Pela primeira vez em sua história, o Tupi irá participar de uma competição com 38 jogos. O Campeonato Brasileiro da Série B 2016 é o principal torneio disputado pelo clube juiz-forano no ano. Com isso, toda atenção da cidade estará voltada para o Carijó, que chega a um novo patamar no panorama esportivo nacional. O aumento na verba recebida pelo Alvinegro, média de público, renda e preço dos ingressos são alguns pontos que despertam um interesse maior do torcedor.
Fórmula de disputa
A Série B conta com 20 equipes, sendo quatro vindas através do rebaixamento da Série A 2015, quatro do acesso da Série C, caso do Tupi, e 12 remanescentes da temporada passada. O torneio é disputado em turno e returno de pontos corridos, todos contra todos, com jogos de ida e volta, e garante vaga na elite nacional no ano seguinte aos quatro melhores colocados.
CBF banca quase tudo
A Confederação Brasileira de Futebol compromete-se no REC (Regulamento Específico da Competição) no Capítulo V, artigos 14 e 15, a efetuar todos os pagamentos relativos a transportes, hospedagem e alimentação e às despesas com arbitragem e exame antidoping.
O vice-presidente de finanças do Tupi, Jarbas Cruz, explica como funciona esse repasse da CBF e as diferenças em relação ao Campeonato Mineiro: “A CBF, através de uma agência de turismo, cuida de toda essa logística de viagem. As viagens de avião, quando a distância é maior, e de ônibus, em distâncias mais curtas. Isso tudo é pago pela CBF com o número de 28 passagens por delegação. A taxa de arbitragem também fica a cargo da CBF. No Mineiro, a taxa da arbitragem é descontada da renda bruta dos jogos e no Brasileiro não ocorre esse desconto. Porém em todas essas situações o clube tem gastos, porque temos o quadro móvel do jogo, alimentação, concentração, o quadro móvel do estádio e toda essa situação que é deduzida da renda bruta, além da parte da Federação Mineira, que tem fiscal de arrecadação, fiscal de jogo, que vêm trabalhar, e tem a diária deles, isso tudo é pago. Na verdade, a única coisa que tem no Mineiro e não tem no Brasileiro é a arbitragem. Os custos do Tupi são basicamente os mesmos. Por exemplo, vamos para uma viagem: a alimentação no caminho, se eu tiver que pegar um voo no Galeão 13h, saio daqui de Juiz de Fora às 8h, então tenho que alimentar no aeroporto, porque se não perco o voo. Na volta, se eu tiver uma janta, um almoço, isso são custos que o clube tem que arcar”, explica.
Por conta do clube
Os clubes, de acordo com o regulamento, ficam com a renda liquida das bilheterias como mandante, após descontos relativos ao INSS e as cotas das federações, e a obrigação do cumprimento do pagamento em dia dos seus atletas. Por isso, em caso de atraso, o próprio REC prevê penas para as equipes, como perda de pontos no campeonato.
O regulamento aponta que as partidas do campeonato sejam disputadas em estádios cuja capacidade mínima seja de 10 mil pessoas. Além disso, estabelece multas de R$10 mil a R$100 mil caso o clube desrespeitem os acordos comerciais e orientações operacionais/protocolares que são estabelecidos pela CBF.
Sobre as cotas de TV, que no total giram em torno de R$5 milhões, Jarbas foi direto ao comentar como são definidos os pagamentos: “Esse repasse é feito pela CBF mês a mês em datas pré-determinadas no arbitral”, afirma.
Valores dos ingressos
O regulamento da competição determina que os valores mínimos a serem cobrados pelos ingressos das partidas são de R$20 (inteira) R$10, mas o vice-presidente financeiro do Tupi antecipa que os valores dos jogos do Carijó serão um pouco mais elevados: “A diretoria está trabalhando com a ideia, que está praticamente fechada, de que em todos os jogos, exceto alguns de maior apelo, os valores serão de R$30 a inteira e R$15 a meia entrada, assim como foi no Mineiro”, declara.
Texto: Guilherme Fernandes, com supervisão de Ivan Elias – Toque de Bola
Fotos: Toque de Bola
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