Leston Júnior: “A derrota tem que doer”

“Em algum momento, a derrota viria”. Esta frase foi repetida por jogadores e membros da comissão técnica do Tupi após o jogo contra o Londrina, em Juiz de Fora, no sábado, 18. Indo além, o técnico do Galo, Leston Júnior, projetou consequências do primeiro confronto na competição em que o Carijó não pontua, já pensando no compromisso de quarta-feira, às 19h30 no Estádio Municipal, pela terceira fase da Copa do Brasil, contra o Ceará:

“A derrota tem que doer. Nós que vivemos do futebol só somos bons quando ganhamos, porque a intolerância externa é muito grande. Você sai de mago e mestre para vagabundo e mercenário em 90 minutos. Mas a gente não se abate, não fraqueja. Uma coisa que não admito é meu time se enfraquecer, porque foi para o campo, deixou tudo o que tinha ali dentro, então volta para casa, sente até amanhã (domingo) e depois vamos pensar no Ceará e fazer uma mobilização para que o Ceará pague essa conta”, avaliou.

Leston elogiou a entrega dos atletas em campo e viu deficiências naturais pelo número de mudanças na equipe titular
Leston elogiou a entrega dos atletas em campo e viu deficiências naturais pelo número de mudanças na equipe titular

Quatro mudanças

Sem Rafael Jataí, Vinícius Kiss, Kaio Wilker e Daniel Morais, de fora por problemas clínicos, o Carijó foi a campo com três novidades entre os titulares além de Felipe Augusto, já conhecido pelo torcedor: Gabriel Davis, Júnior Lemos e Bruno Aquino. O alto número de trocas na equipe titular, segundo Leston, naturalmente influenciaria o desempenho da equipe:

“Todos fizeram seu máximo dentro do campo e procuraram ajudar a equipe. Obviamente que tem a questão do ritmo de jogo, uma série de coisas. Nós temos um elenco qualificado, mas quando tira um jogador e bota outro, é uma coisa, a estrutura está montada, mas quando tem que mexer em quatro peças, vai descaracterizar em algum momento. Pode ver que voltamos melhor no segundo tempo, conseguimos nos posicionar melhor. São jogadores da minha confiança e tentaram fazer o tempo todo o que foi pedido. Uma jogada ou outra não acontece, mas isso pertence ao jogo”, discursou.

“Intolerância cada vez maior”

Leston exaltou, repetidamente, a vontade da equipe em campo, não concordando com críticas baseadas nos últimos resultados: “O que nunca vai faltar nessa equipe é a entrega até o final buscando o resultado. Uma das coisas que vejo no futebol é a intolerância cada vez maior por parte de todos que cercam o futebol. As pessoas têm que entender que ganhar jogo, perder, errar pênalti, o goleiro falhar, o zagueiro escorregar, isso tudo pertence ao jogo. O que o torcedor e as pessoas que estão envolvidas no processo não podem aceitar é a falta de entrega, e isso não vai faltar nunca”.

Daniel Morais e Kaio Wilker

“Ninguém foi preservado. O Daniel Morais e o Kaio estão jogando em cima de dor desde o jogo contra o Caxias. O problema é que a dor vai aumentando na medida em que você vai jogando em cima dela. Ficou insuportável na quarta-feira (contra o Ceará). Nos últimos 15 minutos, se eu não tivesse perdido o Kiss e o Jataí, sairiam os dois (Daniel e Kaio), porque estavam sentindo dor, um no joelho e outro no púbis. Então não preservei, você tem que ter a responsabilidade da integridade física do atleta. Os jogadores que não jogaram, ficaram de fora por problemas clínicos”, explicou, projetando a presença deles na próxima quarta:

“Não sei se jogam. O Daniel e o Kaio ainda sentem dor e estão fazendo tratamento integral para se recuperar. Tomara que tenhamos ao menos um deles para ganharmos mais uma opção para o jogo. Sobre a partida, a única coisa que eu sei é que o Gabriel Davis não pode jogar e na semana vamos moldando a equipe”.

“Tomara que tenhamos 8 mil pessoas”

Ao convocar o torcedor, Leston lembrou a influência direta dos carijós nas arquibancadas do Estádio Municipal na partida de ida da segunda fase da Copa do Brasil, em que o Tupi venceu o Furacão por 1 a 0, e se mostrou otimista quanto à presença do público:

“A participação do torcedor é fundamental pela atmosfera. Quando você vai jogar lá fora, o cara faz uma falta e o torcedor vem junto, aí vem um cartão, uma situação que enfraquece o adversário. Tudo isso é importante na medida que o torcedor seja realmente esse 12° jogador, aquele cara que vai dar um estímulo a mais ao atleta. Quando está 2 ou 3 a 0, não faz muita diferença, mas quando o jogo está difícil e o torcedor vem junto, a coisa flui. Aquele 1 a 0 nosso contra o Atlético Paranaense é emblemático. O jogo estava agarrado, voltou o segundo tempo, o torcedor veio junto e quando viemos do vestiário já ficou nítida a atmosfera, parece que a bola vai tendo um ima para dentro do gol. Então já aproveito a oportunidade para convocar o torcedor, tem muita promoção acontecendo, e tomara que tenhamos 8 mil pessoas aqui que joguem com o time”.

Ingressos à venda

O torcedor já pode garantir sua presença na partida de volta da terceira fase da Copa do Brasil contra o Ceará na quarta-feira, 22, às 19h30, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. As entradas para o confronto já estão à venda na sede social do clube (Rua José Calil Ahouagi, 332, Centro) e também no calçadão da Rua Halfeld.

Diversas promoções foram desenvolvidas para o duelo contra o Ceará. O torcedor que guardou o ticket do bilhete do confronto contra o Juventude pode retirar seu ingresso para o jogo de quarta a partir desta segunda, no Calçadão da Rua Halfeld, a partir das 9h, e na sede social do clube, a partir das 14h. Na terça-feira, 21, os torcedores que quiserem trocar seu ingresso podem retirá-los em ambos os postos das 9h às 17h. Na quarta, dia do jogo, a troca será realizada das 9h às 15h. Após este horário os ingressos serão trocados no Estádio.

Para a compra convencional das entradas, o clube também preparou promoção nos valores: R$10 (inteira) e R$5 (meia-entrada).

 

Texto: Bruno Kaehler – Toque de Bola, com informações do Tupi

Fotos: Toque de Bola

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