Luiz Maurício busca melhorar marca no Pan sub 23 na Colômbia

Luiz Maurício na disputa do Sul-americano sub-23

Após competições nacionais e internacional, o atleta juiz-forano Luiz Maurício Dias da Silva está na reta final de treinamentos para o compromisso mais importante do ano: o Pan-Americano sub 23.

Ele está classificado para a disputa do ouro no lançamento de dardo. A competição, promovida pela primeira vez, será entre 25 de novembro e 5 de dezembro em Cali, na Colômbia.

Em entrevista à webradio Nas Ondas do Toque, o atleta do lançamento de dardos falou sobre a temporada até agora. Em outubro, ele conquistou o Sul-Americano sub-23, a volta do calendário de competições após a pandemia, uma pista sobre o futuro e o orgulho dos atletas do Cria-UFJF que medalharam no Jogos Universitários Brasileiros (JUBs).

Foco no Sul-Americano

Luiz Maurício destacou que o fato de ser o primeiro Pan-americano sub-23 organizado pelo Comitê Olímpico Internacional dá a dimensão da relevância deste torneio.

“Venho trabalhando para o Pan, a mais importante do ano por ser a primeira vez que tem essa competição, uma competição grande e vamos ver o que dá. Ele seria em setembro e foi adiado para o final de novembro e início de dezembro”, contou.

O treinamento busca evoluir o que o lançador apresentou nas competições ao longo da temporada. E o objetivo segue o mesmo: estar entre os melhores. “O foco é trabalhar em cima dos erros, dos pequenos erros que tive no Sul-Americano. E tentar buscar agora a melhor marca agora ou uma medalha no Pan-Americano, vamos ver”.

Ouro em Guayaquil

Luiz Maurício conquistou o ouro no sul-americano sub-23

Luiz Maurício foi campeão sul-americano sub-23 no lançamento de dardo em Guayaquil, no Equador, em outubro. Ele conquistou um dos 25 ouros da seleção brasileira no torneio.

Nos três primeiros lançamentos ele marcou 65.65 m e duplo 69.11 m e foi para a fase final no segundo lugar, atrás do equatoriano Wiliam Hernan Torres Surriaga, que marcou 69.77 m.

Na fase final, o equatoriano não melhorou as marcas. Já Luiz Maurício conseguiu 70.73 m no segundo lançamento e não foi alcançado pelos outros seis concorrentes.

“Eu gostei do meu desempenho lá no Sul-Americano. Ele não foi um dos meus melhores, mas foi um desempenho bom, eu continuei lançando acima dos 70 m, que é o principal objetivo e ainda saí com a medalha. Foi competição boa”, avaliou.

O juiz-forano ficou com o ouro, a prata foi para o equatoriano e o paraguaio Antonio Gabriel Ortiz conquistou o bronze, com lançamento de 67.81 m, completando o pódio.

“É uma das maiores emoções que um atleta pode ter ir numa competição internacional, representando o seu país e subir ao pódio. É uma emoção que não tem preço que pague e é isso que incentiva cada vez mais”, comentou Luiz Maurício.

Luiz Maurício com os medalhistas no lançamento de dardo no Sul-americano sub-23

Ir além de 75.30 m

O ouro veio com uma marca abaixo do melhor que Luiz Maurício já conseguiu neste ano. No entanto, nenhum dos sete competidores alcançou ou superou o próprio recorde no Sul-Americano. Para o juiz-forano, a retomada do calendário de torneios pode ter influenciado neste resultado.

“Sim, teve um pouco do reflexo de voltar agora com a pandemia. Eu comecei a competir em março, no Sul-Americano adulto e estendeu o ano até dezembro. Acho que isso influencia um pouco na questão do cansaço. Foi um ano muito bom de treinamento, mas ficou muito longo. Treinar para as quatro competições acabou gerando um cansaço muito grande”, explicou.

No Troféu Brasil, em junho, Luiz Maurício obteve a melhor marca pessoal do ano: 75.30 m. Apesar de não tê-la superado, ele está tranquilo por acreditar na sequência do trabalho. “As médias deste ano foram boas, eu competi muito, só não consegui acertar um resultado acima da minha marca. O foco é esse na última competição do ano, o Pan-Americano”.

“Cria” da UFJF

Luiz Maurício iniciou no esporte no Centro de Iniciação ao Atletismo (Cria) e defende a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Em entrevista ao Toque de Bola, ele comentou que um dos objetivos era se transferir para um clube. Segundo ele, há possibilidade de isso se concretizar em 2022.

“Ainda continuo na UFJF, recebi algumas propostas agora no final do ano de algumas equipes. E estou escolhendo a melhor oportunidade, a melhor equipe. Ainda não tenho a resposta. Acho que, para o ano que vem, seria bacana. Vamos ver”, disse.

Além disso, ele acompanhou o desempenho dos amigos do Cria nos Jogos Universitários Brasileiros e destacou o foco dos integrantes do projeto. “Vi que o pessoal participou do JUBs, foi bem, ganharam medalhas, a Rafa, o Chiquinho, o João. É isso, sempre buscando cada vez mais superar as metas é alcançar os objetivos”, comentou.

Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Foto: Luiz Mauricio/Instagram; @wcarmo14/CBAt

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