Estevam: “O que percebo, no meu curto tempo aqui, é um abandono completo do torcedor em relação ao Tupi”

O técnico do  Tupi, Estevam Soares, aproveitou a entrevista antes do treino da tarde desta sexta-feira  para chamar o torcedor e frisar a importância do apoio das arquibancadas em um ‘jogo de 60 pontos’. Não é erro de digitação não. Ele disse 60 pontos mesmo.

O elenco fez o último treino para o confronto com o Bragantino, pela Série B do Campeonato Brasileiro. Mais uma vez, as atividades foram fechadas à imprensa, mas o treinador atendeu aos jornalistas antes do treinamento, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio.

Galo e Massa Bruta se enfrentam em Juiz de Fora, sábado, 03, a partir das 16h. Uma vitória pode deixar o Carijó em situação confortável para deixar a zona de rebaixamento na rodada seguinte.

O Toque de Bola acompanha com informações nas redes sociais.

 

Estevam Soares pede mais torcedores nos jogos realizados em Juiz de Fora.
Estevam Soares pede mais torcedores nos jogos realizados em Juiz de Fora.

Descaso da cidade

Quando questionado sobre a torcida nos jogos do Tupi, Estevam fez críticas ao comportamento da cidade em relação ao clube. “É um assunto muito sério. O Tupi é o maior representante de Juiz de Fora, em termos de esportes. Em todas as transmissões e notícias que ouvimos, sempre há um link com Juiz de Fora. É sempre ‘o Tupi de Juiz de Fora’. Acho que não tem divulgador maior da cidade, além de ser um clube centenário. O que percebo, no meu curto tempo aqui, em dois meses e meio, é um abandono completo do torcedor em relação ao Tupi. No jogo do Vasco teve uma melhora, mas em função do Vasco. O torcedor precisa vir, nos ajudar e comparecer apoiando. Além dos jogadores e dirigentes fazerem suas partes, o torcedor também precisa fazer para conseguirmos a vitória”, desabafou o treinador. O Tupi tem a pior média de público dos clube das Séries A e B, do Campeonato Brasileiro.

Confira as outras partes da coletiva de Estevam Soares:

Partida de sábado

Costuma-se falar que é um jogo de seis pontos. Eu não acho que sejam seis pontos, acho que são 60. Você ganha e segura o adversário, como foi com o Goiás. Eles nos venceram e ficamos para trás. Estamos estudando e vendo os jogos do Bragantino. Falo que não importa (situação do Bragantino) porque temos que pensar em nós. Sabemos que vem pedreira e, se vem, temos que estar fortes. É um jogo importantíssimo.

Momento do Tupi

Tudo é consequência de um trabalho, uma dinâmica que traçamos. No futebol, com um time bom, você ganha jogos. Com um elenco bom, você ganha campeonato, classificações e evita rebaixamento. Para nós talvez não seja surpresa porque conhecemos o nosso elenco e o trabalho que vem sendo desempenhado. A busca pela melhor performance tem sido intensa. Isso reflete em coisas positivas. No jogo passado, por exemplo: havíamos perdido os autores dos dois gols contra o Vasco, o capitão e o ‘pseudo-craque’ do time. Os que entraram substituíram. Estamos no caminho certo.

Postura

O torcedor pode esperar uma luta intensa. Isso foi motivo da nossa conversa com eles. Não temos que saber como está o Bragantino. Para nós não interessa. O Bragantino é um time forte, campeão paulista, vice-campeão brasileiro, com uma história muito grande. O momento deles não interessa e sim o nosso momento. Temos que entrar para esses 90 minutos com muita força, disposição. No futebol não existe jogo fácil, mas jogo que você não joga bem ou tem descaso com o adversário. Não é o nosso caso. Estamos