Eugênio Souza se apresenta no Tupi: “São 5 títulos e 7 acessos”

Eugênio Souza estreia no jogo de domingo

  O Tupi apresentou nesta terça, dia 15, seu novo comandante para a disputa do restante da Série C do Campeonato Mineiro. Eugênio Souza, de 55 anos, chega para o lugar de Ricardo Leão, demitido no domingo, dia 13. O novo comandante alvinegro estreia no domingo, dia 20, na partida diante do Luverdense-MT, em Juiz de Fora. 
  Segundo o diretor executivo de futebol do Carijó, Nicanor Pires, a mudança no comando foi imperativa. “Aproveito a oportunidade para agradecer ao Ricardo pela passagem conosco. Mas, reunimos a direção do clube e chegamos à conclusão de que uma troca era necessária para tentarmos uma recuperação na Série C”, explicou o dirigente pouco antes de apresentar Eugênio.
Bom para um, bom para o outro
  Treinador desde 2007, Eugênio Souza não está tendo um 2018 muito feliz. Nas duas equipes que comandou no ano, Ipatinga e depois Nacional de Muriaé, ambas no Módulo II do Campeonato Mineiro, só conseguiu três vitórias em um total de 11 jogos. Ele recebe o Tupi na penúltima posição do  grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro, em uma sequência de quatro jogos sem vitória.
  Desta maneira, apesar de não considerar o momento negativo, o novo comandante do Tupi vai procurar engatar a sequência de vitórias que deseja para manter-se à altura de sua carreira. “Na minha carreira, são cinco títulos e sete acessos. Então, se for colocar, é quase um por ano. Vida de treinador é assim, momentos de glória e de aprendizado. Esse ano, trabalhando no Ipatinga e no Nacional, foi um momento de grande conhecimento e desenvolvimento como pessoa e profissional. Assim não considero ruim. Venho com esse interesse e essa vontade de fazer um grande trabalho. Dando certo para mim, dará certo para o Tupi e vice-versa, e nos todos vamos estar felizes”, projetou.
Primeiro reforço
  Antes mesmo de ser apresentado e sacramentar sua chegada ao Tupi, Souza já deu o sinal verde para a primeira contratação da equipe sob seu comando. O polivalente Magalhães chegou a Juiz de Fora e já treina com o grupo alvinegro. “Quando estava acertando com o Nicanor, perguntei como estava o grupo e ele me disse da negociação com o Magalhães. Dei o aval e o clube o contratou”, conta o técnico.
  O jogador, que acertou sua renovação com o Guarani de Divinópolis para o Módulo I do Campeonato Mineiro de 2019, chega por empréstimo para sua segunda passagem no Tupi. “Magalhães é um jogador versátil. Pelo lado esquerdo, faz diversas posições. É importante ter no grupo atletas com essa versatilidade. Não chega para suprir a ausência do Daniel (Morais, operado do joelho direito no último domingo). O Eugênio vai avaliar o grupo e inicialmente contamos com Patrick e Reis para fazer a referência, mas se necessitarmos vamos contratar”, explica Nicanor.
  Campeão do Módulo II do Mineiro esse ano com o Guarani, Magalhães esteve no Tupi em 2012 também para a disputa da Série C, em ano no qual o Carijó terminou rebaixado para a Série D. Além dos dois clubes, o jogador tem passagens por América-MG, Cruzeiro, Bahia, Ipatinga e Betinense.

Classificação do Grupo B da Série C

Como vai jogar
  Chegando agora para tentar tirar o Tupi da situação que se encontra na tabela (veja arte ao lado), Eugênio diz que gosta de dar prioridade à organização, e quer ver com quem ele está trabalhando. “Gosto da equipe organizada, equilibrada. Na minha visão, a organização é primordial. Procuro equilibrar os fundamentos táticos, e mesclar com as características dos jogadores que tenho nas mãos”, explica.
  Alguns atletas que já trabalharam com o treinador facilitarão o contato dele com o grupo, como o zagueiro Wellington, campeão da Série D com Eugênio no Tombense; o volante Marcel, que trabalhou com o técnico no Ipatinga; e o volante Léo Salino, comandado pelo recém-chegado no Nacional de Nova Serrana. Mesmo ainda com poucos contatos com o elenco, Souza já tem uma impressão geral do grupo.
  “Tupi é um time jovem, técnica e com alguns jogadores experientes, mas em sua maioria jovens com potencial. Mas precisamos desse potencial agora. É sentar e conversar com jogadores mais experientes como Marcel, Léo Salino e Wellington, para que esses mais rodados possam ajudar os mais novos. Por exemplo, no jogo contra o Botafogo, no qual a equipe estava vencendo por 1 a 0 com um jogador a mais. Estava na hora de alguém pisar na bola e acalmar os companheiros”, considera.

Eugênio Souza (ao centro) foi apresentado ao lado do diretor financeiro do Tupi, Jarbas Cruz (esq), e o diretor executivo, Nicanor Pires (dir)

Perfil do treinador

  Natural de Belo Horizonte, Eugênio Carlos Souza, nasceu em 25 de abril de 1963. Jogou nas categorias de base e no profissional do Cruzeiro por 15 anos como zagueiro. Treinador desde 2007, passou por clubes do interior de Minas como Itaúna, Guarani de Divinópolis, Villa Nova-MG, Nacional de Nova Serrana, Mamoré, Nacional de Muriaé, Uberlândia, Ipatinga, Tombense, Araxá, Caldense, URT, Patrocinense e Democrata-GV.
  O treinador também comandou Goytacaz, de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro, e Moto Clube, do Maranhão. Ele foi o técnico do acesso ao Módulo II do Mineiro do Itaúna, em 2007, e das conquistas do Módulo II e da Segunda Divisão do Estadual no mesmo ano, 2010, respectivamente do Guarani de Divinópolis e do Nacional de Nova Serrana.

Série C do Campeonato Brasileiro 2018: resultados da quinta rodada

Campeão brasileiro
  Em 2014, Souza levou o Tombense ao título do Campeonato Brasileiro da Série D. Dois anos mais tarde, comandaria o Democrata-GV no título do Módulo II. Sua última conquista foi em 2017, quando venceu a Segunda Divisão do Mineiro com o Ipatinga.
  Este ano, Eugênio já trabalhou em dois clubes, ambos no Módulo II do Mineiro. No Ipatinga, teve duas vitórias em seis jogos. No Nacional de Muriaé, em cinco jogos, venceu uma vez, terminando na oitava colocação a disputa, uma à frente de sua antiga equipe.

Texto: Toque de Bola

Arte: Toque de Bola

Foto: Toque de Bola

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