Quinta-feira, 23, é dia (ou noite) do terceiro encontro consecutivo entre um dos favoritos ao título da Superliga, o Taubaté, e uma equipe que pode ser considerada uma grata surpresa da competição, o JF Vôlei, que classificou-se aos playoffs com quatro rodadas de antecedência, depois de firmar uma parceria com o Sada Cruzeiro, que emprestou atletas e treinador , e juntar a eles peças que já defenderam a equipe local em outras temporadas. Com um dado fundamental: é a primeira vez, na sexta participação consecutiva de Juiz de Fora na Superliga, que a cidade consegue alcançar a segunda etapa da competição.
O jogo, segundo das quartas-de-final, está marcado para 21h55, no ginásio Abaeté, com transmissão anunciada pela Rede TV e cobertura nas redes sociais do Toque de Bola. A série está 1 a 0 para os anfitriões da noite desta quinta e da próxima segunda-feira, 27. Se Taubaté vencer as duas consecutivas diante de sua torcida, encerra a série em 3 a 0 e tira de Juiz de Fora, portanto, a chance de seguir adiante e, claro, sediar a quarta partida – pelo regulamento, quem vencer três partidas das cinco programadas já estará classificado para as semifinais
Cobertura nas redes sociais
Com apoio do Plasc, o Toque de Bola faz ampla cobertura dos jogos do JF Vôlei na Superliga, com informações sobre a partida e os bastidores, vídeos e entrevistas com principais personagens.
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Renan x Wallace e os reencontros
O duelo do segundo contra o sétimo colocados na fase classificatória coloca frente a frente, além dos dois maiores pontuadores desta edição da Superliga, alguns amigos. Os opostos Renan e Wallace lideram as estatísticas, com 461 e 424 pontos, respectivamente, e um grupinho campeão mundial na primeira edição do campeonato na categoria sub-23 se reencontra nesta série.
Pelo lado do Funvic Taubaté, os ponteiros Lucarelli e Lucas Lóh e o central Otávio estavam na equipe dirigida pelo técnico Rubinho. Pelo JF Vôlei, o ponteiro Ricardo. A cada encontro, algumas lembranças que ficam restritas aos momentos de descontração, fora das quadras.
“Sempre muito bom jogar junto, ou até mesmo contra atletas da mesma geração, pois acaba se criando uma afinidade maio, pela convivência que se tem nas categorias de base. Ainda mais quando se ganha um campeonato tão importante como o Mundial Sub-23”, disse Otávio.
Entrou em quadra, o central da equipe paulista esquece as boas recordações por um momento e o foco fica apenas no jogo. “Temos que pensar em melhorar sempre, mas a essa altura do campeonato as equipes já estão em sua melhor forma. Então temos que entrar com gás total, e muito concentrados, para minimizar qualquer tipo de erro bobo. Tenho certeza que dessa forma temos totais condições de conseguirmos outra vitória”, afirmou Otávio.
Ricardo, por sua vez, também vê totais condições em uma vitória do JF Vôlei. “O nosso time é jovem e o espírito de alegria de estar vivendo um bom momento, apesar da derrota no primeiro jogo, prevalece. Estamos atravessando uma boa fase na competição, estamos motivados e temos tudo para surpreender o time de Taubaté na casa deles”, destacou o ponteiro do time de Juiz de Fora.
Em mais uma oportunidade de reencontrar antigos amigos, Ricardo afirma que é sempre motivo de alegria mesmo que seja jogar contra eles. “Jogamos na base e vivemos juntos esse momento marcante e especial, que foi o Mundial Sub-23. Eu joguei em Taubaté ano passado, ao lado do Otávio e do Lucarelli. Mudar de time faz parte do nosso esporte, mas o mais importante são as amizades. É sempre muito bom encontrar com o Otávio e com todos eles. São jogadores por quem torço muito e sempre”, concluiu Ricardo.
A primeira edição do Campeonato Mundial Sub-23 masculino foi disputada no Brasil, na cidade de Uberlândia), em outubro de 2013, e a seleção brasileira foi campeã ao vencer a Sérvia por 3 sets a 2, em uma disputa bastante acirrada.
Confira, abaixo, a coletiva do treinador Henrique Furtado – Treinador JF Vôlei, após o primeiro jogo da série, sábado, 18, no ginásio da Faefid:
Como você sentiu o grupo nessa partida em relação ao da fase classificatória?
“Senti o grupo focado, senti o grupo lutando, senti o grupo guerreiro, a mesma coisa que fizeram no campeonato inteiro. Senti que o grupo buscou demais a vitória, buscou demais ganhar cada ponto. Por um momento fizemos coisas muitos boas, por outro momento não conseguimos manter uma igualdade contra esses grandes adversários. Mas achei que o grupo teve uma postura muito aguerrida, não deixou de buscar em momento nenhum a vitória. Mesmo quando estava mais atrás do placar no terceiro set, seguiu lutando muito. Como é a cara desse time. Acho que é importante fazer o jogo ficar longo, trabalhar bem. E aprendendo, a cada ponto que passa jogar de igual para igual cada vez mais contra esses adversários nesse momento. Porque jogamos muitas vezes bem contra times grandes, mas nesse momento (playoff) é a primeira vez. Eu gostei muito da postura do time, da luta e da entrega. Acho que tem muito por onde seguir evoluindo.”
Durante todo o primeiro set a diferença de dois pontos foi a maior. No segundo e no terceiro, houve uma diferença maior no inicio. Qual o seu diagnóstico dessas diferenças nos inícios do segundo e terceiro set?
“É verdade, permitimos que o adversário abrisse durante alguns pontos. É um nível de dificuldade muito elevado. Se você por duas ou três bolas não faz a coisa exatamente certa, tem um contra-ataque muito poderoso. Tem gente que aproveita muito bem o contra-ataque. Como eles, que têm grandes atacantes em todos os setores e aproveitaram muito bem as chances que nós demos, eles aproveitaram muito bem. Acho importante durante muito tempo tentar não dar chance, e tentar não dar chance não é só matar a bola na primeira oportunidade. Temos que seguir aprendendo cada vez mais como matar a bola na hora certa e como não fazer para que ela fique para eles de uma forma fácil. Acho que duas ou três bolas que não aproveitamos eles conseguiram abrir bem o placar, pelo grande poder de ataque que eles possuem, e eles fizeram a diferença nisso.”
Quais foram as mudanças que você viu do jogo de sábado passado para este jogo? Vitória semana passada e agora derrota? O que trabalhar para o jogo de quinta- feira?
“Eu acho que algumas coisas fizemos muito bem, com exceção do primeiro set, que nós tivemos um número elevado de erros. O mesmo número de erros que eles tiveram. Oito erros de saque. Nos outros sets, trabalhamos muito bem o saque, muito bem o bloqueio e trabalhamos bem na recepção, apesar do saque muito agressivo do time deles (Taubaté). Acho que é necessário seguir evoluindo, no ataque principalmente. No ataque quando o passe estiver bom, e no ataque quando o passe não estiver muito bom. Porque é um poderio de saque muito grande. Então temos que evoluir principalmente no ataque para a próxima partida.”
Primeira partida do playoff
No sábado, 18, Juiz de Fora foi novamente palco do duelo do entre JF Vôlei e Funvic Taubaté, no ginásio da Faefid, na UFJF. Pela primeira rodada do playoff, das quartas–de – final. Fora de casa o Taubaté levou a melhor e saiu na frente nos playoffs, por 3 sets a 0.
O jogo
A partida foi completamente diferente da que encerrou a fase de classificação da Superliga. Apesar de os times estarem igualmente equilibrados em relação a pontos no primeiro set, JF deixou no segundo e terceiro parciais o atual campeão da Copa do Brasil abrir distância no placar. A partir dessa diferença começou a ficar complicada a reação do time mineiro. O time paulista fechou o primeiro set após 33 minutos – 27/29.
No segundo set a equipe paulista anotou cinco pontos de diferença, desestruturando a equipe da zona da mata. Até a torcida sentiu, fazendo crescer o pequeno grupo de torcedores do Taubaté no ginásio da UFJF. Ainda no segundo parcial, Bruno Amorim devolveu a animação ao público. Com sede de jogo o central fez três pontos seguidos e participou dos outros que fizeram com que a equipe juiz-forana encostasse em 17/18. O jogo começou a se equilibrar novamente como no primeiro set, mas o JF Vôlei não conseguiu fechar – 23/25.
No terceiro set, o time de casa saiu na frente, mas o Funvic Taubaté virou o jogo novamente – 7/15. O oposto Wallace acertou todas as bolas nesse set. JF chegou a diminuir a diferença, mas não sustentou, desta vez, a proximidade no placar, depois de errar dois saques seguidos – final 18/25 e 3 sets a 0, em partida com duração de 1h45 minutos e público de 600 pessoas, que lotaram o ginásio para apoiar a equipe de JF. O troféu Vivavôlei foi entregue ao oposto Wallace da equipe do Taubaté.
Equipes:
JF vôlei – Rodrigo Ribeiro, Ricardo JR, Felipi Rammé, Renan Buiatti , Bruno Amorim, Diego Almeida e Fábio Paes. Técnico: Henrique Furtado
FUNVIC TAUBATÉ: Raphael, Lucas Lóh, Lucarelli, Otávio, Éder, Wallace e Mário Jr. Técnico: Cézar Douglas
Veja comparativo dos dois últimos encontros
Pela última rodada da Superliga antes dos playoffs, no dia 11, JF Vôlei superou a equipe de Taubaté por 3 sets a 2, com parciais de 19/25, 26/24, 25/20, 22/25 e 15/8. O troféu viva vôlei foi entregue ao levantador Rodrigo Ribeiro.
O maior pontuador da Superliga 2016/2017 Renan Buiatti da equipe de Juiz de Fora anotou 23 pontos nessa partida. Com publico de 576 pessoas e um jogo de cinco sets emocionante e equilibrado com 2h30 minutos de duração. JF Vôlei conseguiu fechar a rodada da superliga do jeito que gosta.
Veja os pontos obtidos pelos atletas nos dois jogos recentes entre JF Vôlei, o primeiro com vitória juiz-forana por 3 sets a 2, no dia 11, encerrando o returno, e o segundo com triunfo do Taubaté, dia 18, na abertura do mata-mata- 3 sets a 0.
Veja pontuação resumida dos jogos entre as duas equipes nos dias 11/03 e 18/03 – a diferença em muitos casos também deve levar em conta que no primeiro encontro a partida só foi decidida após cinco sets contra três parciais do jogo das quartas
JF VÔLEI FUNVIC TAUBATÉ
Renan – 23/13 Wallace – 26/19
Bruno Amorim- 9/7 Lucas Lóh- 13/5
Ricardo Jr- 15/7 Lucarelli – 10/9
Diego Almeida- 9/7 Otávio – 14/18
Felipi Rammé – 7/6 Éder- 12/4
Rodrigo Ribeiro- 3/1 Raphael – 1/ 1
Você sabe como funcionam os playoffs?
Playoff é como se fosse uma pós- temporada. São as quartas e semifinais disputadas em melhor de cinco jogos. As oito melhores equipes da competição seguiram para as etapas decisivas: Sada Cruzeiro, Funvic Taubaté, Sesi – SP, Vôlei Brasil Kirin, Minas Tênis Clube, JF Vôlei e Montes Claros. A equipe com melhor campanha na primeira fase leva para os confrontos o direito de escolher a ordem de seus mandos de quadra. Se dos cincos jogos uma das equipes vencer três partidas, essa equipe se classifica para a próxima fase.
Confrontos dos playoffs:
Cruzeiro (1º) x Canoas (8º) – Taubaté (2º) x Juiz de Fora (7º) – Sesi (3º) x Minas (6º) – Vôlei Brasil Kirin (4º) x Montes Claros (5º)
Classificação final da primeira fase:
Texto: Toque de Bola, com informações do site da Confederação Brasileira de Voleibol
Fotos: JF Vôlei e Toque de Bola
Artes: Toque de Bola