Em entrevista ao Toque de Bola o técnico Gerson Evaristo e Zé Luis, recém-chegado para o cargo de auxiliar técnico, falaram da proximidade do hexagonal decisivo da Segundona Mineira, das características da equipe com base em atletas jovens, sub-23, e também da capacidade de Juiz de Fora comportar duas equipes no futebol profissional, questão que parece dividir opiniões na cidade.
“Juiz de Fora não comporta duas não. Comporta três”, afirma Gérson. Seu recém-chegado auxiliar técnico, Zé Luís, concorda: “Tem cidades bem menores que têm duas equipes e dá para levar numa boa.
A entrevista foi concedida no dia 7, quando Baeta e Sport enfrentaram-se em amistoso vencido pelo Leão do Poço Rico (3 a 0). Antes, portanto,da partida que confirmou a vaga no hexagonal final do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão, goleada de 6 a 0 sobre o Ponte Nova, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.
Gérson Evaristo
O que muda no hexagonal
“É outro campeonato. As equipes se fortalecem. Só de ser hexagonal final já indica que vai ser uma fase completamente diferente e muito mais difícil, porque trata-se das seis melhores equipes da primeira fase. De quatorze equipes sairão as seis melhores. Temos que ter bastante cuidado. É uma competição complicada e a gente tem que ter muito foco, muita atenção, para que a gente não possa ser surpreendido”.
Sobre mesclar a base sub-23 com jogadores mais experientes
“É onde a gente tem que ter a consciência e a tranquilidade de montar o grupo. Esses cinco atletas acima da idade são os atletas que vão dar a sustentação aos atletas novos. Fica um campeonato muito competitivo, muito igual. A gente procura que esses cinco atletas acima da idade possam entrar em condições e dar o equilíbrio para essa garotada que a gente sabe que é correria. Às vezes deixa a desejar um pouco a parte técnica por serem jovens, gostarem muito de só atacar, ter a dificuldade do momento de segurar. Por isso a importância desses cinco atletas. Está dentro do planejado. A gente está trabalhando de acordo com aquilo que a gente estava propondo, que é o primeiro objetivo nosso, a classificação para o hexagonal. E o hexagonal é outra competição.
Juiz de Fora comporta duas equipes no futebol profissional?
Sem sombra de dúvida. Acho que o potencial que tem, o porte da cidade de Juiz de Fora não comporta duas não. Comporta três. A gente torce para que, futuramente, tenha o Tupynambás, assim como o Tupi, e até o próprio Sport, que já foi uma força aqui dentro da cidade. Quase 500 mil habitantes. Acho que comporta, todos os três têm torcida. A cidade passa a ser mais conhecida se você tem equipes dentro da competição nacional, do estadual. Pelo pouco tempo que estou em Juiz de Fora, a receptividade do torcedor, tenho certeza que cabem todas as equipes sim, com tranquilidade.
Chegada do Zé Luis
Toda ajuda é importante. Conheço há pouco tempo, já o vi jogar, faz tempo. Tínhamos um convívio trabalhando lá no Tupynambás com as escolinhas. Então vem agregar. Tenho certeza que quem vai ganhar com isso somos nós da comissão técnica do Tupynambás, o clube e a torcida.
Zé Luis
Chegada ao Baeta
Primeiramente agradecer essa oportunidade de estar trabalhando com o Gerson, com o Vinicius (Cutini, preparador físico), com os atletas. Poder, de uma outra visão, estar passando para o Gerson, para a comissão, para os atletas, alguma coisa que a gente vê de fora de campo, dos adversários. Poder passar essas informações, para que isso possa ser útil na busca de conseguir nossos resultados.
O auxiliar técnico também comentou sobre a capacidade da cidade sustentar duas equipes de futebol profissional
Uma cidade do porte de Juiz de Fora comporta duas equipes. Tem torcedores tanto Tupynambás quanto do Tupi. Isso pode ser bem dividido. Quem ganha com isso é o torcedor, é a cidade. Tem cidades bem menores do que Juiz de Fora que têm duas equipes e dá para levar numa boa.
Tupynambás se reforça para hexagonal
Na última terça, 13, o Baeta anunciou a contratação do jogador Igor Soares, que vem por empréstimo do América-MG. O atleta de 21 anos é natural de Ibirité-MG e fez toda a sua categoria de base no América Mineiro, conquistando alguns títulos. Definido como polivalente, Igor pode atuar como lateral-esquerdo, meio-campo e até atacante.
Nova parceria
Além disso, foi oficializada na quarta, 14, a parceria do Tupynambás com a Rede Bretas de Supermercados. O acordo entre as partes vai até dezembro deste ano. Além do patrocínio, a parceria também pretende realizar ações sociais. A logomarca será estampada na omoplata (ombros) da camisa.
Reta final da Segundona
A última rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro da Segunda Divisão será neste final de semana. Cinco dos participantes do hexagonal já estão definidos. O Baeta se garantiu na rodada anterior e apenas cumpre tabela. No Grupo A, Coimbra e Valeriodoce se classificaram. No Grupo B, Patrocinense e Santarritense garantiram as vagas.
A briga pela última vaga no hexagonal ocorre no Grupo C. O Baeta já se garantiu como primeiro colocado. Betinense e Ponte Nova disputam a última vaga. O Betinense se classifica com uma vitória. Se empatar, o Ponte Nova não pode vencer por cinco ou mais gols de diferença. Caso perca, precisa que o Ponte Nova não vença.
Para o Ponte Nova, só a vitória interessa. Mas ela precisa vir acompanhada de uma derrota do Betinense. Caso a equipe de Betim empate, o Ponte Nova tem que vencer por pelo menos cinco gols de diferença.
Confira as partidas da última rodada da fase de classificação da Segundona Mineira:
17/9 Valeriodoce x Arsenal – 15h30 em Itabira
18/9 Venda Nova x Ponte Nova – 10h em Sete Lagoas
18/9 Siderúrgica x União Luziense – 10h30 em Itabira
18/9 Betinense x Tupynambás – 13h em Sete Lagoas
Texto: Toque de Bola, com informações complementares da assessoria do Tupynambás e da Federação Mineira
Foto: Toque de Bola
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Reconheço e parabenizo ao Tupinambas pelo trabalho desenvolvido e desejo sucesso, principalmente, ao Zé Luiz, com quem tive o prazer de te-lo com treinador na Equipe Sub 17 do Uberabinha no Campeonato Mineiro em 2014. Agora ao fato da cidade comportar 3 equipes, tenho muitas duvidas a respeito. Os fatos: Temos o Tupi entre os 40 melhores times do Brasil e uma cidade com 600 mil habitantes. Não se consegue colocar nem 1% da população nas arquibancadas. No jogo contra o Londrina, 0,125% da população compareceu ao estádio. Parece que teve um jogo do Baeta onde foi arrecadado cerca de R$600,00. Acho que a cidade não abraça tanto o futebol quanto outras cidades da zona da mata. Temos jogado em cidades como Rochedo de Minas, Tocantins onde os estádios ficam lotados. Outro fator negativo, é a falta de apoio do poder publico e de patrocinadores, pois o futebol é caro. Estes “torneios” que tem em JF como os da LFJF e a Copa Prefeitura Bahamas, na minha opinião, estão acabando com o futebol de JF, pois joga-se em “campos” reduzidos com tempo reduzido. Ai, quando tem um Regional com campos padronizados e tempo regulamentar de 45 min, os “atletas” não aguentam correr.