Amistosos, competições, treinos, desafios. Todos os planos para os integrantes das diversas categorias do Futsal do Sport Club Juiz de Fora foram suspensos em 2020.
Não tinha como colocar nenhuma meta em prática devido à pandemia causada pelo novo coronavírus.
Dias melhores
Foi um ano para aprender com os treinos virtuais e adaptados ao protocolo, quando puderam ser presenciais. E aguardando por dias melhores.
“A gente tem planejamento sim, mas inicialmente não pode falar muito. Porque tudo vai depender da pandemia, da questão da melhora da situação da covid-19, se realmente tiver a vacina e todo mundo conseguir vacinar”, explicou o coordenador do futsal, Henrique Biaggi.
Novas formas de treinar
De acordo com Biaggi, em 2020, a previsão era participar do Campeonato Mineiro nas categorias sub-11, sub-13 e sub-15. Todas as fotos deste texto foram tiradas por Mariana Mendonça, mãe de um dos atletas, durante uma rodada de amistosos disputados contra o Athletic Club, em São João del Rei, antes de tudo ser paralisado.
E sem as competições e com os treinos no clube suspensos na maior parte do ano, o on-line se tornou a alternativa.
On-line
“A gente manteve aulas virtuais, cada treinador trabalhava com a sua categoria algum aspecto da teoria do futsal. A gente apresentou muitos trabalhos e o futsal mais a fundo para os meninos. A gente fez um cronograma bem legal. Foi bastante interessante para gente também”, conta Biaggi.
O coordenador disse que o período também foi usado para ensinar aos garotos como manter a forma. “Todos os profissionais que ministravam os treinos faziam alguma atividade física com os garotos, com bola ou sem bola, cada um na sua casa. Essa foi a forma de manter o vínculo com os nossos alunos.”
Com cuidados e menos alunos
Segundo Biaggi, cada categoria, do sub-7 ao sub-15, possuía entre 20 a 30 atletas. Com a retomada dos treinos presenciais, voltaram às quadras entre 30% a 40% do total de alunos.
E a dinâmica foi determinada pelos protocolos do clube e da Prefeitura de Juiz de Fora, com o distanciamento social e outras medidas preventivas.
“Inicialmente treinando de máscara e sem confrontos entre os nossos atletas. A gente focou muito na parte técnica e na parte física do atleta. Diminuiu o número de alunos por turma, de oito a dez atletas no máximo”, conta o coordenador.
Lições para 2021
Mesmo sem detalhar as metas para este ano, Henrique Biaggi deixou claro quais são os objetivos. “Fazer com que o futsal volte a ter evidência no clube. Fazer com que a categoria de base jogue o máximo possível e que os nossos atletas vivenciem as competições.”
Para isso, ele espera ver mais iniciativas como a realizada pelas equipes e pela organização da Liga Nacional de Futsal em 2020.
“Todo mundo se uniu para que a competição acontecesse. Acabou que foi um sucesso mesmo não tendo público no ginásio. Com a regionalização, equipes mais próximas jogando na primeira fase, facilitou bastante tanto no custo quanto na logística durante a pandemia. Todo mundo fazia os testes de covid-19 e o atleta que estivesse contaminado ficava de quarentena”, explica Henrique.
Henrique Biaggi considera que foi o grande exemplo a ser colocado em prática no próximo ano. “Isso deixou de lição para a gente que, quanto mais organizado você for e trabalhar junto com outras pessoas, com outras equipes, com certeza, a possibilidade de sucesso de todo mundo é muito grande”, resume.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: Mariana Mendonça/arquivo pessoal
Montagem: Toque de Bola, com fotos de Mariana Mendonça