O torcedor carijó pode aguardar muitas novidades nesta semana. O vice-presidente do Conselho Gestor do Tupi, Cloves Santos, concedeu entrevista ao Toque de Bola garantindo que a cúpula carijó busca a finalização de reformas no CT de Santa Terezinha em até 120 dias, a confirmação da permanência de Leston Júnior ou o acerto com novo treinador até a quarta-feira e a base do elenco construída ainda em novembro. Santos ainda admitiu o atraso de um mês de salários, descartou Michel e pediu valorização do torcedor aos profissionais de Juiz de Fora.
Confira as respostas de Cloves Santos ao Toque de Bola:
Santa Terezinha
“Precisamos de uma reforma no gramado e melhorar a estrutura do CT de Santa Terezinha para treinarmos em um lugar só. Estamos vendo as necessidades do futebol e orçamentos para viabilizar as melhorias. A nossa expectativa é de entre 90 e 120 dias para o gramado estar pronto. E vestiário e área de refeitório também. Os recursos para isso, assim como em tudo no Tupi, vêm de publicidade, cotas de TV, mas estamos buscando parcerias para estas reformas. E a direção também está revendo os patrocínios e plano de sócio-torcedor, por exemplo”.
Leston e estrutura
“Futebol é o dia-a-dia, logística, treinamento e recuperação. Não tem outra coisa, tanto é que subiu. Vou respeitar o tempo do Leston, mas não vou ficar parado. Vamos fazer de tudo para mantê-lo, mas se na segunda-feira houver uma negativa, o mercado está aberto”, garantiu Cloves, complementando:
“Sabemos que temos problemas e precisamos reformar Santa Terezinha. Não é porque o Leston falou. O Tupi precisa de CT, não tem condições de ficar como está. A permanência do Leston é prioridade, mas ele tem uma expectativa de planejamento de carreira e o Tupi tem outra. Se aquilo que ele quiser vai ao encontro com o que o clube deseja, ótimo. O Leston disse o que sente, mas não colocou como condição de permanência dele. Temos que parar com esse papo de que ele fica ou sai pela estrutura. Com Cloves, sem Cloves, com Myrian, sem Myrian, Santa Terezinha tem que ser reformada. O que pesa são coisas internas para o Leston e vamos negociar sem divulgar. Se ele quiser externar, ótimo, da nossa parte não será”.
O técnico
“Você contrata um treinador e o orçamento que esse treinador trabalha. Logo, você precisa de um treinador que trabalhe com o nível de orçamento do clube. Um técnico de Série A tem condições de um plantel que o Tupi pode pagar? Seu orçamento é compatível com o do clube? Precisamos de um nome com vasto conhecimento de Série B, em revelações da Série C e atletas disponíveis na Série A”.
O planejamento do clube é de ter a base do elenco formada até 15 dias após o acerto com o treinador.
“Não acredito em grande salvador da pátria”
Questionado sobre a chance de trazer um reforço de maior bagagem, acostumado com grandes competições, o diretor praticamente descartou a possibilidade:
“Não acredito em grande salvador da pátria. Uma coisa é o que as pessoas veem fora dos vestiários, outra coisa é a vivencia prática. Quanto mais o grupo for homogêneo, mais forte e unido é. Se o nome for agregador, vier com a mesma disposição, tudo bem. Se não for, o grupo não abraça e atrapalha o desenvolvimento do trabalho. Não contrato nome, mas sim profissionalismo e isso não tem que estar necessariamente no nome para o torcedor. Temos o próprio Drubscky, o Condé e o Leston como exemplos. O que leva público é paixão e uma campanha competitiva”.
“Só tem um jogador ex-Tupi em pauta”
Santos garantiu que o meia Michel não vem para Santa Terezinha em 2016 e que apenas um atleta que já defendeu o Alvinegro juiz-forano está em uma pré-lista de jogadores que interessam ao clube:
“Temos vários nomes em pauta, mas a comissão técnica não sonda ninguém, como foi falado. Nenhum ex-jogador foi sondado ou tem autorização para ser. Se houve algum contato é informal porque não passa por eles esse tipo de contrato. Só tem um jogador que já jogou no Tupi em nossa lista. Com a renovação de Leston ou acerto com novo treinador, outros nomes podem aparecer. O nome do Michel não está na pré-lista”, garantiu, aproveitando para falar da especulação de contratar Marcelo de Jesus, gerente de futebol do ASA, como diretor de futebol do Tupi:
“Conversa é coisa do futebol. Não houve isso de diretor. Falo com muitos diretores executivos: com o do Londrina, ASA e outros clubes para ver como é o trabalho deles e o que podemos melhorar. E supervisor de futebol é o Pitti e ponto. Mudou o patamar, mas o futebol do Tupi é bem cuidado, bem tratado. E no comando do Tupi hoje temos pelo menos dez diretores ativos”.
Salários e premiação
“A premiação não está combinada de ser paga agora. Foi combinado no final do ano. Dois meses de atraso posso garantir que não têm. Desse mês houve um pequeno atraso. Do próximo vence apenas no dia 25. Mas quem está resolvendo isso é o Jarbas (VP de Finanças)”.
Pedido ao torcedor
“Temos que aprender a valorizar o Tupi e os profissionais de Juiz de Fora, independente dos problemas, que para mim são pessoais e não profissionais. Pensando nisso o Tupi busca ações para trazer profissionais de Juiz de Fora para somar força, energia, mas tem que ser pelo Tupi, independente das diferenças e das pessoas. Temos que começar a ver o Tupi de forma diferente, ver que entre a teoria e a prática existem muitas diferenças”.
Texto: Bruno Kaehler – Toque de Bola
Foto: Toque de Bola
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