JF Vôlei: Bara conta como foi a saída, agradece e avalia sucessão de Marcão!

Maurício Bara é jogado para o alto no título da Superliga B

  A torcida do vôlei de Juiz de Fora foi pega de surpresa na última terça com o anuncio da saída do técnico Marcos Henrique, o Marcão, do JF Vôlei.

  Mas, a direção do time local já estava ciente das negociações para que o treinador assumisse uma equipe na Superliga Masculina de Vôlei 2021/2022. Inclusive, como conta o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, sabia que esse era o caminho natural de Marcão. O dirigente também deu forças para que o comandante da conquista da Superliga B 2021 do time juiz-forano alçasse voo mais alto. 

Na elite

  “Foi um processo muito ético. No qual o primeiro contato foi feito comigo, não com ele. Já o preparei, disse que viriam atrás dele. Autorizei as conversas, claro. Indicando que era o melhor caminho para ele neste momento. Seria o nosso caminho, mas infelizmente não foi por motivos já conhecidos”, explicou Bara, dizendo que a saída de Marcão se deu em questão de dias. 

  Perguntado como é o sentimento de ver o treinador sair, Bara demonstrou um misto de emoções, fazendo questão de destacar que a Superliga é o lugar de Marcão.”A palavra não é tristeza, mas é um pouco nessa linha. Porque foi, como poucos, quem nos entendeu, entendeu o JF Vôlei. Juntamente com alegria, porque é um profissional de qualidade muito grande, e isso vai sendo comprovado dia a dia. A gente fica muito feliz por ele, é um cara que estuda muito, conhece muito vôlei. Merece uma chance na elite nacional.”

A sucessão

Marcão (preto) com garotos no Centro de Ensino do JF Vôlei

  O dirigente destaca que ainda não há nenhum novo treinador às portas do JF Vôlei. Segundo o diretor, a régua para a sucessão do campeão da Superliga B 2021 é alta e não só pelo sucesso do time adulto, mas pelo legado de Marcão na base.

  “Não parei muito para pensar. Mas o grau de exigência ficou grande. Principalmente porque ele precisa abraçar todo o projeto. Não basta vir aqui e ser o treinador de uma equipe adulta, se preocupando com ela somente. O Marcão conseguiu conceber e bolar um esquema no qual ele foi o treinador das categorias de base também. Quem vier terá que ter esse perfil. Mas vamos analisar o mercado, as opções. Ainda não começamos a trabalhar nisso efetivamente”, conta Bara. 

Gratidão e DNA

 Grato pela contribuição do técnico que se vai, Bara destaca dois momentos da passagem dele por Juiz de Fora. “Agradecer tudo aquilo que o Marcão foi e fez pelo projeto. Pegar um resultado maior, o título da Superliga B. E também um fora das lentes. Quando reiniciamos nossas categorias de base, em 2019, tínhamos somente um atleta. Ele entrega quase 40 atletas sob nossa responsabilidade. Vários garotos vindos dos núcleos de iniciação. Isso é tão ou mais importante que um título.”

  O diretor também lembra que virou marca registrada do JF Vôlei revelar atletas e pessoal para o vôlei nacional. “É um DNA nosso. Oportunizar jovens atletas e jovens profissionais. Não significa que seja só esse perfil. Mas isso corrobora o sucesso. Não tivemos um resultados coletivo, que seria jogar a Superliga A, mas tivemos individuais. Colocamos todos os jogadores, até mesmo os garotos da base, emprestados, para jogar. Isso mostra o celeiro, que as pessoas estão nos enxergando desta forma. Ficamos muito satisfeitos. O JF Vôlei vai ter 25% dos técnicos da Superliga nesta edição. O Marcão, o Henrique (Montes Claros) e o Guilherme (Guarulhos) que passaram por aqui.”

Texto: Toque de Bola

Fotos: Douglas Magno/Divulgação JF Vôlei

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