Entrevista: 11 perguntas de esporte do Toque de Bola para Margarida Salomão

Candidata respondeu a 11 perguntas enviadas pelo Toque de Bola
Foto: Margarida Salomão/Instagram

  Toda a população apta a votar volta às urnas no próximo domingo, 29, para eleger quem assume a Prefeitura de Juiz de Fora entre 2021 e 2024. A escolha será entre Margarida Salomão (PT) e Wilson Rezato (PSB).

  Nota da redação:

  O Portal de Notícias Toque de Bola enviou a ambos prefeitáveis 11 perguntas sobre como pretendem abordar e cuidar da área do esporte em caso de vencerem o pleito. O candidato Wilson não enviou as respostas dentro do prazo combinado com as assessorias.

  Portanto, o Toque de Bola publica as perguntas e as respostas da candidata Margarida, da coligação “Juiz de Fora Vale a Pena”, composta por PT- PV.

Aos 70 anos, a professora emérita e reitora por oito anos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) concorre pela quarta vez nas eleições municipais. Exerce mandato de deputada federal desde 2013 e foi reeleita duas vezes para o cargo.

1 – Na sua gestão, qual a importância que o esporte terá entre seus projetos para a cidade?

As políticas de esporte, lazer, cultura terão centralidade em nosso Governo. Nossa proposta é de fazer uma cidade em que todos e todas tenham acesso aos direitos perto de casa. A grande demanda que escuto nas ruas é de que o esporte seja de fato um direito de todos. Vamos priorizar o esporte de maneira conjugada com as políticas de cultura, lazer e educação. Quero me comprometer com vocês e dizer que todo fim de semana vai ter atividade nos espaços públicos de Juiz de Fora. Vamos reformar os campos de futebol e também teremos áreas de lazer multiuso para as pessoas se divertirem, conviverem, para que o povo possa fazer uma peça de teatro, uma exibição de vídeo, SLAMs… Já faço investimentos nesse sentido na área como deputada.

 

2 – Diante da crise econômica e da dívida do município, como captar recursos para investir no esporte?

Tenho plena consciência da situação crítica orçamentária da Secretaria de Esportes e Lazer. Sempre ouvia do Júlio Gasparette, ex-secretário que, infelizmente, faleceu nesse ano, que as minhas emendas é que financiavam o esporte em Juiz de Fora. Indicamos mais de R$ 5 milhões para o esporte aqui. Independente disso, digo: é possível fazer projetos sociais nas praças, nos bairros. E isso não é uma coisa cara para o município. Fui reitora da UFJF numa época de muita escassez de recursos para as Universidades Públicas, mas fizemos uma excelente gestão que é reconhecida até hoje. Quando falta dinheiro é preciso sobrar criatividade e trabalho.

 

3 – No que se refere ao esporte municipal, o que será a sua prioridade enquanto gestora/gestor da cidade?

A ocupação e revitalização dos espaços públicos – praças, campos, quadras – pelas comunidades.  Já investimos muito nessa área com as nossas emendas financiando, por meio de emendas parlamentares, as academias ao ar livres, reformas de campos e quadras. É inadmissível que você tenha espaços como a Praça do Vitorino Braga, a praça Teotônio Vilela, uma ótima praça, completamente abandonada pelo poder público. Já temos um projeto que inclui a reforma e cobertura da quadra de futebol, reforma da pista de skate, melhorias no campo de futebol soçaite (com instalação de vestiário), playground, academia ao ar livre. Ali pode e vai ser uma espécie “Praça CEU” da região leste de Juiz de Fora. É crucial espalharmos ações como essa pela cidade.

 

4 – Quais os projetos para viabilizar ou contribuir com os projetos e atletas de modalidades de alto rendimento na cidade?

Entendemos que precisamos melhor organizar as várias modalidades, isso implica em debater com os representantes de cada uma delas para promover a união e principalmente elencar as necessidades e prioridades. Juiz de Fora sempre foi um celeiro de craques não só nos esportes. Há muitos talentos aqui. Vamos criar alternativas para fomentar essas atividades juntos aos clubes formadores e buscar parcerias com as Universidades para o desenvolvimento desses projetos. Além disso, devemos estimular investimentos do setor privado para que ele se encarregue de financiá-lo.

 

5 – Quais seus planos para os seguintes equipamentos públicos: Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, Ginásio Poliesportivo Jornalista Antônio Marcos e Cesporte?

Esses equipamentos fazem parte do nosso plano de ocupação dos espaços públicos por todos e todas. Quero debater com o Conselho Municipal de Desportos e com a Câmara Municipal para termos um encaminhamento de qual será o modelo de gestão para esses espaços, mas pretendemos fazer ações, jogos, campeonatos que utilizem esses espaços. Uma coisa muito boa que existia antigamente eram as competições interbairros. Isso tem um potencial de integração fantástico.

 

Candidata respondeu perguntas enviadas pelo Toque de Bola.
Arte: Toque de Bola

6 – Como o seu plano de governo contempla o esporte paralímpico local?

O Esporte paraolímpico é importantíssimo. Ele ajuda a mostrar o potencial de pessoas, educa, potencializa e principalmente oportuniza aos portadores de algum tipo de limitação a recuperação da autoestima. Buscaremos parcerias com os clubes, entidades como as Universidades, também para a execução de projetos voltados a esse público.

 

7 – Está em construção o Plano de Desenvolvimento do Esporte em Juiz de Fora. Como a sua gestão pretende contribuir para estabelecer políticas e ações do poder público local na área?

Sei que existe um pré-projeto que trata do Plano Municipal de Esporte e Lazer, mas preciso ter um detalhamento maior das propostas, debater com os agentes envolvidos, para sinalizar algo mais aprofundado. Reforço que o nosso foco sempre será em dar oportunidades de esporte e lazer perto de casa para as pessoas, o que é inclusive um direito constitucional.

 

8 – Atualmente, a SEL não tem verba própria, dotação orçamentária de vulto, para trabalhar. A maioria de seu orçamento é para pagamento de salários e fornecedores de despesas correntes. Há muitos professores, por exemplo, “emprestados” da Secretaria de Educação na SEL. Como a senhora/o senhor pretende agir nessa situação?

Como já dito anteriormente, reconheço a importância da SEL para a promoção do esporte e lazer na cidade, bem como sua limitação orçamentária. Frente a isso, teremos uma atenção especial de nossa administração para essa pasta, buscando reorganizar internamente o orçamento da prefeitura para que ela tenha os recursos necessários para a execução de políticas importantes para o setor, bem como encontrar outras formas de se conseguir verbas, através da elaboração de políticas transversais que articulem outras pastas e setores. Além disso, pretendemos articular o trabalho com faculdades de educação física de Juiz de Fora, considerando a existência de mão de obra qualificada na cidade, para nos ajudar nesse trabalho.

 

9 – Em uma possibilidade da sua gestão realizar uma reforma administrativa provável, qual o projeto para SEL: fortalecer, incorporá-la à outra pasta, transformá-la em uma fundação ou acabar?

Vou usar uma metáfora futebolística para responder essa pergunta: por mais que um técnico ou técnica de futebol, antes de assumir um clube, conheça os jogadores, ele ou ela só sabe das potencialidades e características de cada um quando assume o comando. Nossa assessoria é bem competente e buscou muitos dados sobre a situação da Prefeitura de Juiz de Fora, mas não é razoável falar sobre reforma administrativa antes do resultado das urnas.

 

10 – Em caso de assumir o Executivo, quais podem ser as ações viáveis, além da Lei Mário Helênio, para incrementar os clubes profissionais que participam em competições estaduais e nacionais de futebol? E poderia haver uma legislação semelhante para outras modalidades, como por exemplo, o vôlei, a bocha, corredores e corredoras?

Sem dúvida nossa cidade tem um potencial fantástico, que precisa ter atenção do poder público. Temos clubes com um passado glorioso, mas que hoje encontram dificuldades financeiras e estruturais. Temos equipes com reconhecimento nacional. Precisamos conversar com esses clubes e segmentos para pensar de que maneira a prefeitura pode ser uma parceira nesses projetos e competições.

 

11 – A senhora/o senhor possui um time de coração? Qual? Por quê?

Eu sou uma botafoguense completamente apaixonada.  Minha família toda foi escolhida pelo Botafogo. Sempre que minha agenda permite vejo os jogos do Glorioso.

Texto: Toque de Bola

Foto: Margarida Salomão/Instagram

Arte: Toque de Bola

Este post tem 2 comentários

  1. Mauricio Mazetti

    Se a Margarida CONTINUAR deputada federal MAIS verbas poderão vir para a cidade. Que tal deixá-la DEPUTADA FEDERAL. Afinal ela ama JUIZ DE FORA. ABS

  2. Moysés Andrade

    Parabéns Toque de bola, buscando esclarecer o que os candidatos pensam e tem projeto sobre o esporte local. Lamento a forma como o candidato Wilson tratou a questão, não respondendo, mesmo tendo sido acordado previamente com a assessoria. Fica a dúvida, por qual motivo não respondeu ?

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