O LFC levantou a taça na categoria Master da Copa Juiz de Fora de Futebol Amador. O time ainda levou os troféus de defesa menos vazada e o time mais disciplinado. Na grande final, disputada na manhã de domingo, 15, no campo do Polivalente do bairro Teixeiras, em Juiz de Fora, o LFC venceu o América do Progresso nos pênaltis, depois de empate em 0 a 0 no tempo regulamentar.
Adê alvinegro de novo
A estrela da partida foi Ademilson, ex-Tupi. O ídolo da torcida Carijó voltou a vestir a camisa número nove de uma equipe alvinegra, converteu a penalidade máxima que apontou o campeão e deixou o campo com mais uma medalha para a coleção.
“Vou sempre honrar a camisa”
“Não queria que tivesse sido nos pênaltis porque é muito sofrimento, mas deu tudo certo e nosso time está de parabéns. O pessoal já tinha me chamado para fazer parte do time, mas como eu tinha contrato profissional, não podia jogar. Assim que tive a oportunidade, vim. Não interessa se é amador ou profissional, vou sempre honrar a camisa que eu estiver vestindo”, comemorou Adê. Perguntado sobre a volta ao futebol profissional, pelo Tupynambás, Ademilson preferiu não entrar em detalhes, mas garantiu que “está 99,9% certo”.
Ídolo da torcida carijó, o atacante acabou acionando o clube na Justiça do Trabalho em fevereiro de 2015, quando ainda era jogador do clube de Santa Terezinha. Agora, já é considerado um dos principais nomes do Tupynambás para a disputa da Segundona Mineira. Em todos os contatos feitos pela imprensa, porém, como o deste domingo, ele preferiu não tratar o assunto como definido.
O artilheiro fez falta
Para o América, sobrou apenas o prêmio de artilheiro da competição. O jogador que mais fez gols no campeonato é da equipe do Progresso. Entretanto, Dalmo Almeida não jogou a final. O camisa 11 foi expulso no jogo anterior e precisou cumprir suspensão. Coube a ele sofrer ao lado dos torcedores. “Ficar de fora é muito difícil. Acho mais fácil entrar e fazer meus gols. Nunca tinha sido expulso e acabou acontecendo no momento mais importante do campeonato”, lamentou Dalmo.
Goleiro salvador
Depois de dois tempos sem gols, a decisão nos pênaltis terminou com o placar de 5 a 3 para o LFC. Nelson, que já vestiu a camisa do Sport Club Juiz de Fora na década de 80 e hoje é goleiro do LFC, defendeu cobrança de Célio. Ele explicou a estratégia usada para ser decisivo. “Mexi um pouco para esquerda para induzir o batedor a chutar no outro canto. Graças a Deus deu certo e consegui pegar a cobrança”, comemorou.
Juventus de São Pedro campeão
A única equipe que não precisou passar pelo sofrimento da disputa de pênaltis para soltar o grito de campeão foi o Juventus de São de Pedro. O time fez 2 a 0 no tradicional time da Rezato e levantou o caneco da categoria Veterano. Os gols foram marcados por Washington e Dudu.
Esposa vê gol “inédito”
Durante a comemoração do Juventus, familiares entraram em campo e fizeram a festa com o time. A imagem faz jus ao discurso dos jogares. Dudu, autor do último gol do jogo, diz que a presença da família traz mais pressão ao elenco. “Namoradas, mulheres, filhos, estão todos aqui. Somos uma família. O time é antigo e todo mundo vive essa emoção. Já ganhei vários títulos, mas hoje senti uma pressão a mais: minha esposa está aqui. Todo dia chego em casa e falo que fiz gol, mas ela nunca viu. É a primeira vez que ela me vê fazendo gol. Estou muito alegre”.
Outro jogador que contou com o apoio da família foi Nélio. Na torcida estavam seus dois filhos, além da esposa. “É importante a gente contar com o apoio dos familiares. Isso mostra como nosso time é. Somos uma família. É legal termos um clima saudável que nos permite trazer a família para próximo de nós.
Arsenal campeão
Na última decisão da manhã, mais sofrimento. O campeão só foi conhecido depois da disputa de pênaltis. Melhor para o Arsenal do Mundo Novo, que converteu quatro das cinco cobranças e venceu o Tô Maluco por 4 a 2. No tempo regulamentar, ninguém conseguiu balanças as redes.
“Emocionante demais”
Luis Fernando foi o responsável por fazer a cobrança decisiva pelo Arsenal e saiu de campo muito emocionado com o título. “Era o último pênalti e não podíamos perder. Lutamos para chegar até aqui e buscar o título. É emocionante demais. Somos um time de amigos e muito unido”, desabafou.
Time de guerreiros
Vice-campeão da categoria Adulto, o Tô Maluco demonstrou muita garra e raça na grande final. O time não teve nenhum jogador no banco de reservas, diferente do Arsenal, que tinha sete substitutos. O técnico Luis Carlos Fernandes destacou o empenho do time. “Foram guerreiros. Fizemos um bom primeiro tempo, com um bom esquema tático, mas não deu. Futebol é assim mesmo. Tivemos a ausência de oito jogadores hoje. Agora é bola pra frente”, disse o treinador.
Arbitragem
Os jogos tiveram a arbitragem dos profissionais da Liga de Futebol de Juiz de Fora. Rodrigo Aguiar, Alex Barbosa, José Vieira e José Maria Labate foram os responsáveis por comandar as partida.
Reportagem: Cérix Ramon, do Toque de Bola, com supervisão de Ivan Elias, Toque de Bola
Fotos: Toque de Bola
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