Fajardo: “Copa Toque de Bola é espetacular”. Treinador estuda propostas, se não for o “salvador anti-queda”

  Encantado com a Copa Toque de Bola. Assim encontramos o ex-goleiro, professor e treinador de futebol, Welington Fajardo, que já dirigiu o Tupi, em meio à terceira rodada da 5ª Copa Toque de Bola de Futsal, disputada no último dia 7, nas quadras da centenária Academia de Comércio. Orgulhoso com o trabalho do filho, Lucas, que dirige as equipes da Escola de Futebol que leva o seu nome, Welington enalteceu os objetivos principais da competição, como a socialização e ensinar a garotada a “saber ganhar e saber perder”.

   Sobre uma eventual proposta para voltar a comandar uma equipe de futebol profissional, foi claro: “Os times acabam ficando em uma situação difícil, em último lugar, caindo de divisão, e recebemos ligações para tentar salvá-los. Respeito, mas é um trabalho muito cansativo, que não dá perspectiva. Prefiro ir quando é para iniciar um trabalho novo que você pode escolher as peças para fazer algo diferente”.

  Como suas passagens vitoriosas deixaram boas lembranças entre os torcedores do Tupi, o profissional é constantemente citado quando o clube está para iniciar uma temporada. Agora mesmo, com a provável saída de Aílton Ferraz, o nome de Welington surgiu em grupos de discussão de torcedores do Carijó.

   Avaliação sobre a Copa Toque de Bola de Futsal, já na quinta edição consecutiva: 

Lucas e Welington Fajardo: orgulho estampado no rosto nos bastidores da 5ª Copa Toque de Bola de Futsal

  “Espetacular, é uma oportunidade para as pessoas que trabalham com crianças aqui em Juiz de Fora ter essa interação com os pais, é muito importante também para as crianças. Eu entendo que nessa idade o mais importante é a socialização da criança. Sabendo ganhar, sabendo perder, isso reflete diretamente na personalidade da criança. Eles aprendem na infância e na adolescência. O que os professores estão fazendo é um trabalho muito importante, principalmente na questão social. Quero parabenizar a equipe do Toque de Bola. O evento está na quinta edição e a cada ano que passa nós vemos mais pais participando e, principalmente, os professores se unindo para que a cada dia mais o evento se transforme num marco nessa categoria em Juiz de Fora. Vocês estão de parabéns.”

  Você comentou que está vendo em quadra meninos que há três anos estavam começando a jogar o futsal. Podem se tornar talentos?

  “É verdade. Nós acompanhamos as crianças, e meu filho Lucas Fajardo é coordenador da escola (Escola de Futebol Welington Fajardo). Em 2009 nós iniciamos esse projeto para ele, que se formou em Educação Física. E nós percebemos que aqueles meninos que há três anos atrás disputavam pela primeira vez já estão na categoria acima e esses lugares já foram preenchidos por outras crianças, que estão tendo a oportunidade nesse momento de participar, de estar no ginásio dessa escola sentindo a emoção com os pais. O mais importante é a questão social e fazer amizades. Eu acho que cada dia mais a solução para a sociedade é esse tipo de participação, para nós termos uma Juiz de Fora cada vez melhor e sem violência. Todo mundo está saindo feliz daqui, independente do resultado.”

   O treinador Welington Fajardo tem algum clube encaminhado para a próxima temporada ou segue se aperfeiçoando nos estudos?

   “O último trabalho foi com o Villa Nova em 2015, e nós conseguimos classificar o Vila para a Série D. Nesses dois anos, agora, o time já não classificou mais. Não faltaram propostas de 2015 para cá, mas eu percebo que nessa categoria que nós atuamos, infelizmente vemos uma dificuldade de dar sequência no trabalho. É muito complicado. Nós estamos sempre conseguindo bons trabalhos, modéstia à parte, com muita luta e muita dificuldade, mas sempre classificando o time. Nunca caímos com nenhum time, pelo contrário, já tiramos vários times do rebaixamento, mas às vezes falta alguma coisa que não dá sequência. E para nós, que estamos no futebol, eu estou no futebol há muitos anos, o mais importante para o treinador, na minha opinião, é poder dar sequência no trabalho, não simplesmente acontecer o que aconteceu nesses últimos dois anos. “Os times acabam ficando em uma situação difícil, em último lugar, caindo de divisão, e recebemos ligações para tentar salvá-los. Respeito, mas é um trabalho muito cansativo, que não dá perspectiva. Prefiro ir quando é para iniciar um trabalho novo que você pode escolher as peças para fazer algo diferente”. Acho que assim você pode obter um resultado diferente, em outra situação, eu estou preferindo não ir mais, e na hora que aparecer um trabalho que tenha esse perfil, logicamente nós estaremos abertos para conversar.”

   A 5ª Copa Toque de Bola de Futsal reúne centenas de pequenos grandes jogadores desde a categoria sub-7 até a sub-15 e  prossegue até o início de dezembro, com apoio institucional do Panathlon Club Juiz de Fora e a parceria de Perfect Paper, UpTake, Funorte e Wilson da Rezato.

 

Texto e fotos: Toque de Bola

 

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