As medalhas, as fotos e os vídeos são a prova de que a experiência em Tóquio foi real. O treinador Fábio Antunes, integrante da seleção brasileira paralímpica, ainda vai contar muitas histórias sobre a viagem ao outro lado do mundo.
Além das duas medalhas de ouro e da prata do pupilo Gabriel Araújo, as convicções do treinador foram ratificadas: planejamento, trabalho duro e foco constroem a base dos bons resultados.
Na coletiva no retorno ao Clube Bom Pastor, ele conversou especialmente sobre estes e outros temas com a reportagem do Toque de Bola.
E se você não viu a coletiva do Fabinho e do Gabrielzinho, o vídeo está no instagram do Toque de Bola.
Estar no Pódio
“Você não sabe o quanto eu caminhei para chegar até aqui”, diz a letra da música “A estrada”, da banda Cidade Negra.
E é uma forma da gente tentar entender a sensação de Fabinho de não apenas ver o atleta com quem conviveu e preparou por cerca de três anos no pódio, mas estar ao lado dele.
“É um tempo muito curto naquela solenidade, mas é suficiente para passar uma história de anos na mente. A gente lembra do início, de tudo que a gente passou, todas as lutas diárias que a gente teve que vencer para poder chegar ali”.
Na coletiva, Fábio Antunes destacou que foi surpreendido por poder participar da cerimônia de premiação. Geralmente o momento é reservado para autoridades entregarem as medalhas aos vencedores.
“É muito gratificante poder participar desse momento que sempre foi do atleta. Eu tive a oportunidade de participar devido à pandemia. Foi uma experiência incrível estar do lado dele. Foi surreal”, contou.
O caminho da vitória
Quem vê os resultados, pode até se iludir pensando que tudo ocorreu graças apenas ao talento de Gabriel e ao incentivo do Fábio Antunes. O treinador resumiu o ciclo nas seguintes palavras: sonho, planejamento e muito trabalho.
“A gente sempre pensou grande, a gente sempre pensou em estar nas principais competições com os melhores resultados. A gente organizou um programa que a gente via a possibilidade desse objetivo ser concretizado e veio trabalhando cada dia para isso se tornasse realidade. A gente tem que pensar grande, tem que sonhar grande, tem que trabalhar duro para conquistar nossos objetivos”.
Gabrielzinho ganhou férias para relaxar a mente e o corpo depois de toda a exigência das Paralimpíadas. Enquanto isso o treinador contava as horas para voltar a comandar a equipe do Clube Bom Pastor.
“Logo estarei trabalhando normalmente. Até porque eu não tenho só o Gabriel, tenho vários atletas, tenho um time. Quero muito que todos nadem bem, não vejo a hora de voltar aos treinamentos e trabalhar com todo o time”.
#Gratidão
Com os resultados, vieram o reconhecimento de muitas pessoas. Por isso, Fabinho aproveitou a entrevista para responder a todos que escreveram e torceram por ele e por Gabriel em Tóquio.
“Foram muitas mensagens! Foi difícil dar atenção para todo mundo. Agradeço a todas as energias positivas enviadas. Até a próxima, Paris é logo ali”, falou.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: Roberta Oliveira/Toque de Bola e Jéssica Pereira/Clube Bom Pastor