A UFJF voltou a ser derrotada por Volta Redonda, nesta quarta-feira, 28, por 3 sets a 2 (parciais: 21×15, 17×21, 15×21, 21×12 e 6×15), no quarto amistoso entre as equipes na pré-temporada.
A Federal venceu o primeiro set, com propriedade, mas voltou a oscilar no meio da partida, perdendo o segundo e terceiro sets. Com mudanças para o quarto parcial, o time do treinador Chiquita esmagou Volta Redonda, aplicando 21 x 12, mas não conseguiu manter o bom nível no tie-break, saindo com a derrota por 15 a 6, quarto tropeço na pré-temporada.
Na sexta-feira, 30, a UFJF entra em quadra para a estreia no Campeonato Mineiro, às 19h, contra o Sada/Cruzeiro, na Arena UFJF. Os ingressos começaram a ser vendidos nesta quarta, no Salsa Parrilla (campus UFJF), AFA Bikes e VictorySuites, pelo preço de R$20 (inteira) e R$10 (meia).
A estreia na Superliga Masculina de Vôlei 2013/14 ainda não está confirmada. A CBV informou, no site da entidade, que deve solucionar o problema de Montes Claros até esta quinta-feira, 29. Extra-oficialmente, a informação é de início da Superliga no próximo dia 7, sendo a estreia juiz-forana prevista para uma semana depois, dia 14.
Novo jogo, velhos erros
Buscando uma reação após derrota na noite de terça-feira, 27, contra o mesmo adversário, Chiquita entrou com a mesma formação, considerada titular, com Gelinski, Reffatti, Japa, Jardel, Lucão, De Paula e Thales. No primeiro set, com uma postura diferente da apresentada no último amistoso, a UFJF se impôs e, após boa passagem de Reffatti pelo saque e com o oposto De Paula bem na virada de bola, fechou com tranquilidade.
O segundo e terceiro sets foram bem parecidos. Volta Redonda forçou no saque e aproveitou os erros da UFJF no fundamento para abrir vantagem e virar a partida.
No quarto set, Chiquita entrou com o levantador Rívoli na vaga de Gelinski e o central Victor Hugo na vaga de Lucão. A mudança fez efeito e a equipe dominou o set. O ponteiro Reffatti, em bela sequência de saques, anotou três aces, complicou a recepção do adversário e ajudou a equipe a fechar em 21 x 12.
Parecia que time de Juiz de Fora chegaria para o set decisivo com moral. Porém, desligada e com muitos erros e dificuldade na virada de bola, a Federal foi presa fácil para Volta Redonda, que nos ataques de Bruno e Leozão, fechou o set em 15 x 6, e o jogo em 3 sets a 2.
“Tem que trabalhar”
Após a segunda derrota seguida, o treinador Chiquita reuniu com os jogadores por cerca de uma hora a portas fechadas, para organizar a casa e reerguer os jogadores para a estreia do Mineiro, na sexta.
Com discurso parecido com o do jogo da véspera, Chiquita atribui mais um jogo ruim ao fato do time oscilar nos fundamentos básicos do jogo: saque, passe e ataque.
“Foram dois jogos completamente atípicos, diferentes de como nós vínhamos jogando. Muita dificuldade de rodar a bola, saques sem efeito, dois jogos com o mesmo padrão. A equipe está muito oscilante nos fundamentos”, disse o treinador.
Segundo Chiquita, o jogo contra o Sada/Cruzeiro será muito complicado, por ter pouco tempo para acertar os erros dos dois últimos amistosos. Porém, para a Superliga, que ainda não tem data confirmada pela CBV, mas pode começar no dia 14 de setembro, a equipe terá mais de uma semana para trabalhar.
“Para o jogo contra o SADA/Cruzeiro vai ser complicado consertar todos os erros, mas para a Superliga temos aproximadamente dez dias para trabalhar melhor a equipe. O que eu posso dizer é que os jogadores estão ainda muito presos, com muito compromisso, muita responsabilidade. Fizemos essa reunião ao fim da partida para falar justamente sobre isso. Responsabilidade todo mundo tem, a gente nasce com ela. Cabe aos jogadores assumirem isso”, frisou.
Se na noite de terça, Chiquita não gostou da recepção, nesta quarta o treinador não gostou da distribuição dos levantadores, que, segundo ele, estão com dificuldades para ler o jogo da equipe adversária.
“A gente tem um tripé de ataque, composto por Reffatti, De Paula e Jardel, que são os jogadores que recebem a maioria das bolas para definir. Os levantadores ainda estão um pouco dispersos quanto a isso, que já foi passado nos treinamentos para eles. Na situação de dificuldade, são esses caras que vão resolver o problema para nós. Não vou cobrar do Japa, por exemplo, ter que resolver as bolas complicadas. Ele está especificamente na função de passe. Vai, claro, receber as bolas e ter que virar, mas não pode ser o jogador mais exigido, como aconteceu no jogo de terça, quando o Japa recebeu mais bolas do que o próprio Reffatti. Os levantadores ainda precisam acertar isso, entender como isso funciona, para conseguirmos rodar mais o jogo”, analisou Chiquita.
Para a estreia, Chiquita não faz mistério e diz que a equipe base já está formada na cabeça do treinador, com apenas algumas posições em aberto.
“O time que está entrando como titular está praticamente definido, com algumas posições ainda em definição, como por exemplo nos centrais, se vou usar o Lucão ou o Victor Hugo de início. Nesse momento, o Gelinski está acima do Rívoli e do Xuxa, mas estou vendo que o Rívoli, a cada jogo que passa, tem entrado bem, está crescendo. Agora, começar o jogo é uma coisa, não quer dizer que vai continuar. Nas necessidades temos mexido em várias peças, inclusive na situação de base de passe”, revelou o treinador.
Texto: Igor Rodrigues
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