“Carrasco do Sul de Minas”. Assim pode ser lembrado, daqui a alguns anos, o meia Hiroshi no Tupi após marcar mais um gol decisivo pelo time juiz-forano sobre uma equipe da região do estado. A vítima da vez foi o Tricordiano, no sábado, 2, em Três Corações. Antes, a precisão e pontaria do chute de fora da área deram a vitória sobre o Boa Esporte, adversário que também atuava em casa – Varginha.
Como no domingo, 10, com cobertura do Toque de Bola, o adversário das 16h, em Juiz de Fora, será a Caldense, coincidentemente mais uma equipe da região sul do estado mineiro, o torcedor alvinegro vive a expectativa por um “terno” do meia – três gols sobre equipes da mesma região, na mesma competição.
Em entrevista ao Toque de Bola, o jogador garantiu que a finalização de longa distância é um ponto positivo seu, revela não haver disputa interna pela artilharia e enaltece a união do grupo alvinegro. Hiroshi, ou na verdade Josemar Guimarães da Silva, tem 30 anos, atuou pela Cabofriense (RJ) em 2015, e foi a segunda contração anunciada pelo Carijó, em novembro do ano passado, para esta temporada (o primeiro reforço divulgado foi o lateral-direito Douglas, ex-Tombense).
Natural do Rio de Janeiro, revela que começou na base do Flamengo (onde surgiu o apelido “irregular”), ficando na Gávea até a categoria juvenil. Seguiu para a equipe júnior do Friburguense, clube em que fez sua estreia como atleta profissional. Também defendeu Bangu, Madureira, Resende, Figueirense e Metropolitano (SC). O meia também tem passagens pelo futebol português (Torreense e Estoril) e árabe (All Fujairah).
Toque de Bola: Qual a origem do apelido?
O apelido surgiu por causa do Sandro Hiroshi. Era um jogador do São Paulo. Na época, estava repercutindo o “gato” (veja a explicação na nota da redação abaixo). Eu jogava na base do Flamengo. E por causa do olho puxado, começaram a falar que eu parecia com o Sandro Hiroshi, e o apelido acabou pegando.
Nota da redação: Pelo São Paulo, em 1999, quando vivia uma boa fase, Sandro Hiroshi ficou marcado pelo caso de adulteração de idade, conhecido no meio como “gato”. Já sem grande destaque, seguiu em frente com as camisas de Guarani, Flamengo e Figueirense, além de cinco temporadas no futebol coreano. De volta ao Brasil, ainda teve tempo de defender novamente o Rio Branco, por um curto período no início de 2013.
Toque de Bola: Você fez um gol emblemático contra o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara em 2009 quando atuava pelo Resende, de muito longe. Você treina isso? É um forte seu?
Hiroshi: É um ponto positivo meu. Treino muito e a finalização de fora da área conta muito em um jogo que está truncado. Tive a felicidade de fazer esses dois gols e ajudar o Tupi a sair com a vitória que é o mais importante.
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TB: O gramado pedia esse chute de fora da área?
Hiroshi: Eu tentei três vezes, e na última consegui acertar. Tem que continuar arriscando, mas o chute de fora da área é quando você não tem um companheiro livre melhor colocado para passar a bola. O campo lá é muito ruim e eu sabia que se acertasse um chute, ou quicando na frente do goleiro, ou no alto, como foi, iria acabar complicando a vida dele.
TB: Ocorre alguma disputa interna pela artilharia?
Hiroshi: Na verdade a gente não pensa muito nisso. Os gols vão saindo naturalmente, tanto com o pessoal lá da frente, quanto eu fazendo gols, quem sai ganhando com isso é o Tupi. Mas não temos essa disputa interna de quem vai fazer mais gols.
TB: Como está o ambiente do grupo?
Hiroshi: Esse grupo, mesmo com momento difíceis, ninguém nunca desrespeitou ninguém, e foi se formando uma família. A gente sabia que o momento era delicado, mas o trabalho que a gente vinha fazendo, uma hora as coisas iriam acontecer. A gente se cobrava bastante, sabíamos que seria um jogo decisivo e que a tabela nos favorecia caso saíssemos de lá com a vitória. Mas, dentro do nosso ambiente, nunca teve nenhum tipo de problema. Pelo contrário, um ajudando o outro e acho que isso fez a diferença.
TB: Em Três Corações o ambiente foi muito hostil. Como o grupo reagiu a isso?
Hiroshi: O Ricardo (treinador Ricardo Drubscky) falou com a gente durante a semana para no momento de pressão concentrar total no jogo, porque se fizéssemos isso as coisas iriam fluir.
TB: Essa última partida tem aquela situação de mostrar serviço para garantir uma vaga no grupo da Série B?
Hiroshi: Com certeza. Todo mundo que está no elenco quer participar da Série B. Então todo mundo se mantém empenhado. Depois fica por conta do professor e da diretoria para quem vai ficar e quem vai sair.
Cobertura do Toque
O Toque de Bola anuncia cobertura de Tupi x Caldense pelas redes sociais domingo, 10, a partir de 15h, com apoio de Plasc e Hiperroll Embalagens.
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Texto, foto e edição: Toque de Bola, com participação da assessoria do clube
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