Juiz de Fora (MG), 13 de agosto de 2011
O Tupi venceu o Anapolina por 3 a 1, de virada, na tarde deste sábado, 13, e voltou à liderança da Chave A5 da Série D do Campeonato Brasileiro. Os gols foram marcados no segundo tempo. Sandro, cobrando pênalti sofrido por Jadilson, abriu o placar para os visitantes. Ademilson, em gol polêmico, Dennis e Luciano Ratinho garantiram a vitória. O adversário terminou com nove jogadores – um foi expulso em função do lance do gol de empate, em que o bandeira assinalou impedimento no início da jogada mas o árbitro assumiu a responsabilidade e deixou o jogo seguir. Outra expulsão ocorreu minutos depois do empate, por jogada violenta.
Sem Henrique, por opção técnica, o treinador optou por colocar Assis no meio-campo, deixando o ataque com Ademilson e Cassiano. Depois de um início ruim, com marcação por pressão do Anapolina, que conseguia faltas seguidas na intermediária, o time juiz-forano subiu de produção quando passou a usar mais as triangulações pelos lados do campo. O veterano lateral-esquerdo Jadilson, com passagens por Fluminense, Cruzeiro e São Paulo, é o jogador mais conhecido do adversário.
A principal chance de gol do Tupi surgiu aos 21, quando Cassiano foi lançado, invadiu a área pela direita e só não marcou porque o goleiro Edinho abafou o lance, saindo bem do gol. Uma cabeçada de Sílvio, aos 28, para fora, foi outra boa chance. Na vontade de Ademilson, que cobrou rapidamente um lateral pela esquerda, o Tupi voltou a pressionar aos 38 e 39 minutos, com Wesley Ladeira testando para fora um cruzamento na medida de Michel, pela esquerda.
Até o apito final do “aparecido” árbitro, que a cada marcação parece estar num palco, o Tupi buscou as triangulações, mas não levou mais perigo na etapa inicial.
Segundo tempo “cheio”
Com Henrique no lugar de Augusto, o treinador do Tupi procurava equilibrar mais a equipe na volta para o segundo tempo, mas o próprio Drubscky admitiu que nos 15 minutos iniciais da etapa final o time ficou perdido, “sem lucidez”. O Anapolina, como fizera no início do primeiro tempo, passou a atacar, só que desta vez chegando bem perto de abrir o placar. Numa jogada pela esquerda, a bola foi lançada na pequena área e o lateral-direito Alex, inteiramente livre de marcação, “conseguiu” perder o gol, chutando por cima, diante de Rodrigo.
Veio o pênalti sobre Jadilson, que estava ainda construindo a jogada. “Cabuloso, esquisito”, definiria Drubscky mais tarde o lance do pênalti. Ocorre que pelo menos o árbitro manteve um critério, ou seja, desde o início da partida ele marcava faltas a todo instante, para os dois lados. Desta forma, na linha do “tudo é falta”, ele viu pênalti. O meia Sandro cobrou bem, e venceu Rodrigo, que acertou o canto, mas não a bola.
Com o estádio em silêncio, o time juiz-forano encontrou forças para reagir. O lance mais polêmico da partida resultou no gol de empate. No primeiro momento da jogada, o auxiliar levantou a bandeira, e o árbitro, batendo no peito, mandou seguir, sinalizando que a bola chegou ao ataque do Tupi tocada por um adversário, o que eliminava o impedimento. Na sequência, outro cruzamento na área e Ademilson, com muito oportunismo, colocou para dentro.
Inconformados com a validação do gol, os jogadores cercaram o árbitro. Na reclamação, Jacó foi expulso. Um integrante da Comissão Técnica invadiu o campo e tocou no árbitro. O policiamento também entrou em campo para retirar o agressor, sem usar de violência. Com os nervos já em frangalhos, não tardou, no reinício da partida, para o Anapolina receber novo cartão vermelho. O lateral-direito Alex, o mesmo que perdeu o gol imperdível, cometeu falta por trás e também foi expulso. O Tupi, então, tinha 20 minutos para aproveitar a vantagem de atuar em 11 contra nove.
O segundo gol veio de um cruzamento da direita. Dennis testou no canto direito do goleiro e marcou 2 a 1. Já nos acréscimos, aos 46, Ademilson serviu Luciano Ratinho, que mostrou muita personalidade para dominar, girar, olhar o posicionamento do goleiro e bater no canto oposto: um gol de inteligência, para “matar” o jogo. Tupi 3 a 1. E quase houve tempo para um golaço do zagueiro Sílvio, que, aproveitando-se dos espaços deixados, arrancou, tabelou com Ademilson, e sõ não concluiu porque o camisa 12 Edinho evitou com coragem, saindo em seus pés.
Destaque no segundo tempo para o papel decisivo de Ademilson na construção da vitória, marcando um gol, dando um passe para o outro e sabendo conduzir o time nos momentos mais complicados. Outro registro foi a coragem do Anapolina. Mesmo ciente do risco, de estar em desvantagem de dois jogadores, não se limitou a defender e chegou a criar momentos de perigo, inclusive com uma falta bem próxima a área, com nove jogadores.
Tupi 3 x 1 Anapolina
13/08 – Mário Helênio – 16h
A: Eduardo Cordeiro Guimarães/RJ
A1: Jair Albano Félix/MG
A2: Ricardo Vieira Rodrigues/MG
4ª:Marcus Vinícius de Sá dos Santos/MG
Gols:
Tupi:9-Ademilson, aos 24’2T; 18-Dennis, aos 35’2T e 10-Luciano Ratinho, aos 45’2T
Anapolina:8-Sandro,aos 21’2T
Público:1.409
Renda:R$10.085,00
Tupi:1-Rodrigo,2-Felipe Cordeiro,3-Wesley Ladeira,4-Silvio,5-Assis,6-Michel(16-Victor Hugo,aos 23’2T),7-Cassiano(18-Dennis,aos 15’2T),8-Denilson,9-Ademilson,10-Luciano Ratinho,11-Augusto(17-Henrique,no intervalo).Técnico:Ricardo Drubscky
Anapolina:12-Edinho,2-Alex,3-Plínio(13-Duda,aos 22’1T),4-André Luiz,5-Henrique,6-Jadilson,7-Jacó,8-Sandro(15-Emerson Cris, aos 28’2T),9-Rivaldo,10-Keninha(17-Dil,aos 15’2T),11-Valdanes.Técnico:
Cartões Amarelos:
Tupi:8-Denilson e 4-Silvio
Anapolina:6-Jadilson, 4-André Luiz, 7-Jacó, 8-Sandro e 13-Duda
Cartões Vermelhos:
Anapolina:7-Jacó,aos 25’2T e 2-Alex,aos 29’2T
Foto: Assessoria de Imprensa do Tupi
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