Novidades no pleito Carijó

Marcelo Jucá assumirá o caso envolvendo o pleito Carijó

  Após a suspensão dos efeitos do resultado do pleito realizado no sábado, dia 5, a eleição do Tupi tem novo capítulo na justiça. A chapa SOS Tupi confirmou nesta sexta, dia 11, a contratação do escritório de advocacia Jucá, Bevilacqua & Lira, do Rio de Janeiro (RJ), para assumir o caso.

  O encarregado pelo processo será o advogado Marcelo Jucá, atual presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ).

“Estou muito tranquilo”

  Em entrevista exclusiva ao Toque de Bola, Jucá confirmou que a primeira análise do caso envolvendo o processo eleitoral Carijó permitiu a identificação de uma série de irregularidades cometidas.

  “Vejo uma série de irregularidades cometidas, nas quais, inclusive, uma pessoa falecida em 1988 ‘transferiu’ um título recentemente e esse novo proprietário votou na eleição. Saltando aos olhos essas flagrantes ilegalidades, eu fico muito tranquilo com o poder judiciário do estado de Minas Gerais, na Comarca de Juiz de Fora, no sentido de impugnar a chapa da situação ou a possibilidade de anulação do pleito, com um novo pleito a ser marcado”, analisou Jucá.

  Ainda segundo o advogado, a conduta a ser seguida pela acusação deve ser definida durante o fim de semana, quando ele terá reuniões com os autores da ação contra o clube.

  “Tudo isso já citado está sob a tutela do poder judiciário, que poderá nomear um interventor judicial para administrar o clube ou também para realizar essas eleições. Estou falando sobre hipóteses, ainda estamos analisando o caso. Teremos reuniões e trabalharemos durante todo o fim de semana para, já na segunda, ir despachar com a juíza titular onde tramita o caso”, finalizou.

José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, foi eleito presidente do Tupi no sábado, dia 5

O escritório

  O Jucá, Bevilacqua & Lira é um escritório especializado em advocacia esportiva e tem a gestão jurídica de campanhas para entidades de prática e administração do desporto como destaque. Nos últimos anos, o caso de maior de relevância do escritório foi o êxito na saída de Coaracy Nunes da presidência da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

Entenda o caso

  O imbróglio que envolve o Tupi teve início no dia 27 de setembro, quando a chapa SOS Tupi moveu uma ação contra o clube solicitando o acesso a documentos referentes ao quadro social da instituição. Com isso, o juiz Edson Geraldo Ladeira, da 7ª Vara Cível da Comarca de Juiz de Fora, estabeleceu, através de uma liminar, um prazo de 24 horas para a apresentação dos documentos, o que não foi cumprido.

  Assim, um mandado de busca e apreensão dos referidos documentos foi expedido, mas, segundo o oficial de justiça Gilberto de Oliveira Miranda, que foi à sede do clube duas vezes para cumprir a diligência, nenhum registro foi apreendido.

  Diante desse contexto, o juiz Mauro Francisco Pitelli, da 2ª Vara Cível de Juiz de Fora, determinou a suspensão dos efeitos do resultado das eleições após ação movida por membros da chapa SOS Tupi. A solicitação inicial envolvia o cancelamento do pleito, mas o judiciário não concedeu a medida.

O que diz a SOS Tupi?

Cloves Santos afirmou que a contratação de Jucá é mais uma ação na busca por igualdade de condições

  Segundo Cloves Santos, que encabeça a chapa SOS Tupi, a medida foi tomada para que houvesse uma igualdade de condições entre os dois candidatos nos bastidores da eleição.

  “Antes da reunião da Cofel, nós notificamos judicialmente e solicitamos que tivéssemos todos os livros, toda a documentação necessária para fazermos a conferência e não fomos atendidos. Após isso, o juiz concedeu o mandado de busca e apreensão na sede do clube e eles não colocaram toda a documentação solicitada no processo. Em virtude disso, entramos com o pedido de suspensão do pleito, mas não conseguimos. Além disso, nós questionamos o fato de a Cofel ser formada por membros da atual diretoria do clube e não termos acesso nenhum a nada. Tudo que é solicitado é negado. O que estamos buscando é a igualdade de condições”, disse Cloves.

Texto: Toque de Bola
Fotos: Divulgação/TJD-RJ; Toque de Bola

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