Estevam Soares anuncia mais reforços no Tupi: “Estamos trabalhando no fio da navalha”

Após a vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, na sexta-feira, 8, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, analisou o triunfo de virada e o momento do Tupi na Série B do Campeonato Brasileiro. Ele explica que armou o time levando em consideração os pontos fortes do adversário e reconhece que ainda está conhecendo o elenco: “Pegamos o barco andando”, lembrou, citando que assumiu a equipe já com a competição em andamento, em substituição a Ricardo Drubscky.

Estevam: "Falei com a presidente depois da última derrota. Ela me disse que precisávamos conversar com os jogadores, que eles tinham que se entregar mais. Eu respondi a ela que poderia cobrar tudo, menos isso"
Estevam: “Falei com a presidente depois da última derrota. Ela me disse que precisávamos conversar com os jogadores, que eles tinham que se entregar mais. Eu respondi a ela que poderia cobrar tudo, menos isso”

Confira os principais trechos da entrevista coletiva de Estevam Soares:

IMPORTÂNCIA DA VITÓRIA

Acima de tudo, foi uma vitória da superação. Estamos trabalhando no fio da navalha. Ainda bem que tivemos essa sequência e agora teremos mais cinco ou seis dias. Já para o próximo jogo o Octávio deve estar à disposição, mais dois, três reforços devem chegar. Mas acredito na vitória da superação. Tivemos que reformular toda a equipe, com o lateral direito machucado, jogadores sem as melhores condições. Tivemos que mudar até pela própria característica do Ceará. Tem dois jogadores extremamente perigosos, Bill e Rafael (Costa).

Essa vitória nos dá um alento para acreditar que estamos no caminho certo. Agora é ter tranquilidade, trabalhar e trazer algumas peças.

DESEMPENHO DO TIME

Futebol não é como uma massa de bola, que você coloca os ingredientes certos e cresce. Futebol tem vários aspectos. Nós pegamos o barco andando. Estamos começando a conhecer nosso elenco. Hoje tivemos que fazer uma formação diferente, no 3-5-2, que nós não vínhamos jogando, até em função dos grandes atacante do Ceará. Conhecendo o elenco, jogadores se entregando e com uma vitória dessa, são fatores encorajadores e motivadores para nossa caminhada.

ARBITRAGEM (pouco depois do empate, o Tupi teve um gol anulado sob alegação de falta no goleiro que não é perceptível nas imagens)

Temos que confiar. Eu estaria sendo leviano se falasse que o árbitro é da Paraíba porque é próximo do Ceará. Eu alentei os jogadores quanto ao desconhecimento do perfil do árbitro. Temos que ter muito cuidado. Citei para eles o caso do São Paulo na Libertadores. Uma bobagem do Maicon fez eles perderem por 2 a 0. Temos que ter, principalmente, equilíbrio. Não adianta querer discutir, dar uma de machão. Tem que jogar bola e ter equilíbrio emocional para suportar os 90 minutos.

REFORÇOS

Precisamos de um elenco qualificado. Quando falei com a diretoria sobre o Renan, eles me falaram que já tínhamos o Jataí e os outros. Respondi que ele pode machucar, tomar um cartão, como foi contra o Vila Nova. O Renan foi lá e deu conta do recado. O que nós precisamos é de dois ou três jogadores desse nível. Se alguém sair tem outro para substituir. Hoje tivemos um poder de fogo maior. Isso serve para mostrar que não tem nada perdido. Temos que acreditar. Para vocês da imprensa, todos os profissionais que vivem do futebol na cidade, ter um time na Série B é muito melhor do que na Série C. É hora de nos abraçarmos. Como dizia o Muricy (Ramalho): trabalho, trabalho, trabalho e unidade para sair desse momento.

Estamos igual cobertor de pobre: se cobre a cabeça, descobre os pés. A diretoria é consciente e não vai fazer loucuras. Poderia trazer dois, três jogadores que ganham um absurdo e não pagar. Mas não. A prioridade é pagar e têm feito. Não adianta fazer loucura. Estamos atentos ao mercado para trazer jogadores que nos sirvam, dentro da realidade financeira do clube.

Nota da redação: recentemente, a diretoria do clube informou ao Toque de Bola que estava em conversas para reforçar o meio-de-campo e o ataque da equipe.

ESPÍRITO DO TIME

Falei com a presidente depois da última derrota. Ela me disse que precisávamos conversar com os jogadores, que eles tinham que se entregar mais. Eu respondi a ela que poderia cobrar tudo, menos isso. Eu seria o primeiro a pedir para ela arrebentar com eles. Pelo contrário, a gente vem de dois jogos que poderíamos ter somado três, quatro ou até seis pontos. Não falta comprometimento desses jogadores. Diretoria, jogadores, comissão técnica, estão todos trabalhando muito.

 

Texto: Cérix Ramon, Toque de Bola, com edição e supervisão de Ivan Elias, Toque de Bola

Foto: Flickr Tupi

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