Moacyr Toledo, um dos maiores jogadores de todos os tempos do clube e um dos principais personagens da época conhecida como “Fantasma do Mineirão”, já teria capítulos suficientes, dos tempos de atleta, para contar (o “Fantasma” era o time que na década de 60 venceu consecutivamente Atlético, América e Cruzeiro em pleno estádio de BH e ainda serviu de teste para a seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo de 1966).
Relembre, clicando sobre cada link abaixo, algumas matérias já publicadas sobre Moacyr Toledo no Toque de Bola
http://www.toquedebola.esp.br/esporte-local/2011/06/homenagem-moacyr-toledo-x-pele-a-historia-de-uma-foto/ (Homenagem Moacyr Toledo x Pelé – A história de uma foto)
http://www.toquedebola.esp.br/noticias/2014/04/especial-raphael-toledo-um-autentico-representante-da-centenaria-saga-carijo/ (Raphael Toledo – Um autêntico representante da centenária saga carijó)
O episódio
Neste período da sequência invicta do Tupi diante do Atlético entre 1984 e 1990, o monstro sagrado carijó – que, como jogador, recusou várias propostas e defendeu o Carijó até depois de chegar aos 40 anos de idade – acabou escrevendo um capítulo, digamos, politicamente incorreto.
Em 1989, o Tupi não cumpria boa campanha e corria risco de rebaixamento no Campeonato Mineiro. Para evitar o descenso, o time juiz-forano não poderia perder para o Atlético. A partida foi disputada no Estádio Salles de Oliveira e se encaminhava para o fim com o placar em 2 a 2. Até que um lance chamou a atenção dos presentes no campo e arquibancada de Santa Terezinha. O Toque de Bola deixa Toledo relembrar:
“Eu era administrador do Estádio Salles de Oliveira naquela época e estava assistindo ao jogo de trás do gol. Quando vi que o Luisinho vinha trazendo a bola e que ele iria fazer o gol, eu entrei no campo e chutei a bola para longe, impedindo que eles vencessem a partida. O pessoal do Atlético ficou bravo, mas com isso o Tupi permaneceu na primeira divisão”, revelou Toledo.
Capricho do destino
Curiosamente, em 2013, um caso semelhante ocorreu em que o Tupi foi vítima. O massagista Esquerdinha, do Aparecidense (GO), evitou o que seria o gol da classificação do Tupi para a fase final da Série D de 2013. O gol não foi validado pela arbitragem após grande confusão. Dias mais tarde, porém, nos tribunais e após toda a opinião pública se posicionar a favor do Carijó, o clube juiz-forano assegurou os pontos da partida e conseguiria sua ascensão, à época, para a Série C.
Em 2013, Toledo já atuava na administração do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, onde permanece em atividade.
Ficha Técnica
28/05/1989 – Tupi 2 x 2 Atlético – Gols de Luizinho (contra) e Gomes; e Gérson e Mauricinho
Estádio Salles de Oliveira – Público: 7.049 – Renda: NCr$ 14.098,00
Tupi: Laguzza; Evaldo, Gomes, Jorge Luis, Marcelo; Deca, Jorge Lima, Ronaldo; Zebu (Luis Cláudio) (Carlos Nunes), Osmar Bueno e Ailton. Técnico: Hilton Chaves
Atlético: Rômulo; Zanata, Batista, Luisinho, Paulo Roberto (Tobias); Éder Lopes, Marquinhos, Renato Morungaba; Mauricinho, Gérson, Éder Aleixo (Ailton). Técnico: Jair Pereira
Texto: Guilherme Fernandes, Ivan Elias e Bruno Kaehler – Toque de Bola
Foto: Bruno Kaehler – Toque de Bola
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