Após a derrota por 1 a 0 para o Caxias no domingo, 23, no Rio Grande do Sul, e a longa viagem de volta a Juiz de Fora, o elenco carijó se reapresentou em Santa Terezinha nesta terça-feira. Os jogadores que atuaram durante toda a partida fizeram apenas um regenerativo ao correr em volta do gramado. Atletas que entraram no decorrer do jogo ou não foram escalados participaram de atividade em meio campo. A boa notícia ficou por conta do retorno aos treinos com bola dos meias Hugo e Michel Cury, afastados há semanas devido a lesões musculares.
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“O recondicionamento deles terminou hoje, com trabalho físico na areia. Ontem [segunda-feira] fizeram academia e mais trabalho físico no campo. Trabalharam no final de semana em tempo integral. Agora eles já estão à disposição do treinador. Claro que ainda precisa aprimorar, principalmente, a questão de ritmo de jogo, mas eles se dedicaram muito a este recondicionamento desde a semana passada. Então, serão duas semanas de trabalho intenso para serem opções para o treinador”, explica o preparador físico do Tupi, Luiz Augusto Alvim.
Por outro lado, o zagueiro Silvio, o lateral-esquerdo Jean e o volante George não participaram da atividade. O último é o que mais preocupa. “Em exame de imagem, foi diagnosticada uma lesão no Silvio, mas clinicamente o organismo dele se encontra bem. É apenas um incômodo, apesar do diagnóstico apontar uma lesão grave. Ele está disposto e suportando os 90 minutos. O Jean tem um incômodo no adutor e o George está com o tornozelo bastante inchado e vai tratar ao longo da semana e sua escalação vai depender da evolução do tratamento”, relata Alvim.
Visivelmente abatido no retorno às atividades, o técnico Antônio Carlos Roy disse que pretende levantar o astral e a auto-estima do grupo para que o Tupi consiga chegar forte ao decisivo jogo contra o Vila Nova (GO), sábado, às 16h, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. “Se não tivermos o resultado esperado, acho que as coisas ficam ainda mais difíceis. Faltam cinco jogos e temos que pensar em um por vez. Precisamos do resultado positivo contra o Vila até para ir a Santo André com a moral elevada, já que será um confronto direto [contra o rebaixamento] também”, observa Roy.
O treinador destaca ainda que, nos três jogos sob o seu comando, o Tupi não mereceu a derrota em nenhum deles. E, apesar de ter perdido para o Caxias, a atuação carijó, de certa forma, o tranqüiliza. “Jogamos dentro do campo do adversário, as oportunidades criadas, acho que tudo isso me deixa confiante de que, se a equipe mantiver esse volume de jogo, dentro de casa a gente consegue o resultado positivo”, expõe.
Em relação às chances desperdiçadas diante do Caxias, o treinador disse que são frutos de duas situações: “Primeiro, eu acho que é preciso um pouco mais de tranquilidade, de frieza, para matar o jogo. A gente não pode jogar a culpa só na sorte. Qualidade nós temos. Tem que ter sorte e precisa ser frio. Sempre falo para eles que, se tivermos uma única oportunidade, temos que botar para dentro. E nós estamos tendo cinco, seis claras. É continuar trabalhando, levantando a moral dos jogadores. Não sou eu que vou tirar o Tupi desta situação. Só eles dentro de campo podem resolver”, explica.
Sobre Hugo e Michel Cury, o comandante alvinegro disse que essa foi a primeira vez desde a sua chegada que os dois trabalharam com bola. Revelou que pretende poder contar com os atletas nem que seja para 30 minutos de jogo.
Texto: Thiago Stephan