Exclusivo: os bastidores da estreia

Juiz de Fora (MG), 1º de fevereiro de 2011

O blog acompanhou com exclusividade os bastidores e o pré-jogo de Tupi x Villa Nova, no sábado, 29, estreia do Campeonato Mineiro, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. O reencontro dos “inimigos íntimos” Allan e Gedeon com os profissionais juizforanos, a conversa entre os dirigentes e as revelações de Sérgio Manoel foram alguns destaques.

Os ex-jogadores do Tupi, Allan e Gedeon, foram abraçados e saudados assim que o vistoso novo ônibus do adversário, com o leão em destaque, “pousou” no hall de entrada.

O assessor de imprensa do Villa, Wagner Álvares, autor do livro que conta a história do centenário do clube (“Villa Nova – 100 anos de glória em vermelho e branco”), se mostrou bem animado. “Há nova diretoria e nova mentalidade. Estamos confiantes”, aposta.

Sérgio Manoel, auxiliar técnico de Wilson Gottardo, conversou com o administrador do Estádio, o craque Moacyr Toledo, e elogiou o estado do gramado. Os dirigentes do Villa estranharam o pequeno comparecimento de público, faltando pouco mais de meia hora para o início do jogo.

“Hoje aqui está muito calmo!”, disse Nélio Aurélio (diretor de Futebol), ao lado do presidente Jairo Gomes. “Mas aqui é sempre calmo”, afirmou o mandatário carijó, Áureo Fortuna. “Mas está calmo até demais!”, na réplica.”Tem muita gente na praia ainda curtindo o verão”, tentou justificar Fortuna.

Pouco depois, os dirigentes do Villa se dirigiram a uma das cabines do estádio e Sérgio Manoel, Áureo e o blog seguiram conversando.

Sérgio lembrou das partidas que fez pelo Botafogo no estádio e agradeceu: “Aqui, tem muitos botafoguenses, era muito gostoso jogar aqui”. Ainda com Áureo, disse que faltou muito pouco para ele defender o Tupi em 2010 (veja declarações do craque também em Toque de Bola de 30/01/2011).

Os dois ainda trocaram informações sobre jogadores que passaram pelos dois clubes e comentaram as dificuldades na liberação de jogadores em transferências internacionais(caso do Tupi, que viveu a semana de estreia aguardando liberações da Armênia e da Eslovênia). “Pois é, já joguei por 23 clubes mas hoje os destinos dos jogadores são os mais variados. Para conseguir essa liberação demora”, afirmou Sérgio. “Há vários casos em que temos jogadores acertados, com salários combinados, mas a liberação demora tanto que não podemos esperar e desistimos do negócio”, emendou o cartola carijó.

Depois, ao blog, Sérgio Manoel lembrou passagens curiosas da carreira, como quando defendia o Fluminense, na Copa do Brasil de 1992. “Perdemos roubado para o Internacional com um pênalti no finalzinho e no vôo de volta quem estava no mesmo avião? O árbitro da partida. Todos revoltados ainda e ele no mesmo vôo. Olha só que situação!”.

Sobre o futebol mineiro, Sérgio Manoel lembrou de sua passagem como jogador do Cruzeiro em 2002 e mostrou esperança em um bom papel do Villa. “O Gottardo fez estágios no Brasil e no exterior, com Adilson Batista, com Capello, se preparou para isso, e no que depender de mim vamos trabalhar juntos por muito tempo. A equipe vai ter a cara dele, pode saber, um time que joga sério, determinado, com brio, sem gracinha”.

O ex-meia (que ouviu calado quando os dirigentes disseram que vão inscrevê-lo como jogador para o Estadual) vê possibilidades de vaga para o Villa e outras equipes do interior. “O Cruzeiro estará envolvido também com a Libertadores, América e Atlético vêm de pré-temporadas maiores, mas vamos trabalhar para enfrentá-los de igual para igual, e o sucesso em anos anteriores de equipes como o Ipatinga acaba estimulando todos os participantes. O homem é do tamanho do sonho dele”.

O auxiliar técnico do Villa Sérgio Manoel e o grande craque do futebol local Moacyr Toledo, administrador do Estádio
O auxiliar técnico do Villa Sérgio Manoel e o grande craque do futebol local Moacyr Toledo, administrador do Estádio
Na chegada do Villa ao estádio, Gedeon é cumprimentado por um carijó
Na chegada do Villa ao estádio, Gedeon é cumprimentado por um carijó
Allan faz pose para foto, também na chegada da equipe ao Estádio Mário Helênio
Allan faz pose para foto, também na chegada da equipe ao Estádio Mário Helênio

Texto: Ivan Elias

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