Com a proposta de formular a criação de uma Associação Nacional de Arbitragem do Futsal no Brasil, 197 árbitros de 16 associações estaduais de arbitragem se reuniram no 15° Congresso Nacional de Arbitragem do Futsal, em Brusque, no interior do estado de Santa Catarina. O evento foi realizado entre os dias 7 e 9 de fevereiro, e deliberou uma comissão que pensará um estatuto pertinente para formalizar a Associação. O anteprojeto deve ser apresentado até março deste ano, quando ocorrerá uma edição nordestina do Congresso de Arbitragem, em Aracaju, capital de Sergipe.
De acordo com o presidente da Liga Juizforana de Futsal, Adilson Mattos, a ideia é dar mais respaldo para os profissionais de arbitragem do futsal no país, visando também o ganho do lado pessoal do árbitro associado a nível nacional. “Estamos formando uma associação para atuar como parceira da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS), para mover e unir o futsal, promovendo o esporte e, talvez, o transformando em um esporte olímpico, que é um grande sonho nosso”, afirmou Mattos.
Adilson Mattos participou do congresso este ano também como palestrante, e chamou a atenção para a planificação do trabalho do árbitro e dos pontos de interpretação da regra. “Trabalhamos muito a questão da padronização da aplicação da regra nos jogos. Temos que garantir que o que é marcado em quadra no Rio Grande do Sul também será marcado no Acre”, explicou.
Além disso, também foi destacada a importância de uma postura exemplar da arbitragem, dentro e fora de quadra. Aspectos como pontualidade, higiene, material de trabalho e conhecimento da regra foram frisados. Para o organizador do evento e presidente da Associação Desportiva Vale do Itajaí, Arlindo Viera, a apresentação foi um sucesso. “Tivemos uma excelente apresentação a todos os participantes, resumindo alguns itens em que falhamos, mostrando situações em que árbitros, se não forem firmes, terão dificuldades de comandar uma partida de futsal”, comentou Vieira.
Outro ponto abordado foi o trabalho de equipe da arbitragem. “Sempre estamos reunidos em 4 ou até mesmo 5 companheiros, e é necessário haver uma perfeita sintonia” reforçou Adilson Mattos. “Devemos ser respeitados não apenas pelo apito, mas também pelo que somos. Saber reconhecer os erros e aceitar que o escudo não apita o jogo também é essencial para um bom trabalho conjunto”, completou o experiente árbitro de Juiz de Fora.
Nesta edição do Congresso não foi promovida nenhuma mudança significativa na regra do jogo praticado aqui no Brasil, o que, ainda de acordo com Adilson Mattos, “ajuda no bom entendimento e na clareza da aplicação durante uma partida, em qualquer local do país.” A próxima edição do Congresso Nacional de Arbitragem do Futsal está prevista para acontecer no início do próximo ano, em Gramado, no interior do Rio Grande do Sul. Até lá, questões como maior união entre as associações estaduais e a própria formulação da associação nacional estarão em pauta.
Texto: Gustavo Fonseca
Fotos: Divulgação