Fieis carijós voltam às arquibancadas do Módulo 2

Estádio Mário Helênio recebeu 403 carijós

  Nada de arquibancadas cheias, como na final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2011 ou em semifinais da elite do Campeonato Mineiro, o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio viu novamente o Tupi disputar em seu gramado uma partida de Módulo 2 do Estadual.

  No domingo, dia 16, pela manhã, nem de longe a arena local viveu seus dias de lotação máxima. Ao contrário, no confronto entre Tupi e Guarani de Divinópolis, que terminou com vitória dos visitantes por 2 a 1, apenas 403 fieis carijós testemunharam a volta, após 13 anos, do time juiz-forano à Segundona do Mineiro. Gente que tem suas críticas à situação do clube, que está machucada pelo sucessivos rebaixamentos, mas que não deixa de apoiar e seguir gritando a plenos pulmões seu amor pelo Carijó.

Carlos Guedes quer o time de volta ao Módulo 1

Esperança que nunca acaba     

  Foram oito meses sem que o torcedor pudesse expressar sua paixão pelo Alvinegro nas arquibancadas da arena juiz-forana. E teve quem estava no último jogo de 2019, o melancólico Tupi 2 x 0 Hercílio Luz, na sexta e última rodada da fase de classificação da Série D do Campeonato Brasileiro, no dia 9 de junho de 2019, mas nem por isso abandonou o clube de Juiz de Fora, como Carlos Guedes. 

  “Acompanho o Tupi há muito tempo. Estava no último jogo da Série D aqui. É bom voltar ao Estádio, ruim de ser para disputar o Módulo 2 novamente, depois de 13 anos. Mas a expectativa é que o time volte ao Módulo 1. A esperança nunca acaba. Vamos continuar apoiando para ver se voltamos para a Primeira Divisão”, deseja Guedes.

Daniel dos Santos considera dever estar no estádio

Dever de torcedor

  Conselheiro e integrante da diretoria da Torcida Organizada Tribo Carijó, Daniel dos Santos encara como obrigação apoiar o time. O torcedor supera até mesmo as divergências com relação a quem administra o clube.

  “Independente de diretoria, de não a apoiarmos com a Tribo, como torcedores, temos o dever de vir ao estádio e apoiar. Esse apoio é ao Tupi, à instituição antiga. Estamos em uma situação difícil, mas é nossa paixão, não tem jeito”, define o torcedor.

Léo Lima pede mais carinho com o Carijó

Mais carinho, por favor

  Ex-atleta, filho do ex-jogador histórico do Carijó Eurico, torcedor e pesquisador da história carijó, Léo Lima também reencontrou o Módulo 2 na arquibancada. O historiador considera que esperança e paixão superam a fase ruim e levam os apaixonados ao Estádio Mário Helênio.

  “O torcedor gosta disso. Não importa que seja um momento conturbado. Quer estar aqui na arquibancada, torcendo. Sabemos as dificuldades que o clube passou, questões administrativas, dentro e fora do campo. Mas queremos o bem do clube. Infelizmente foram quedas sucessivas, sabemos que o Módulo 2 é muito difícil. Há esperança de dias melhores, e que a diretoria tenha atitudes diferentes das anteriores. Tenha mais carinho com o clube. Isso que o torcedor quer. Que nós não precisemos ficar tanto tempo sem vir ao Estádio.”

Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos

Fotos: Toque de Bola

Deixe seu comentário