Juiz de Fora (MG), 18 de fevereiro de 2012
Nada de desfile ou trio elétrico. O carnaval será de treinamento pesado para os triatletas Hugo Amaral e Lucas Leite. Ambos se preparam para disputar o Ironman, que será realizado em 27 de maio, em Florianópolis (SC). Na prova, considerada uma das mais duras do triathlon, eles vão nadar 3,8 km, pedalar 180 km e por fim, correr 42 km. Diante do desafio, não há outra saída a não ser treinar, treinar e treinar.
Com isso, em pleno sábado de carnaval, a dupla vai correr 30 km por trilhas de Juiz de Fora e nadar 5 mil metros. No domingo, eles pedalam cerca de 90 km até a porta do Parque Estadual de Ibitipoca, onde descem da bike, colocam tênis e correm 20 km pelas trilhas do parque. Na segunda-feira, nova pedalada, mas em bicicleta speed, até Manoel Duarte, próximo à Valença (RJ). Vão ser 180 km de pedaladas. A programação da terça-feira de carnaval ainda não está fechada, mas Amaral e Leite devem realizar treino de natação e corrida. “Nosso carnaval vai ser de bastante treino e também de descanso. Temos que evitar sair à noite para aguentar o treinamento do dia seguinte”, explicou Hugo Amaral.
A dedicação dos dois tem uma motivação bem clara: superar o desempenho obtido no Ironman do ano passado. “É a principal prova do ano para nós. O Lucas está indo para a quinta participação e vai ser o meu segundo Iron Man. Meu objetivo é baixar o tempo do ano passado e ficar bem classificado na minha faixa etária e quem sabe garantir a classificação para a etapa final do Ironman, que ocorre no Havaí. Para isso, preciso ficar entre os três primeiros em minha faixa etária”, relatou Amaral, que compete com atletas de 25 a 29 anos.
“Vai ser dos bons [o carnaval]. Vamos aproveitar que não trabalhamos e abdicar da folia, de viagens, para intensificar os treinos e simular, em condições bem reais, a situação que teremos pela frente no Ironman”, comentou Lucas Leite, para depois relatar como será a preparação após o carnaval. “Não vamos ter muita moleza, não. Esticar os treinamentos pesados até meados de abril. Depois, a gente realiza um descanso ativo, com a diminuição de carga, e fazemos os últimos ajustes”.
Texto: Thiago Stephan