Galo Carijó paga para jogar em casa mais uma vez

Juiz de Fora (MG), 25 de fevereiro de 2011

Três jogos em casa. Três partidas deficitárias. Essa tem sido a rotina do Alvinegro no Campeonato Mineiro de 2011. Nesta semana, a Federação Mineira de Futebol (FMF) publicou em seu site o borderô da partida entre Tupi e América, de Teófilo Otoni, realizada no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio no último sábado, 19. Na oportunidade, 1.452 torcedores pagaram para ver o Tupi jogar, o que gerou receita de R$ 7.886. Os custos que o Alvinegro teve que arcar junto a FMF somaram R$ 12.924,72, o que obrigou o clube a desembolsar R$ 5.038,72 após a partida. Somando os três jogos em casa, o Tupi teve prejuízo de R$ 13.615,94 somente com a FMF. Há ainda despesas com os quadros móveis do Estádio Municipal e da Liga de Futebol de Juiz de Fora, que juntos chegam a R$ 1.500 por jogo.

Entenda como é feita a conta

Na partida contra o América, foram vendidos 154 ingressos de arquibancada a R$ 12, totalizando R$ 1.848. O número de torcedores que pagaram meia entrada (R$ 6) foi de 948, que somados contribuíram com R$ 5.688. Houve ainda a venda de 350 ingressos a R$ 1 – bilhetes enviados pela Federação Mineira de Futebol para serem repassados a empresas patrocinadoras -, totalizando R$ 350. Somando as receitas, chega-se à renda de R$ 7.886.

As despesas que o clube tem que arcar quando disputa a 1ª Divisão do Campeonato Mineiro são divididas em três partes. Na primeira, chamada de B1, o Tupi pagou R$ 2 mil de remuneração para o quadro móvel da FMF e mais R$ 400 que correspondem à taxa de 20% sobre a remuneração do quadro móvel para o pagamento do INSS, totalizando R$ 2.400.

Na B2, consta o pagamento de 8,5% da renda do jogo à FMF, o que corresponde a R$ 670,31. À Liga de Futebol de Juiz de Fora foi pago 1,5% da arrecadação – R$ 118,29, e ainda 232,32 do Seguro Torcedor. As três taxas da B2 totalizam R$ 1.020,92.

Na B3, a despesa é maior. Foram recolhidos 5% sobre a receita bruta: R$ 394,30. As despesas para a confecção dos talões de ingressos (70) somaram R$ 332,50. Com a taxa de participação do Campeonato Mineiro, que inclui as despesas com os profissionais da arbitragem e a taxa para a realização dos exames antidoping, o Tupi desembolsou R$ 7.677 e, com diárias e transporte das autoridades, mais R$ 1.100. Ao todo, a B3 atingiu a cifra de R$ 9.503,80.

O somatório das três parcelas totalizou R$ 12.924,72, valor R$ 5.038,72 maior que a renda obtida com a venda de ingressos para o jogo.

Texto: Thiago Stephan

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