Juiz de Fora (MG), 6 de fevereiro de 2011
Um zagueiro que joga sério e sai com a bola dominada para o ataque com estilo, também na entrevista. Não foge da dividida. Tem auto-crítica, aceita as críticas mas também critica.
Assim é Leonardo Devanir de Paula, ou Leo Devanir, o zagueiro de 33 anos que voltou ao Tupi depois de mais de dez anos construindo sua carreira com títulos em praticamente em todos os clubes que passou – Coritiba (campeão estadual em 1999), Palmeiras (Brasileiro Série B 2003), Goiás (Estadual 2006) e Flamengo (Estadual 2008). Do Vila Nova-GO, mais aprendizado, e do Ipatinga, amargas lembranças.
Com que cabeça ele voltou a Juiz de Fora? O que traz na bagagem pode ajudar a impulsionar o futebol da cidade? Nesta entrevista exclusiva ao blog, o marido de Patrícia (completaram 11 anos de casado neste sábado, 5) e pai de Lucas, 6 anos, e Pedro, 2, faz um balanço da carreira.
Momentos alegres e de afirmação ele coloca na conta, principalmente, do Palmeiras, quando disputou Paulistão, Brasileiro, Libertadores, Copa do Brasil, Mercosul, e o título da Série B rendeu o carimbo da superação.
Das tristezas, também não faz rodeios. Lembra, com amargura, da eliminação do Flamengo na Libertadores – “revi a partida diversas vezes e não tive culpa direta em nenhum dos gols”. E não poupa críticas aos dirigentes de futebol com quem lidou no Ipatinga.
Leo começou a carreira no núcleo do Flamengo em Juiz de Fora. Vila Branca, Amambaí, sempre com a coordenação de Waltinho. Quando o núcleo terminou, foi para o Tupynambás, que mantinha divisões de base. Chegou ao Tupi pela primeira vez em 1993, com 16 anos. Pelo clube, foi quarto lugar no Brasileiro Juvenil e disputou o Estadual Júnior.
Embora tenha ficado mais de 10 anos fora da cidade, defendeu apenas seis clubes, Coritiba (2 anos), Palmeiras (5), Goiás (2), Flamengo (1 ano), Villa Nova e Ipatinga. “Sempre respeitei todos os meus contratos. Só quando o Palmeiras me contratou junto ao Coritiba, aí o clube pagou a rescisão – eu tinha acertado a renovação por mais três anos”.
Cita quatro treinadores que marcaram – Abel Braga, no Coxa, Celso Roth, no Palmeiras, Geninho, no Goiás, e Leonardo Condé, com quem havia trabalhado no Ipatinga. “O Leo foi um dos motivos pelos quais voltei ao Tupi. Muito correto e de grande futuro”.
Detalhe: o Leo jogador é um ano mais velho que o Leo treinador. “Ele é que é muito jovem”, defende-se o zagueiro. Planos? Colocar o carijó na semifinal do Campeonato Mineiro e jogar por mais três ou quatro anos. “Não vim a Juiz de Fora para encostar no Tupi.Vim porque acho que ainda tenho um bom caminho pela frente”.
Acompanhe o depoimento exclusivo de Leonardo Devanir ao blog.
Texto e edição entrevista: Ivan Elias
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Parabéns pela entrevista com esse belissímo jogador!
Abraços e parabéns pelo Blog. Estou sempre ligado!
dá orgulho de saber que ainda existem jogadores assim de opinião e personalidade … sucesso ao Léo e ao nosso galo nesse mineiro! vamos Tupi!!!!