JF Vôlei: Maurício Bara não crê que classificação antecipada atraia novas receitas

   Ainda no ginásio da Faefid, com o placar informando o resultado de 3 sets a 2 para o JF Vôlei diante do tradicional Minas Tênis Clube, o Diretor Técnico da equipe juiz-forana, Maurício Bara Filho, demonstrava uma alegria contida. Consciente que a primeira conquista de vaga aos playoffs em seis anos de participação da equipe local na competição (antes, o time era denominado Vôlei UFJF) é fruto de muito trabalho, não se entusiasma.

   Ao lembrar a trajetória da equipe, primeiro em competições regionais e estaduais até a ascensão inesperada a uma Superliga, ele não acredita que o passo inédito dentro de quadra vá se traduzir em novos parceiros que fortaleçam o projeto para a próxima temporada: “Não espero nada. Nada de novo vai acontecer”.

Entrevista com Maurício Bara Filho – Diretor Técnico JF Vôlei

Como descrever esse momento? Por tudo que você já viveu, por toda luta que teve nas questões de investimentos na equipe?

Toninho Buda, Maurício Bara Filho e Heglisson Toledo, dirigentes do JF Vôlei

     “Estou conseguindo viver esse momento com muita serenidade, muita alegria. Toda vez que você sobe mais um degrau é um motivo de muita alegria, muita satisfação. A gente vem buscando isso, tivemos perto dois anos, mas acho que tudo acontece no momento certo, com muita maturidade do projeto e das pessoas que trabalham. Volto a dizer o que falei há um tempo atrás. Ainda assim não fizemos vinte por cento do que podemos fazer pelo voleibol da cidade, pelo esporte da cidade.

     Muito feliz. Sabíamos que no inicio do ano nosso objetivo  era não cair o time, não é segredo nenhum. Mas as coisas foram acontecendo, jogadores abraçando a ideia, o Henrique (Furtado, treinador) trabalhando de maneira espetacular junto com a comissão técnica.  E aí a gente começa, ganha uma, ganha duas, ganha três, joga bem, e crava essa classificação em um bom momento.

      Eu estava conversando com o Henrique no vôo. Nós ganhamos, ganhamos, ganhamos e como é difícil classificar. Imagina se tivéssemos perdido de Canoas e viesse para cá em uma pressão enorme. Sabemos que a reta final é muito difícil para nós. 

  

Domingo foi de confraternização e comemoração para elenco e dirigentes do JF Vôlei

   Temos uma sobrevida natural, até o jogo de Bento Gonçalves e Montes Claros, depois imagina se SESI e Taubaté estiverem brigando por posições nas duas ultimas rodadas? É muito difícil. A história mostra que são poucas as surpresas. Então tem a hora certa, como a gente também perdeu a hora certa há dois, três anos atrás, que perdemos a classificação nos jogos mais fáceis dentro de casa. E deixamos para reagir no final. Tudo isso a gente já estava sabendo como acontecia e isso gera uma tensão natural, mas os meninos souberam lidar muito bem. Não é fácil, e agora vamos ladeira abaixo e deixar soltar o freio de mão e ver até aonde esse time vai, tirar todo e qualquer tipo de peso que a equipe tem nas costas e toca a frente.”

O que você dessa classificação aos playoffs já projetando para o ano que vem em questões financeiras, de apoio dos empresários da cidade e região?

     “Vou prometer uma coisa para vocês o que eu prometi para mim: quando acabar a temporada vocês sentam comigo e eu vou falar tudo o que eu quero e o que eu penso. Não vou falar hoje ainda, porque a temporada não acabou. Mas eu não espero nada,  só vou responder porque você me perguntou, mas não espero nada. Porque nada de diferente vai acontecer. Vamos ser sinceros, eu tenho gráficos. Já saímos de um time que jogava os Jogos de Minas, passamos para uma Liga Nacional, e nada mudou.  Da Liga Nacional fomos vice-campeões, subimos, e nada mudou. Subimos para brigar por uma vaga de playoff e nada mudou. E agora nada vai mudar. Nós temos que buscar coisas diferentes, porque não temos certeza de nada, a  única certeza que temos hoje é que classificamos. Então, o trabalho não para. O que  sei é  que vamos investir forte nas nossas categorias de base. Fora disso é esperar, já estamos conversando, não vou negar, para a próxima temporada com alguns possíveis parceiros para construir. Mas tudo que eu penso eu prometo falar com muito carinho, mas depois da temporada.” 

 

Texto: Toque de Bola

Fotos: Toque de Bola, Arquivo Toque de Bola e Divulgação

Edição: Toque de Bola

O Toque de Bola é administrado pela www.mistoquentecomunicacao.com.br

 

Este post tem um comentário

Deixe seu comentário