Lá se vão 50 anos! Tupi entrega camisas e medalhas e emociona os “Fantasmas do Mineirão”. Veja fotos

Nos 104 anos do clube, completados no último dia 26, e 166 anos de Juiz de Fora, a diretoria do Tupi entregou medalhas personalizadas a ex-jogadores e seus familiares e representantes da equipe que ficou conhecida como o “Fantasma do Mineirão” na década de 60 – o time então treinado por Geraldo Magela derrotou consecutivamente, na oportunidade, os três times principais de Belo Horizonte – Atlético, Cruzeiro e América, o que valeu ao clube, inclusive, um convite para testar a seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1966. O jogo-treino, em Caxambu, terminou com o placar de 1 a 1.

A homenagem ocorreu minutos antes da partida entre Tupi e Joinville, pela quinta rodada da Série B do Campeonato Brasileiro, na noite de terça-feira, dia 31, próximo aos vestiários do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. Ao entregar medalhas personalizadas e camisas com os nomes de cada um, feitas especialmente para a ocasião, aos “Fantasmas”, a presidente do clube, Myrian Fortuna, definiu o sentimento do gesto: “Que vocês sejam eternizados”, anunciou.

“Sinto-me privilegiada. É importante essa homenagem em vida, para que eles se sintam valorizados. Para o Tupi é mais especial ainda, porque eles são a história do clube. Todos eles estão honrados com essa homenagem, mesmo sendo uma coisa bem simples”, reforçou a dirigente. “Nossa gestão está tentando trazer a memória do Tupi. Já tínhamos essa ideia desde quando (Geraldo) Magela (então presidente do Conselho Deliberativo) ainda era vivo. Estamos tentando resgatar a história. Como esse ano completam-se 50 anos do Fantasma do Mineirão, foi uma oportunidade de evidenciar isso”, completou.

 

Waldeth, aos 92 anos, o mais velho ex-jogador do Tupi em Juiz de Fora.
Waldeth, aos 92 anos, o mais velho ex-jogador do Tupi em Juiz de Fora

 

Toledo, o maior artilheiro da história do Tupi. Recentemente, ele teve a honra de conduzir a Tocha Olímpica durante o revezamento em Juiz de Fora.
Toledo, o maior artilheiro da história do Tupi. Recentemente, ele teve a honra de conduzir a Tocha Olímpica durante o revezamento em Juiz de Fora

 

 

Rosimar Magalhães, filha do saudoso Jorge "Onça".
Rosimar Magalhães, filha do saudoso Jorge “Onça”

 

Paulo Roberto, filho do grande Geraldo Magela (In Memoriam), técnico do "Fantasma do Mineirão".
Paulo Roberto, filho do grande Geraldo Magela (In Memoriam), técnico do “Fantasma do Mineirão”

 

 

Murilo, força e técnica na zaga do Tupi!
Murilo, força e técnica na zaga do Tupi

 

Mauro, meio-campista do Tupi no time histórico.
Mauro, meio-campista do Tupi no time histórico

 

Maria Helena, esposa do saudoso Walter Carvalho!
Maria Helena, esposa do saudoso Walter Carvalho

 

O ex-lateral Manoel e a presidente Myrian Fortuna.
O ex-lateral Manoel e a presidente Myrian Fortuna

 

Léo Lima não segurou a emoção. Ele representou seu pai, o saudoso Eurico
Léo Lima não segurou a emoção. Ele representou seu pai, o saudoso Eurico

 

 

Joel recebe sua medalha e uma camisa especial. Era um atacante de muita força!
Joel recebe sua medalha e uma camisa especial. Era um atacante de muita força

 

Ítalo recebe a camisa em homenagem a seu pai, Ítalo Paschoal Luiz (In Memoriam), preparador físico daquela equipe).
Ítalo recebe a camisa em homenagem a seu pai, Ítalo Paschoal Luiz (In Memoriam), preparador físico daquela equipe).

 

Flávia, filha do grande França (In Memoriam).
Flávia, filha do grande França (In Memoriam)

 

Dário Monteiro representando Vicente.
Dário Monteiro representando Vicente

 

Dário, zagueiro carijó titular do "Fantasma do Mineirão".
Dário, zagueiro carijó titular do “Fantasma do Mineirão”

 

Danilo Batista recebe da presidente Myrian Fortuna a camisa carijó. Ele era aspirante na época do "Fantasma do Mineirão" e enfrentou essa equipe em diversas oportunidades.
Danilo Batista recebe da presidente Myrian Fortuna a camisa carijó. Ele era aspirante na época do “Fantasma do Mineirão” e enfrentou essa equipe em diversas oportunidades

 

Colé, zagueiro daquele time.
Colé, zagueiro daquele time

 

Myrian Fortuna recebe abraço de Colé
Myrian Fortuna recebe abraço de Colé

 

Caju, representando o saudoso João Pires.
Caju, representando o saudoso João Pires

 

 Toledo: “Se você não tem passado, não tem presente”

Moacyr Toledo destacou: “Hoje estamos fazendo 50 anos do Fantasma do Mineirão. Acredito que é uma justa homenagem, não só a mim, como aos meus colegas também. É legal homenagear quem ainda está vivo e, claro, também quem já faleceu. Dizem que o Fantasma do Mineirão é coisa de museu, mas se você não tem passado, não tem presente. Jogamos nada menos do que contra o Cruzeiro, que naquela época tinha uma equipe cheia de craques. Depois o Atlético nos convidou e ganhamos deles também e depois a mesma coisa com o América. Depois disso tudo, teve um torneio com o Botafogo, Palmeiras e o Tupi, que, por incrível que parece, foi o campeão. Fomos convidados a jogar com a Seleção, que estava em Caxambu, e empatamos em 1 a 1. O Brasil ‘só’ tinha Pelé e Garrincha. Isso fez com que o país inteiro passasse a conhecer o Tupi. Aonde quer que você vá, alguém sabe do Tupi de Juiz de Fora.”

   Sobre a equipe atual do Tupi, que disputa pela primeira vez a Série B, o ídolo resaltou o público pequeno nos jogos: “Tenho acompanhado os jogos, os treinos e, sinceramente, o público é que não está ajudando. O Tupi precisa de mais ajuda. Jogar para mil e poucas pessoas é humanamente impossível. O problema maior é achar que não se pode galgar a Série A. O Tupi merece a primeira divisão. Acho que é uma divisão menos perigosa que a Série B. Na segunda temos times que já jogaram a Série A e querem voltar, times que frequentes nessa divisão. Sei que subir é muito difícil, mas o Tupi sempre sai das cinzas para grandes vitórias.”

 

      Caju: saudades de João Pires 

      Caju representou o saudoso camisa 7 e depois treinador e presidente do clube, João Pires: “Sinto muita saudade dele. Ele era meu companheiro de vida. É um orgulho muito grande. Meu pai fez uma concentração para os jogadores do Tupi em Santa Terezinha e um ginásio. Ele tinha muitos amigos naquela equipe: Murilo, Danilo, Manoel… Meu pai foi um mito. Foi o Fantasma do Mineirão.”

    Waldeth: “Ninguém imaginava”

   O ex-goleiro Waldeth estava emocionadoÉ muito gratificante. É difícil vermos homenagens assim, depois de tanto tempo. Normalmente ficamos sabendo das pessoas depois que elas morrem. É bom escutar falarem de nós enquanto estamos vivos. Nosso time era muito unido e tinha uma humildade grande. Até hoje nos encontramos nos campos de várzea. Ninguém da nossa equipe imaginava que faríamos isso tudo, depois de um tempo começamos a acostumar.”

 

Texto: Toque de Bola, com reportagem de Cérix Ramon

Fotos e legendas das fotos: Tupi

Edição: Toque de Bola

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