Direto do bairro Araújo, da zona norte de Juiz de Fora, para o futebol brasileiro, o meia Vitinho foi eleito pela União Nacional das Entidades de Futebol do Brasil (Unefut) o melhor jogador da Série D 2015. O jogador revelado pelo Tupi estava na campanha do título do Carijó na Série D em 2011 e sagrou-se bicampeão dessa competição em menos de cinco anos – no sábado, 14, o Botafogo de Ribeirão Preto empatou em 0 a 0 com o River-PI e assegurou a taça, após ter vencido por 3 a 2 o jogo de ida.
Sobre um eventual retorno ao clube de Santa Terezinha, uma notícia ruim e uma boa para o torcedor que espera vê-lo alvinegro de novo. A ruim é que ele ainda tem contrato com o Botafogo. A boa é que o vínculo termina após o Campeonato Paulista, o que teoricamente possibilitaria sua participação pelo Tupi na Série B. O clube juizforano ainda não se manifestou oficialmente sobre o interesse na contratação do meia.
“Sensação boa”
“Sensação muito boa, de um trabalho bem realizado e, independente de que time ou divisão, conquistar mais um título nacional é sempre importante para minha carreira. Primeiro com o Tupi em 2011, o time da minha cidade, e agora com o Botafogo, uma equipe com muita torcida, estrutura bacana”, comemora Vitinho.
Sobre a nomeação de melhor jogador da Série D 2015, Vitinho revela que foi pego de surpresa: “Não esperava receber o prêmio de melhor jogador do campeonato. A gente trabalha forte para conseguir ser reconhecido e graças a Deus fui coroado com essa conquista. Mas é graças ao clube também, aos jogadores que me ajudaram muito. Seria merecido para qualquer jogador do nosso time pela nossa campanha, não é só dar os parabéns para mim, mas para todo o time do Botafogo pela campanha”, conta.
Bagagem
O jogador de 25 anos crê que a principal evolução na sua carreira se deu pela experiência adquirida ao longo dos anos, desde sua saída do Tupi: “De 2011 para cá, passei por muitas dificuldades e acabei aprendendo muitas coisas. Cheguei ao Mogi Mirim em 2012, outro estado, um futebol mais competitivo, demorei um pouco para me adaptar. Ganhei muita experiência com isso, conquistei o título do interior paulista com essa equipe e isso é importante. Hoje estou mais experiente, tenho mais bagagem graças aos campeonatos que disputei e isso para a carreira é muito bom”, explica.
Volta?
Para 2016, Vitinho mantém o foco no Botafogo-SP, mas sem deixar de acompanhar o Tupi: “Tenho acompanhado o Tupi, por ser o time da minha cidade. Agora estou focado no Botafogo, tenho contrato até o fim do Estadual e ninguém do Tupi me ligou para um possível retorno. Então minha cabeça está no Botafogo”, concluiu.
Empate campeão
O Botafogo-SP conquistou o título da Série D 2015 ao bater o River-PI na decisão. O time paulista venceu o primeiro jogo, em Ribeirão Preto, no último dia 7, por 3 a 2, e em Teresina, conseguiu segurar o 0 a 0, com um jogador a menos desde os 10 minutos da etapa final. Dois atletas com passagem pelo Tupi foram importantes na campanha da equipe campeã: além de Vitinho, Francis defendeu o Carijó em 2011.
Além dos finalistas, Ypiranga-RS e Remo garantiram vaga na Série C 2016.
Fim da fila
Fundado em 1918, essa era a oportunidade do Botafogo-SP conseguir seu primeiro título a nível nacional. Em 1999, disputou a Série A do Campeonato Brasileiro, após ser vice-campeão da Série B em 1998 e vice-campeão da Série C em 1996. Em 2001, o Botafogo-SP foi vice-campeão paulista após perder para o Corinthians na final. A grande conquista da Pantera veio em 2010, quando o time se sagrou campeão do interior paulista.
As finais
A primeira partida da final teve como palco o estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, com cerca de nove mil pessoas apoiando o Botafogo-SP, mas os gols só saíram na etapa final. Francis fez dois para os donos da casa. Célio Codó diminuiu para o River. Francis marcou o terceiro dele no jogo, mas aos 43, Amorim, de falta, descontou. Pantera 3 x 2 Galo Carijó.
Os comandados de Flávio Araújo precisavam de uma vitória simples jogando no Albertão para reverter a situação e conquistar o título. Invictos diante da sua torcida, o clima em Teresina era de euforia. Porém os visitantes armaram um “ferrolho” e mantiveram o zero no placar no zero, mesmo após a expulsão de César Gaúcho, aos 10 minutos da etapa complementar.
Texto: Guilherme Fernandes, estagiário do Toque de Bola, com supervisão de Ivan Elias
Fotos: Rogério Morotti/Agência Botafogo e divulgação
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