A maioria dos atletas ficaria preocupado se dissessem que sua carreira está indo ladeira abaixo cada vez mais rápido. Mas esse não é o caso do juiz-forano Gabriel Giovannini, de 26 anos.
Um dos destaques do cenário nacional do mountain bike downhill, no qual os atletas tentam cumprir o mais rápido possível trechos em descidas técnicas e íngremes, Giovannini agora mira ampliar os horizontes. Campeão de duas das maiores provas da temporada 2019 em sua modalidade, foi agraciado com o Mérito Esportivo Panathlon 2019.
Gabriel falou com exclusividade ao Toque de Bola. No papo, o atleta revela que, agora, projeta participação em competições de nível mundial, como as etapas europeias da Copa do Mundo de Downhill.
Tradição de família
Filho do multicampeão de downhill Miguel Giovannini, Gabriel termina 2019 em fase de treinos intensa. A meta é tentar o tri da Copa América de Downhill 4x, promovida pela Rede Globo, e realizar participações em provas an Europa.
“O ano que vem já está batendo na porta, já no começo, em janeiro, temos a Copa América. Estou com expectativa de ir para a Copa do Mundo, etapas em Portugal, França. Acredito que vai ser uma temporada bem produtiva, e os treinos já estão a mil”, diz o atual campeão da competição continental realizada em São Roque, interior de São Paulo.
JF no coração
Além de ter conquistado o título da Copa América de Downhill 4x, Giovannini – que ficou famoso no Brasil inteiro ao se tornar o Rei das Escadarias de Santos, em 2018 – foi campeão nacional da modalidade pela primeira vez. “Esta temporada foi muito boa para mim. Consegui meu primeiro título de campeão nacional. É a conquista mais importante e difícil da temporada. Estou muito feliz”, descreve o biker.
Seguindo a tradição de vitórias do pai no mountain bike, Gabriel, que atualmente mora e Indaiatuba, interior de São Paulo, carrega a cidade natal no peito em cada prova. “Juiz de Fora foi onde aprendi a andar de bicicleta. Onde me criei, toda minha técnica foi aqui adquirida. Temos pistas muito boas. Como a do Tostão ali no Cristo. É uma das mais desafiadoras que já andei, muito inclinada. A cidade é muito propícia para isso, tem muitos morros. Sempre que estou por aqui, estou andando, aprimorando. Levo sempre no coração e na alma também. Não dá pra esquecer!”
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: George Paraná/Mundo Bici; Facebook Gabriel Giovannini; e divulgação Copa América