalo em peguei o primeiro bonde que tinha e vim ver a imagem do jogo. Foi uma coisa sensacional.

Apoio ao esporte amador

São 40 anos de atividades diárias em rádio. Além disso, como dirigente de clube durante muito tempo, o Olímpico (…) fui diretor de futebol do Tupynambás e, nesses anos todos, dirigindo várias entidades e emprestando a minha colaboração a vários órgãos do esporte em Juiz de Fora, porque eu sempre fui um apaixonado pelo esporte, um apaixonado pela notícia. Sei do esforço que os presidentes de clubes e entidades fazem, de maneira que nesses 54 anos tenho dado o maior apoio ao desenvolvimento do esporte, porque eu sei a luta deles e que sem divulgação não se consegue nada.

Olímpico

A minha participação no Olímpico data de 1937, 38. Era o Time do Adelino, uma dissidência do Clube Ginástico. O Adelino era meu professor no Instituto Bicalho. Como eu ajudava o Adelino na arbitragem e na organização de jogos internos, ele me pediu para ajudar com o time de basquete que ele mantinha na Rua Santo Antônio. Eu levava as notícias do Time do Adelino para publicar no jornal. E ficava chato publicar que o Time do Adelino treinou ontem, que o Time do Adelino vai jogar amanhã. Surgiu aí a ideia de mudar o nome. Em 1936 foram realizados os Jogos Olímpicos de Berlim, quando surgiu a ideia propícia de mudar o nome para Olímpico. Foi feita uma reunião, e eu fui secretário, e fiz a ata que mudava o nome Time do Adelino para Olímpico Atlético Clube, um clube que dominou toda a nossa vida. O Olímpico impressionava muito porque era um grupo pequeno, mas animado. Eram 25, 30 rapazes e um sacrifício enorme para comprar uma bola, um tênis, uma camisa e que não tinha local para treinar. Treinava de favor. Na década de 40, houve uma grande fase do basquete em Juiz de Fora. O Olímpico foi tetracampeão e conquistou o título do Centenário. Nessa ocasião conseguimos a vinda da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, que fez um jogo no Olímpico. As arquibancadas eram de madeira, improvisadas. Nessa mesma época trouxemos um time uruguaio que estava em excursão pelo Brasil. Sentiu-se a necessidade de se dar ao Olímpico uma casa. Era um clube simpático, popular, que lutava com muita dificuldade. E foi aí e graças ao prestígio do patriarca da família Bara, o José Gattás Bara, amigo pessoal do Dilermando Cruz Filho, que era o prefeito da cidade, e o nosso pedido, calcado na sensibilidade de uma câmara de vereadores que era brilhantíssima. Então, o Olímpico conseguiu o terreno inicialmente para a quadra, uma piscina e posteriormente, o Lagrange, com a venda de quinhões, conseguiu fazer um parque aquático, um ginásio e todas as instalações que o Olímpico tem hoje.

Cestinha de basquete?

Eu era reserva do segundo quadro. Mas havia campeonatos de lances livres. E eu sempre tive boa pontaria nas cestas. No intervalo das partidas havia campeonatos. Eram cinco atirando. Eu consegui marcar 20 em 20 arremessos. Fui bicampeão em Juiz de Fora e em Minas Gerais também fiquei sempre bem posicionado. O Olímpico chegou a ficar em terceiro lugar no Brasil.

Harlem Globetrotters em Juiz de Fora

Foi um espetáculo. Choveu muito naquela noite. O problema de Juiz de Fora é que nós não tínhamos, até 1960, praticamente ginásio nenhum. Os jogos de basquete e voleibol, quando começava a escurecer no Cristo, a gente lembrava do Coronel Miranda. O galpão do Batalhão era a garagem. A gente ligava e dizia: “Coronel, nós vamos para aí”. Ele colocava uns 20 soldados limpando, tirando o óleo da quadra, lavava o local de ponta a ponta e mandava a soldadesca apanhar na vizinhança cadeiras para cercar a quadra. O batalhão era o recurso que nós tínhamos. Mas na vinda dos Globetrotters a chuva caiu de repente, não teve jeito, e os norte-americanos, mesmo debaixo de chuva, deram um show.

Professor Caetano Evangelista

A mocidade esportiva de Juiz de Fora tinha no professor Caetano Evangelista uma escola. O professor Caetano foi um homem de extraordinária capacidade em tudo, ginástica, vôlei, basquete. As equipes de Juiz de Fora depois de 1939/40 saíram do Clube Ginástico. Com raras exceções, todo mundo passou pelo Clube Ginástico. De fato a morte do Professor Caetano influenciou demais (na queda do basquete em Juiz de Fora).

Voleibol

O basquete é um esporte que exige mais aprendizado, mais treinamento e o futebol de salão fez com que o basquete ficasse no segundo plano. Mas nós precisávamos de locais para jogos. O Sport fez seu ginásio e o Olímpico também, o que foi preponderante para o desenvolvimento do voleibol. O Sport nos disponibilizou inteiramente o ginásio. Fizemos os Jogos do Interior. Trouxemos os uruguaios e argentinos a Juiz de Fora. Poderíamos trazer porque já tinham condições. O voleibol começou a despontar. A Liga foi fundava em 1953 e um torneio foi feito pela Rádio Industrial. O torneio agradou tanto que a alternativa foi a fundação da Liga. Foram mais de 20 clubes, inclusive de Matias Barbosa. A final foi no Batalhão. Daí para frente o voleibol passou a desfrutar de muita simpatia (…) Em 61 fizemos a Taça Brasil Feminina de voleibol em Juiz de Fora. Em 1963, o Campeonato Mineiro e, em 1964, fizemos esse Campeonato Brasileiro Juvenil. Fizemos um jogo no ginásio do Sport entre União Soviética e Brasil, o Spartak da Tchecoslováquia jogou aqui. A Bélgica veio também. As seleções juvenis da Argentina jogaram em Juiz de Fora. Eram promoções que a gente coordenava pelas amizades e pelo conhecimento que nós tínhamos no Rio de Janeiro, com quem controlava o voleibol. Em 1964, na época do início do Campeonato Brasileiro, eu perguntei ao presidente Roberto Moreira Calçada o que eu deveria fazer na abertura. Ele me disse que no ano anterior, em Campinas, teve uma festa bonita com as mães dos atletas de Campinas fazendo salgadinhos, providenciando bebidas. “Vê se você faz isso em Juiz de Fora”, disse ele. Procurei o José Carlos (de Lery Guimarães), que fez o espetáculo Aquarela do Brasil. Esse espetáculo teve que ser repetido no sábado seguinte. Foi uma beleza. Uma empolgação aquela noite no Sport. No sábado cedo oferecemos um coquetel aos chefes das delegações e aos técnicos no Pálace Hotel. Cada chefe de delegação recebeu uma sacola com produtos de Juiz de Fora (…) Em 67 veio o Brasileiro Infantil e Juiz de Fora se tornou a capital do voleibol. No caso da Seleção Japonesa, que veio pela primeira vez ao Brasil, Juiz de fora foi a única cidade a recebê-la. Isso porque o doutor Calçada sabia do meu empenho, do meu entusiasmo, bastava um telefonema dele. E não foi só uma vez que a Seleção Japonesa veio aqui não. Tornou-se quase que obrigatória a vinda delas a Juiz de Fora porque era uma praça que estava totalmente tomada pelo voleibol.

Valeu a pena?

Em 1986, quando completei 50 de atividade na imprensa, uma pergunta me era feita constantemente: Mário, valeu a pena? Eu sempre respondi que sim, que se eu tivesse um dia que começar de novo, eu teria começado da mesma forma que estou, escrevendo em jornal, falando em rádio, mexendo no esporte, trabalhando e colaborando para que clube e entidades sempre possam fazer o melhor possível para Juiz de Fora. Então, é uma constante na minha vida dizer que se pudesse começar de novo, eu começaria da mesma forma que estou. Ao reverenciar a memória de todos aqueles jornalistas que se foram, aqueles jornalistas que deixaram marcadas de forma indelével sua passagem pela imprensa de Juiz de Fora, eu gostaria de ver a situação deles agora vendo a tecnologia em que se encontra a imprensa. Antigamente se fazia jornal com tipo, metade de um palito com uma letrinha minúscula. Depois veio a linotipo. Antes o noticiário era feito por telefone, hoje é telex e agora o fax. A impressão só podia imprimir duas páginas e depois imprimia as outras duas. Depois veio a rotativa a agora essas máquinas notáveis que imprime em cores dezenas e dezenas de páginas. Fazer imprensa naquele tempo era uma tarefa espinhosa.

Fonte: Divisão de Memória da Funalfa – Prefeitura de Juiz de Fora
Texto de abertura e Transcrição: Thiago Stephan
Edição: Thiago Stephan e Ivan Elias

Este post tem 4 comentários

  1. Renato Berg/JFora-Mg

    Parabéns Ivan Elias, pela brilhante matéria sobre o nosso Inesquecível MESTRE ” Mário Helênio “, que foi o pioneiro em divulgar o esporte nos meios de comunicação em nossa cidade e região., me recordo com saudades dos bilhetes que deixa na portaria da rádio com notícias para ele divulgar no seu programa ” No Giro da Bola”, pois ainda não existia a nossa disposição a internet.,
    Tive o prazer de trabalhar com ele no mesmo grupo SSC,(sistema, solar de comunicação).
    Sempre foi uma pessoa impar, simples, e exemplar profissional. aprendemos muito….
    obrigado ! por todo seu legado que ficou para nós…
    Sds
    Renato

  2. gedair Reis

    Parabéns meu amigo Ivan Elias. É muito maravilhoso ler, falar e ouvir deste homem que foi Mário Helênio, tive o prazer em trabalhar com ele no extinto Diários Associados. Com ele aprendi muito. abraços

  3. Eurico Moura

    O conheço, prezado Ivan Elias, muito pouco, mas creio, depois de hoje, com muito mais respeito pelo trabalho aqui exposto. Sei do seu amor pelo Tupi, que o difere da característica do juizforano.
    Por estar cerca de 46 anos distante da cidade, não pude acompanhar seu dia a dia mas, quero lhe afirmar, há MUITO TEMPO NÃO ENCONTRAVA NADA na cidade, que me desse a satisfação que estou tendo hoje.
    ENCONTRAR este seu link esportivo foi um presente.
    Após uma passada geral, muito interessante, tive um prazer ENORME de ouvir, às 16:35 hs, ao fim desta matéria, o som da voz do SAUDOSO, MARIO HELENIO. VOLTEI NO TEMPO! Muito interessante este seu trabalho.
    PENA, que SOMENTE HOJE, TENHA-O ENCONTRADO na WEB.
    Mas é o retrato da cidade, na minha visão HIPER CRÍTICA, que tenho da mesma.
    É meu ponto de vista pessoal, pelo que acompanhei nesses meus 64 anos.
    RETRATO desta crítica? O ostracismo de nosso esporte em geral. Falta de apoio e visão dos segmentos, provincianismo, identidade e creio, orgulho da mesma.
    Certamente dirão alguns, não é bem assim!
    Ele está sendo radical.
    A esses, encaminho uma solicitação:
    Se não eles, que encaminhem a algum segmento uma solicitação de apoio ao seu trabalho, na FORMA de PUBLICIDADE nos espaços que oferece. UMA VERGONHA!
    Me recordei do programa matinal do saudoso Mario Helenio e do vespertino. FALAVA DE TUDO, DAVA NOTÍCIA DE TUDO. A DENOMINAÇÃO DO MUNICIPAL, ao receber seu nome, MARIO HELENIO, é o MÍNIMO que a cidade esportiva poderia oferecer.
    Digo mais, ele não ficaria, não pelo seu nome, mas pela cidade, NADA SATISFEITO, CREIO ENVERGONHADO, se visse a TAL COBERTURA(?) lá existente.
    Meu caro Ivan! Há muito não lia nada que me remetesse a um período no qual tinhamos um pouco de orgulho desta cidade. Ela vem vivendo muita hipocrisia, descaso e incompetência de quem por ela, TEM OBRIGAÇÃO DE FAZER.
    Salve A CIDADE de Juiz de Fora!
    Salve seus FILHOS ILUSTRES e APAIXONADOS.

    SALVE esse seu ESPAÇO, que INSIRO a partir de HOJE em meus FAVORITOS, com MUITA SATISFAÇÃO por sua SENSIBILIDADE, FIBRA, ORGULHO e BRIO.

    INSISTO, o MÍNIMO que os VÁRIOS SEGMENTOS na CIDADE, PODEM FAZER POR ELA e PELO ESPORTE, É DAR A ESTE ESPAÇO, UM MÍNIMO DE RESPEITO E APOIO, INSERINDO SUAS MARCAS.

  4. Márcio Guerra

    Uma saudade enorme do nosso querido Mário Helênio. A homenagem e a entrevista nos ajudam a matar saudade e a preservar sua memória.

    Márcio

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