Gedair Reis recebe diploma de maratonista

Da busca pela melhor qualidade de vida, nascia um maratonista
Juiz de Fora (MG), 17 de janeiro de 2011

De uma consulta médica, em 1999, ao diploma de maratonista, conferido pela revista “Contra Relógio”, qual o caminho que percorreu Gedair Soares dos Reis? Gedair, servidor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), recebeu da revista “Contra Relógio”, publicação especializada em corridas de rua e maratona, o diploma de maratonista referente às provas oficiais de 2010 de âmbito nacional na categoria de 55-59 anos. Gedair ficou classificado em 23º lugar entre os melhores do Brasil, na sua categoria, com o tempo de 3h15 minutos conquistado na Maratona do Rio de Janeiro. O ranking é elaborado anualmente pela revista.

“Divido minha conquista com o meu treinador Marcos Vinicius da Silva, mestrando da UFJF na Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid), e também aos apoios que consegui.” No próximo dia 20, participa da Corrida de São Sebastião, no Rio de Janeiro, que tem percurso de dez quilômetros.

Carreira começa no consultório

Foi no final da década de 90 que, numa consulta com o médico Leônidas Alvarenga, Gedair buscava mais que perder peso: “Precisava ganhar qualidade de vida”, define. Da orientação de praticar caminhadas e mudar os hábitos alimentares, mudou mesmo foi sua vida. Da caminhada para uns trotes, sem compromisso, daí para um convite, feito pelo também atleta Alonso, para participar das provas do Ranking Prefeitura Bahamas de Corridas de Rua. “A primeira que disputei foi a Corrida da Saúde (hoje Corrida do Panathlon), em 2004. Quando terminou, fui até o Alonso e disse: muito obrigado, mas eu nunca mais vou correr na minha vida”. É que Gedair disparou no início da prova e terminou muito cansado.

“Só depois fui entender como se devia correr uma prova de rua”, conta. Das provas locais de curta distância, o atleta passou, com o tempo, a correr provas de 10km, sentiu-se bem, evoluiu para as meias-maratonas – disputou 13, no total . Em 2008, participou de sua primeira maratona, em Curitiba, e aderiu, de vez, à prova de longa distância. Hoje com 55 anos, Gedair já virou o ano na Corrida Internacional de São Silvestre. Além das provas, este ano ele pretende consolidar o projeto de ser guia dos atletas da Associação dos Cegos. “O atletismo já me deu muita coisa, muito mais que eu esperava, a saúde, um mundo de amigos, conhecer tantas cidades, e agora que posso ajudar os deficientes visuais, quero me dedicar mais a isso, é o prazer de poder ver um companheiro correndo”.

Os companheiros

Gedair cita grandes maratonistas de Juiz de Fora, como: Antônio Carlos da Silva, 27º na categoria 60-64 anos com o tempo de 3h34min na Maratona de Curitiba; Antônio Walter Senra Júnior, o Toninho Buda, 11º na 60-64 anos, 3h20min na Maratona do Rio de Janeiro; Ary Augusto Barbosa, 150º nos 50-54 anos 3h40min também na Maratona do Rio; Jorge Emídio de Oliveira, 6º nos 60-64anos, 3h11min na Maratona de Curitiba; Rogério de Souza Ferreira – 360º na faixa dos 45 a 49 anos – tempo 3h47m10 Maratona do Rio; e Geraldo Romão Batista – 153º na 55-59 anos – tempo 3h54m09 na Maratona do Rio.

Entre as mulheres: Andriléia Carmo Souza, quarta colocada na categoria 40-44 anos com 3h17min em Curitiba, Angela Caixeiro, décima colocada na categoria 55-59 anos, com 3h59min na Maratona do Rio de Janeiro, Ivani Gomes dos Santos, 8ª na categoria 45-49, com 3h33min na Maratona do Rio (Ivani é de Três Rios mas disputa o Ranking de JF).

Gedair ainda encontra tempo para trabalhos voluntários com o Grupo Arte, já publicou um livro de Poesias “Juntando os Cacos” – e está trabalhando para o segundo.

Texto: Ivan Elias, com informações da Diretoria de Comunicação da UFJF

Foto: Arquivo pessoal

Este post tem um comentário

  1. Marize Freesz

    Novamente parabéns e que você continue firma nos seus propósitos. Sucesso!!!

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